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Divórcio gay?

por Rui Crull Tabosa, em 05.01.10

Mais de 90 mil Portugueses assinaram uma Petição propondo que a Assembleia da República permita aos eleitores referendarem o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Desde já esclareço que, para apreciar o cabimento de tal pretensão, é irrelevante a posição de se ser a favor ou contra o dito casamento.

O que importa é saber se o Parlamento tem legitimidade para ignorar um tão expressivo número de peticionários e deliberar sobre tal matéria nos termos em que o pretende fazer no próximo dia 8 de Janeiro.

É certo que a questão foi aflorada na última campanha eleitoral e um partido levou mesmo o oportunismo ao ponto de integrar a coqueluche da causa gay nas suas listas de deputados.

Também é verdade que, entre nós, como noutros países, os referendos se encontram profundamente desacreditados, porquanto vai sendo tradição os mesmos só se tornarem definitivos quando triunfa a posição afecta à nomenclatura dominante, como cá se viu no caso do aborto e, provavelmente, se verá no da regionalização.

Mas o que é igualmente axiomático é que o referendo não é apenas um instrumento de democracia directa, mas sim a mais nobre e autêntica manifestação da soberania popular no processo de formação da vontade política nacional a respeito de um determinado assunto concreto.

E são as questões de natureza civilizacional, como os casos do aborto, da eutanásia ou do casamento entre pessoas do mesmo sexo, precisamente aquelas onde mais sentido faz que o povo directamente se pronuncie.

É que, não haja dúvidas, quando o povo elege os deputados à Assembleia da República está a escolher o partido que quer para governar o País e não a mandatar uma qualquer comissão para fazer engenharia social, o mesmo é dizer, para preparar os amanhãs que cantam...

Além disso, ninguém duvidará que um referendo sobre a admissibilidade do casamento entre pessoas do mesmo sexo será a melhor forma de permitir que toda a sociedade portuguesa reflicta sobre o matrimónio e os seus vínculos, o seu modelo, a sua função social, porque não também a sua evolução, e a própria razão de ser do reconhecimento estatal de que esse contrato jurídico beneficia.

Parece-me que os Portugueses não pensaram seriamente sobre estas questões e é também claro que não passaram procuração a ninguém para que sobre elas decidisse em seu nome.

Esta semana, no Parlamento, o PS, o PCP e o BE terão pois uma boa ocasião para mostrar o respeito que têm pela Democracia.

Se permitirem o referendo demonstrarão que não têm medo da escolha popular. Se, pelo contrário, recusarem essa consulta, optarão por virar as costas aos Portugueses, divorciando-se alegremente da vontade da maioria.

E depois queixem-se das elevadas abstenções…

 


59 comentários

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De RuiMCB a 05.01.2010 às 01:18

E que abstenções se geram quando o voto na urna expresso há poucas semanas pode ser ignorado perante 90 mil peticionários. Tudo isto seria muito coerente se quando começaram a surgir as "coqueluches" e a perspectiva clara e inequívoca de que haveria quem levaria o assunto para ser decidido na AR, tivessem surgido, acto contínuo, estes 90 mil e seus porta-vozes a reclamar que esta matéria não é matéria para a AR mas sim para referendo. Contudo, só depois das eleições vêm agora reclamar "democracia". Brincamos.
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De NN Pinto a 05.01.2010 às 13:49

Pois, brincam connosco, mesmo... Há peticionários que preferem ver os filhos ainda crianças (a 8 anos de maioridade!) a familiarizarem-se com o belicismo do que outrem a familiarizar-se com sentimentos... Valha-nos a paciência para perceber estas "Padeiras de Aljubarrota" (imagem que utilizo para definir alguém que se julga "patriota".
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De M.Coelho a 05.01.2010 às 01:38

Pois!!!!!!....
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De joão de deus a 05.01.2010 às 02:04

"coqueluche da causa gay"
o menino quando era pequeno não lhe deram colherezinhas de chá, não?
"natureza civilizacional"
importa-se de elaborar, definir, conceptualizar e contextualizar civilizacionalmente ou ficamos só pelo chavão sensacionalista?
"engenharia social"
está a afirmar que os homossexuais não existem? que são uma medida de intervenção social? é que engenharia social não é um termo que, num país com 20% de pobres, se deva utilizar de ânimo leve, como fez ao anterior.
"Parece-me que os Portugueses"
povo de timor !!!!!
"sobre elas decidisse em seu nome"
tal como fariam os da direita se lá estivessem, só que ao contrário.
"da vontade da maioria"
a maioria aqui são os 90 mil adeptos de futebol que assinaram a petição à porta do estádio, que foi de veio, essa sim, a maioria das assinaturas.
"das elevadas abstenções"
não tenho nada a dizer. é claro que vai haver abstenção, cada vez maior. agora culpar as uniões civis entre pessoas do mesmo sexo pelo fenómeno, parece-me um bocadinho rebuscado, quase desesperado. não basta já o desemprego, a economia, a saúde e tudo o mais ser nossa culpa?
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De Réspublica a 05.01.2010 às 17:10

Caro sr., em Democracia é a maioria que decide, log se a maioria considera que a homossexualidade não é aceitáveld eve ser assim, se acha que não deve haver casamento entre pessoas do mesmo sexo deve ser assim, etc...
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De joão de deus a 05.01.2010 às 20:27

se viver em democracia é ter advogados a opinar com base nos seus próprios preconceitos, querendo fazer a sociedade estagnar ou mesmo retroceder com o único intuito de lhes manter o status quo, que se lixe a democracia.
é, aliás, impossível discutir com alguém que se diz doutor e investigador e ao mesmo tempo arremessa com o lugar do comum da homossexualidade ser uma opção. é como dizer que sou paneleiro porque quando era pequeno brincava com bonecas e não jogava à bola. ou porque se calhar me obrigavam a fazer a cama, que é coisa de menina.

faço-lhe uma pergunta directa, que ainda não vi ninguém responder de forma assertiva no lamaçal da propaganda extremista da direita travesti portuguesa:

- porque é que eu sou menos que o senhor doutor?
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De Réspublica a 05.01.2010 às 20:45

O sr . tem os mesmos direitos que eu, agora não pode é querer ter mais direitos, nem exigir que lhe sejam dados direitos não conciliáveis com a situação em que pretende que sejam gozados, ou seja, não é a mesma coisa o casamento entre duas pessoas de sexo diferente (idependentemente da opção sexual destas) e o casamento entre duas pessoas do mesmo sexo (idem aspas aspas).
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De joão de deus a 05.01.2010 às 21:11

não me respondeu. deu-me conversa.

porquê?
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De Réspublica a 05.01.2010 às 23:34

Sabe é que o lamaçal da propaganda da extrema direita, já agora conservadora e católica, responde a argumentos não a propaganda, V. Ex.ª parece uma colega que um dia decidiu apresentar um trabalho científico sobre conquistas da homossexualidade, que no fim de contas era panfeletário sobre saídas do armário, bares gay e marchas, acha que é assim que se convence alguém?
Em direito descutem-se factos e leis, não propaganda.
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De joão de deus a 06.01.2010 às 12:20

estamos, caro doutor, de volta ao início. a sua verborreia funcionará nos tribunais mas aqui não vale de grande coisa, porque não está a julgar ninguém. ou está?
fiz-lhe uma pergunta directa, cuja única resposta possível seria a tipicamente agressiva baseada no preconceito que é, de resto, a única base para as mentes iluminadas poderem ser contra a plena igualdade direitos entre cidadãos do mesmo país.

quando aí algures diz que portugal não é um país de minorias deveria, talvez, sair mais vezes do seu escritório e calcorrear o país real. esses dados estatísticos que lhe permitem tais algarviadas são iguais àqueles de onde derivou o morto à nascença argumento de que esta seria uma lei para 800 pessoas.

asuma-se. se aquilo que querem é ser ouvidos. se o que dizem é que o povo é que decide, decida-se. diga, realmente, o que é o aflige em relação ao que se passa da minha porta para dentro. mande os seus medos cá para fora, saia do armário.
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De Réspublica a 06.01.2010 às 18:59

Se quer uma resposta tão franca desde já lha dou, depois não venha sentir-se ofendido...
A homossexualidade não é, nem nunca foi um comportamento normal, pelo que não é socialmente aceitável.
Era isto que queria ouvir não é, não se apoquente mais, já o disse, agora pode chamar-me retrógrado e homofobo à vontade.
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De joão de deus a 07.01.2010 às 00:59

não lhe chamo nada que não se tenha já chamado a si próprio. interessante seria que tivessem todos coragem para apresentarem apenas esse argumento, que apesar de ridiculamente inválido é o único em que todos vocês se baseiam para discriminar, nunca ou raramente o nomeando.


deve ser muito complicado ser o senhor doutor. viver com toda essa raiva pela felicidade dos outros na cabeça. acordar assim todos os dias.

olhe, vá-se confessar:

http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=1463427
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De Réspublica a 07.01.2010 às 10:08

Reparou pelo menos que essa notícia se refere a um homossexual, que infelizmente se introduziu no sacerdócio, mas não se preocupe já se investiga as práticas aberrantes nos seminários, os homossexuais ficam à porta.
Esse senhor não violou só os eu voto de celibato, como desrespeitou a Deus pela prática a que se dedicou.
mas quanto a confissões deveria ser o senhor a Confessar-se, é que ao defender a homossexualdiade vai cotnra Deus e os seus Santos Apóstolos Pedro e Paulo.
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De joão de deus a 07.01.2010 às 23:15

deus não existe ou está morto. nas palhas deitado ou nas palhas estendido.
se deus existisse ou não estivesse morto, católicos como o senhor seriam vítimas da sua ira por usurparem e adulterarem a palavra dele para oprimir os seus próprios irmãos.
deus, esse todo misericordioso nazi, não entra cá em casa.
eu, ao contrário da maioria dos católicos, que atendem cegamente a sermões balofos ditados de cima para baixo por recalcados de saia, forçados por rebanho a pertencerem a uma religião que não conhecem nem de longe, conheço tão bem essa máfia que, por pura coerência, apostatei. e, de repente, senti-me limpo.

essas leias mesquinhas que o douto interlocutor evoca não me fazem a menor mossa.
nem podem ser utilizadas como argumento numa discussão que em nada tem a ver com essa corja de sacristia, porque ao contrário do que prega a vossa máquina de desinformação arcaica, ninguém se quer ir casar à igreja.
bem, à igreja talvez, porque também é o meu capital que ali está investido. mas só para chatear.
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De Réspublica a 08.01.2010 às 00:04

Leia a Biblia e depois fale de Deus e se ele é ou não contra a homossexualidade, de preferência a carta de S. Paulo aos romanos.
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De joão de deus a 08.01.2010 às 00:20

creio que não me entendeu.

deus não tem nada a ver com isto. nada mesmo. pergunte-lhe!
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De joão de deus a 08.01.2010 às 00:21

escreva para o lacaio mor:
benedictxvi@vatican.va

mande entregar ao tipo da saia branca e sapatinhos vermelhos da prada, à la dorothy de oz.
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De Réspublica a 08.01.2010 às 14:13

Sabe o que lhe digo V. Ex.ª é um pobre de espírito, acredite bem no que quiser, agora não venha atacar o Santo Padre.
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De Pedro a 08.01.2010 às 21:39

Não há argumento. A união civil é algo a que qualquer pessoa de qualquer sexualidade tem o direito de ter porque todos nós pagamos os mesmos impostos que o Sr. Porque é que se misturam assuntos pessoais com aqueles que não o são? Se agora viessem dizer que o Sr não tem direito a isto ou aquilo porque nasceu em determinado local do país ou porque prefere peixe à carne, como se sentiria? Não tem nada a ver pois não? Precisamente.
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De Joca a 05.01.2010 às 09:23

Referendo por referendo, antes este:
http://asmoscasdocostume.blogs.sapo.pt/31824.html
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De fcl a 05.01.2010 às 11:28

Exacto! E já lá está o meu nome. É q os direitos de minorias não se referendam, mas a tacanhice e pequenez "espiritual" de certa gente, essas sim, devem sê-lo e com a melhor arma: o humor (o único a evitar q se chore após uma visita ao inconcebível e triste blog criado pela gente da "família" - qual? - e "casamento" - qual?).

Cumps
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De Réspublica a 05.01.2010 às 17:14

Caro sr. deve haver uma confusão, minorias são os grupos étnicos e culturais existentes num pais face ao um outro grupo étnico ou cultural, logo Portugal, equanto estado nação tem poucas minorias, pode apenas apontar-se os ciganos, de resto partilham todos uma mesma cultura.
Os homossexualidade é uma opção sexual, logo não pode determinar a existência de uma minoria, nessa ideia seria minoria todo e qualquer grupo que partilhe uma concepção diferente da maioria, por exemplo quero ser considerado como minoria e ter direitos especiais por ser advogado...
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De fcl a 05.01.2010 às 17:26

Caro senhor,

Faça a si mesmo o favor de retirar as lentes do preconceito q lhe toldam o discernimento e verá q o seu comentário tem muito pouco por onde se pegue.

Não estamos a falar de um grupo com uma qualquer concepção diferente nem, tão pouco, de opções sexuais - afinal o caro senhor é médico, biólogo, ou...advogado?

Cumps
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De Réspublica a 05.01.2010 às 17:51

Sou advogado e investigador de direito, que por várias vezes investigou sobre genética, direitos das minorias, etc... por isso mantenho e afirmo o que disse, sabe o que se pretende é permitir a dois homossexuais ou duas lésbicas casarem, não permitir que dois homens ou duas mulheres casem, pode sempre haver dois heteressexuais do mesmo sexo que queiram casar, por exemplo, por interesse económico, mas esses não podem casar, log há sempre uma violação do art. 13º da CRP.
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De fcl a 05.01.2010 às 17:57

Sim senhor advogado investigador, é isso mesmo (na sua cabecinha pensadora). Passar bem.
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De Pantera cor de rosa a 05.01.2010 às 18:34

Em absoluto, os direitos das minorias não se referendam, apoiado. Contamos consigo para colaborar na defesa de mais umas quantas minorias oprimidas. Viva o amor livre.
Sexo com crianças, apoie a minoria da Pederastia Sexo com animais, apoie a minoria da zoofilia
Sexo com cadáveres , apoie a minoria da necrofilia Amigo fcl como deve gostar de ter o pacote cheio, ajude estes seus irmãos a também serem entendidos e aceites à força pela sociedade da tacanhice e pequenez espiritual, vamos à luta.
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De fcl a 05.01.2010 às 18:50

Panterita,

Brrr! Meeeedo! :)))

Olhe uma sugestão: trate-se homem/mulher/animal falante - saiba q há esperança para si, a psiquiatria trata fobias como a sua.

Cumps e melhoras
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De Pantera cor de rosa a 05.01.2010 às 18:59

De acordo com o seu raciocínio , todos estes grupos são minorias, logo como tal deve também defende-las, ou também faz juízos morais como os que critica...
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De Réspublica a 05.01.2010 às 23:35

Caro sr., deve ter-se enganado no blog, isto não é o jugular, nem, actualmente, o 31...
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De fcl a 06.01.2010 às 09:23

Hã? Definitivamente essas suas "investigações" não lhe estão a fazer nada bem ao seu raciocínio, caro Réspublica..
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De 2rista a 05.01.2010 às 09:46

Pois. E não passa pela cabeça de ninguém que 90 mil pessoas tenham votado no PS por estarem, não só de acordo, como impacientes com a aprovação do casamento de homossexuais.

A AR continua a ver o seu prestígio a subir, a subir, a subir, como o balão.
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De João Gante a 05.01.2010 às 10:49

Essa da coqueluche era desnecessária, todos temos causas e o direito de fazermos delas as nossas bandeiras perante os outros.

A qualidade da intervenção de Miguel Vale de Almeida decresceu de forma inversamente proporcional ao seu acirramento e intransigência, à medida que se aproximou do PS, mas se quisermos falar de coqueluches, a Fernanda Câncio ou o Daniel Oliveira tiveram neste assunto um comportamento bem mais extremista.
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De Não Interessa a 05.01.2010 às 11:06

Lá vou eu ter que sacar do Excel e tirar gráficos cool das eleições porque parece que algumas pessoas só vão lá com desenhos.
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De João Gante a 05.01.2010 às 12:47

Esse argumento do "Temos mais votos e pronto" também parece colher principalmente junto de gente que gosta muito de ver a realidade em gráfico. Cores muito diferentes, números redondos e tudo muito bem separadinho e definido.

Pior que ver a coisa em termos tão simples e rígidos é querer realmente tornar a coisa assim.
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De Não Interessa a 05.01.2010 às 15:58

Deixe estar. Pior do que isso é querer referendar direitos fundamentais. Aliás, pior do que isso é querer referendar questões que se consideram secundárias.

Bem sei que queriam um referendo para fazerem o mesmo que fizeram com a IVG, aquela desinformação pacóvia cheia de lirismos demagogos, tudo muito parolo-friendly - mas esta matéria era parte integrante do programa dos 3 partidos que o vão aprovar com maioria - lidem com isso como melhor vos aprouver mas poupem-nos às lágrimas de crocodilo.
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De Réspublica a 05.01.2010 às 17:16

Quais direitos fundamentais o direito a duas pessoas do mesmo sexo casarem e o direito de matar outro ser humano, a sua Constituição deve ser mesmo diferente da minha...
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De Não Interessa a 05.01.2010 às 20:15

Chama-se feto. Já devia ter percebido pelo meu comentário que não me convencem com esses lirismos de feira.
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De Réspublica a 05.01.2010 às 20:46

Pelo menos sabe que o feto é uma vida humana, já, desde o Corpus Iuris Civile, que não é uma visceras mater...
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De Não Interessa a 06.01.2010 às 07:07

E masturbação é genocídio. A sério, caro amigo, não se canse. As nossas perspectivas são diametralmente opostas.
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De João Gante a 05.01.2010 às 18:34

Eu sou a favor do casamento entre homossexuais. Se há referendo ou não, é questão legal, eu acho que não magoava ninguém e até podia ser a oportunidade para esclarecer finalmente mais umas pessoas.

O que às vezes me põe do lado da barricada dos que querem referendo a todo o custo e nem sequer concordam com a noção de casamento gay é o facto de haver do "lado do sim" umas quantas figuras que querem aprovar isto ao arrepio de qualquer sensibilidade e que distribuem o título honorário de "Homofóbico" ao primeiro "mas" que ouçam.
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De Ega a 05.01.2010 às 20:39

O tema dá muito a pensar.
Há tempo para outras considerações. Para já, aceitarei o casamento gay por razões lúdicas - a perspeciva de gargalhar com o divórcio gay.
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De Réspublica a 05.01.2010 às 23:40

O amigo Ega está muito materialista, mas parece esquecer que os divórcios são as acções em que tudo (desde que saiu a actual lei) corre tudo mal, se não for por mútuo consentimento.
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De Ega a 06.01.2010 às 10:04

Caro Rés: não estou nada materialista. Tenho de trabalhar e, por isso, deixo o debate para depois.

Assim de fugida, sempre digo: os homossexuais querem cobertura e reconhecimento jurídico para as suas uniões. E querem que estas se passem a chamar casamento, para forçar uma igualdade no que é absolutamente desigual.
O termo «enlace» ficava-lhes bem e eles gostariam, não fosse a sua fúria igualitária.
Perante o dilema, devemos mudar nós, pelo menos os católicos - fazemos agulha para o MATRIMÓNIO.
Não é uma palavra fácil, mas paciência. Talvez acentue uma diferença que existe, é inapagável e fundamental (creio) para que a realidade social não perca totalmente o tino.
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De Réspublica a 06.01.2010 às 10:57

Amigo Ega, o Código de Direito Canónico já fala em matrimónio, é um sinónimo de casamento...
Seja como for, é como diz eles não podem exigir uma igualdade em algo desigual, pelo que me mantenho em defesa da CRP e do CC, daqui não saio e daqui ninguém me tira... como dizia um presidente francês face ao avanço dos bárbaros "não passarão"...
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De Réspublica a 05.01.2010 às 23:38

Tem toda a razão, se houver referendo, o resultadod eve ser respeitado, por quem perder, se ganhar o não deve ser aceite, se ganhar o sim também, referende-se é a coisa, que eu quero fazer campanha...
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De Velho da floresta a 05.01.2010 às 13:01

Se eu entendi bem o sentido principal do post, este é sobre a importância que o instrumento politico referendo, tem na sociedade democrática partidária actual, sendo secundário o tema sobre o qual versa, apesar de ser notória qual a opinião do senhor Rui Tabosa, sobre a matéria dos casamentos entre invertido(a)s.
O referendo enquanto instrumento de clarificação da vontade da maioria (haverá sempre uma maioria), sobre um tema concreto seja ele qual for, é sem duvida a forma inequívoca de saber o que pensa a população em idade eleitoral desse assunto, a situação de o numero de participantes ser suficiente para que o referendo seja vinculativo, é matéria para outro comentário. Voltando ao tema referendo, o que este exercício da chamada democracia directa faz, é realmente responsabilizar a sociedade civil quanto à aceitação ou não da coisa referendada, como instrumento não deverá ser utilizado em demasia, pois isso fragilizará aos olhos da população, os demais instrumentos e órgãos do poder politico vigente dando a imagem de ineficácia e incompetência (que para mim é real) dos mesmos para gerir os destinos da nação. Porém penso que para assuntos de grande importância e bastante polémicos independentemente de quais sejam, é fundamental que a sociedade civil de forma clara seja chamada a dar a sua opinião, pois não basta dizer que o assunto já está resolvido, pelo facto de o mesmo estar incluído nos programas eleitorais partidários, pois sem desprimor para os portugueses duvido que a esmagadora maioria dos mesmos, leia esses programas antes de escolher o partido em que vai votar.
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De Sofia a 05.01.2010 às 15:11

Este filme exprime o que qualquer pessoa devia perceber intuitivamente:
http://www.youtube.com/watch?v=6ULdaSrYGLQ
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De Réspublica a 05.01.2010 às 17:21

Obrigado, já estou a fazer as malas e pensar pedir axilo político à República da Irlanda, Fine Gael For ever...
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De Azevedo da Costa a 05.01.2010 às 16:25

Ora pois deixa cá ver se eu percebo: se o Governo decide avançar com o diploma do casamento gay é porque não sabe definir prioridades, que há situações bem mais clamantes de resolução (nomeadamente económicas). Avançando com este projecto, nada de processá-lo o mais rapidamente possível, via Assembleia da República, mas sim submetê-lo a referendo popular, processo economicamente bem mais favorável ao país do que a aprovação directa no Parlamento, certamente...

Em que ficamos então?

Hip 1: O assunto é importante o suficiente para ser referendado, significando que estamos perante uma questão profunda de reajustamento social, e não resulta apenas de uma questão de agenda política.

Hip 2: O assunto é meramente superficial e em nada fracturante, não se sobrepondo portanto às reais questões nacionais, devendo ser resolvido com celeridade.


Escolha a sua favorita...
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De Réspublica a 05.01.2010 às 23:42

O tema é importante, como é obvio, mas há questões fracturantes mais importantes, se calhar a reforma do sistema de saúde ou da segurança social, em que pode ocorrer um ampla revolta social, agora o referendo pode implicar menos custos que pensa, os partidos têm subvenção, mas as associações não, veja-se o caso do referendo do aborto.
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De Ega a 06.01.2010 às 13:13

Caro Azevedo Costa:

Eu responderia à sua questão da seguinte maneira:
1 - O tema é muito complexo, fracturante e pertubador da consciência social neste País.
2 - Por outro lado, o dito País tem problemas bem mais urgentes e pragmáticos para resolver. Temas que requerem união de esforços e empenhamento geral. A crise económica, à cabeça.
3 - Por isso, deixariamos aqueloutro, com todo o seu «potencial bélico», para depois.
4 - Mas já que insistem em tratá-lo agora, então que seja a sério. E se houve motivos para referendar o aborto, quanto a mim não os vejo em menor grau quanto a este tema.

Peço-lhe, não veja em mim qualquer tipo de homofóbico. Não invejo as tendências dos homossexuais, mas não lhes desejo mal nenhum. Que vivam inteiramente em paz e consigam ser felizes.
Cumprimentos.
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De Azevedo da Costa a 06.01.2010 às 16:08

Caros Respublica e Ega:

Dificilmente consigo concordar com a insistência em que a questão é fracturante, representando profunda alteração social, penso que se trata apenas de uma questão de alteração de mentalidades e comportamentos (e por conseguinte de leis cânones), fluxo constante ao longo dos tempos: há 100 anos as mulheres não votavam e há 200 a escravatura era prática comum (com o devido exagero nas comparações, obviamente...).
Por outro lado, não creio que esta questão seja minimamente comparável à do aborto, assunto esse bem mais pernicioso e com uma linha moral e ética muito mais complicada de definir.
Pelos argumentos que tenho visto, uma das grandes questões para os que se opõem a esta legislação reside na importância e tradição que o casamento representa enquanto instituição sociológica (como transmissora de valores, regras, etc...). Ora isso levanta outra questão: quão importante é o casamento na sociedade portuguesa hoje em dia? Baixa. Dados do INE (http://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_estudos&ESTUDOSest_boui=56511692&ESTUDOSmodo=2) indicam uma tendência descendente enorme no número de celebrações: de 58390 em 2001, para 43238 em 2008, com expectativas de assim continuar.
Quero portanto com isto reforçar o meu ponto inicial. Não creio que a sociedade como um todo se veja ameaçada pela extensão do casamento a pessoas do mesmo sexo, precisamente porque o próprio casamento já não tem na sociedade o mesmo peso que tinha há 30 ou 40 anos.
Daí que a fazer alguma alteração, que se faça o mais rapidamente e suavemente possível (aprovação via Assembleia da República), pois optar pela via do referendo apenas irá representar um custo logístico e financeiro desnecessários para o Estado, uma vez que é expectável um total desinteresse da maioria da população no que toca a este tema.
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De Ega a 06.01.2010 às 19:08

Continuaremos em desacordo.
Mas é certo: os casamentos decrescem, os divórcios disparam e as uniões de facto vão-se impondo como a modalidade preferencial. O mundo está em mudança nítida.
Tento seguir os acontecimentos o mais imparcial e isentamente possivel.
Deixe-me só acrescentar o seguinte, caro Azevedo Costa: é uma intuição minha - não estamos perante uma situação pacífica, pelo contrário. A nossa sociedade vive ainda muito de desprezos, humilhações, rancores e maldicências. Estamos em terreno de eleição para a explosão de todos esses lamentáveis sentimentos. O tempo se encarregará de demonstrar se tenho ou não razão.

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