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A Cruz da Europa

por João Távora, em 04.11.09

 

 

Lamento profundamente uma Europa que  renegou a sua génese cristã, inspiradora de valores inalienáveis como o do livre arbítrio e o da compaixão entre os homens, em troca dum fundamentalismo laico hedonista e estéril. A quem favorece a cultura niilista que há mais de duzentos anos emerge imparável da velha cristandade? Da inevitável disputa do Estado moderno com a Igreja, que durante séculos estruturou as nações latinas e não só, acabámos deitando fora o bebé com a água do banho. 

Eu, por mim, não me revejo na iconografia do espectáculo de consumo que tomou o lugar da simbologia e mensagem de Cristo hoje paradoxalmente diabolizada: é assim que o Povo definha, substituído por um insaciável público, que prolifera nos estudos de mercado e sondagens, sôfrego por mais entretenimento. Para não se deprimir quando acidentalmente se perscutar afogado num oceano de vazio. 

Lamentavelmente os crucifixos há muito saíram das salas de aula, e em muitas, de facto, nunca verdadeiramente entraram: disso é prova tanta ausência de esperança.


23 comentários

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De Não estou a escutar bem a 04.11.2009 às 17:10

prescutar?
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De Perscussionista a 04.11.2009 às 17:47

Perscutar.
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De cr a 04.11.2009 às 17:28

Sabe o que acho João?
nada disso tem valor.
O que realmente conta é o que está " dentro " das pessoas, a tolerância, a bondade e tudo mais.
Não me venha com a história dos crucifixos, que interessam os crucifixos se as pessoas se maltratam umas ás outras? isso é conversa mofenta.
Este planeta ainda vai " rebentar" de tanta merda que fazemos e você preocupado com os crucifixos.
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De si a 04.11.2009 às 17:49

pode ter sempre consigo um crucifixo... sem o impor aos outros.
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De Carlos Cidrais a 04.11.2009 às 18:01

permita-me reproduzir aqui um texto que acabei de receber no e-mail, mas que tristemente se aplica a deliberacao do Tribunal que deu origem ao seu desabafo. Peco desde ja perdao pelo excessivo tamannho do texto e pelo facto de estar em ingles ( mas suponho que agora que as criancas aprendam ingles tecnico nos seus magalhaes ja nao fazer tanta diferenca):

An Obituary printed in the London Times (according to the person who sent it to me)

Today we mourn the passing of a beloved old friend, Common Sense, who has been with us for many years. No one knows for sure how old he was, since his birth records were long ago lost in bureaucratic red tape. He will be remembered as having cultivated such valuable lessons as:
- Knowing when to come in out of the rain;
- Why the early bird gets the worm;
- Life isn't always fair;
- and maybe it was my fault.

Common Sense lived by simple, sound financial policies (don't spend more than you can earn) and reliable strategies (adults, not children, are in charge).
His health began to deteriorate rapidly when well-intentioned but overbearing regulations were set in place.. Reports of a 6-year-old boy charged with sexual harassment for kissing a classmate; teens suspended from school for using mouthwash after lunch; and a teacher fired for reprimanding an unruly student, only worsened his condition.

Common Sense lost ground when parents attacked teachers for doing the job that they themselves had failed to do in disciplining their unruly children.

It declined even further when schools were required to get parental consent to administer sun lotion or an aspirin to a student; but could not inform parents when a student became pregnant and wanted to have an abortion.

Common Sense lost the will to live as the churches became businesses; and criminals received better treatment than their victims.

Common Sense took a beating when you couldn't defend yourself from a burglar in your own home and the burglar could sue you for assault.

Common Sense finally gave up the will to live, after a woman failed to realize that a steaming cup of coffee was hot. She spilled a little in her lap, and was promptly awarded a huge settlement.

Common Sense was preceded in death, by his parents, Truth and Trust, by his wife, Discretion, by his daughter, Responsibility, and by his son, Reason.

He is survived by his 4 stepbrothers;
I Know My Rights
I Want It Now
Someone Else Is To Blame
I'm A Victim

Not many attended his funeral because so few realized he was gone. If you still remember him, pass this on. If not, join the majority and do nothing.
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De Miguel Duarte a 24.11.2009 às 08:26

Não lamento nada os crucifixos que saíram das salas de aula e espero que os que ainda restam saiam rapidamente.

Parece-me um abuso por parte dos Cristãos chamarem à Europa um projecto "Cristão" e quererem impingir os seus símbolos a quem não é cristão.

Sou ateu, tenho orgulho nisso, e não tenho qualquer falta de "esperança" por o ser, sendo aliás muito feliz. Nem sou mais consumista ou menos por o ser, sendo que há muito decidi que em vez de riqueza é preferível tempo para se viver (que esta vida é a única que tenho).

Felizmente os seres humanos virtuosos não são um produto das religiões, nem me parece que aliás estatisticamente lhes pertençam mais. Se for ver a percentagem de pessoas não religiosas vai chegar à conclusão que quando maior o grau de formação, menor a percentagem de religiosidade, o que indicia alguma coisa no que toca à relação entre religião e "virtuosidade".
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De João Cardiga a 04.11.2009 às 19:58

Por breves momentos não conseguia situar muito bem a que periodo te referias até que li:

"...A quem favorece a cultura niilista que há mais de duzentos anos..."

E gostava que me esclarecesses que saudosismo é esse que te faz ansiares por uma altura que existiam escravos na terra da liberdade, em que as pessoas eram analfabetas e a cultura era ditada por homens de batina, em que mais se ia ao curandeiro, padre que a um médico, em que a superstição e a ciência ainda viviam enraizadas, onde milhões morriam de doenças e as crianças muitas vezes morriam?

Ou que vontade é essa de apreciar um tempo em que anterior onde uma igreja que defendia o absolutismo, de um periodo de autos de fé e em que se queimavam pessoas com a acusação de bruxaria?

Que tem de manifestamente melhor o periodo de à mais de 200 anos atrás em comparação com agora, consegues-me dizer?
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De João Távora a 04.11.2009 às 21:18

Nao sei como o Joao Cardiga infere essas conclusoes . Para mim demonstram que leu o meu texto de má fé. Contra isso nada a fazer.
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De Fernando a 04.11.2009 às 23:09

Creio que Cristo foi à Cruz pela Liberdade. Confundir esse facto com a loucura dos homens é efectivamente má fé. Obrigado pelo texto.
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De João Cardiga a 05.11.2009 às 19:10

Não foi má-fé e explicarei posteriormente de onde inferi o que escrevi...
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De João Cardiga a 06.11.2009 às 11:59

"A quem favorece a cultura niilista que há mais de duzentos anos emerge imparável da velha cristandade? Da inevitável disputa do Estado moderno com a Igreja, que durante séculos estruturou as nações latinas e não só, acabámos deitando fora o bebé com a água do banho."

O meu artigo foi principalmente, mas não só, motivado por este parágrafo. Neste paragrafo colocas claramente o Estado moderno em oposição à Igreja afirmando que este teve um efeito nefasto na sociedade (a não ser que seja positivo para ti deitar "fora o bebé com a água do banho"). Mais contextualizas temporalmente esse periodo com "...mais de duzentos anos emerge..."
apelando à "velha cristandade". Mais, pelo beneficio que imputas à Igreja ("...que durante séculos estruturou as nações latinas...") estás a te referir concretamente ao cristianismo católico, que objectivamente é oposto a uma frase tua anterior: "...a sua génese cristã, inspiradora de valores inalienáveis como o do livre arbítrio...".

Já no paragrafo anterior tinhas feito uma comparação entre Igreja e laicissismo o que uma vez mais aponta para o espaço temporal de 200 anos.

Assim defines em todo o teu artigo este periodo como um periodo negativo. Ora o que eu fiz foi procurar ver que sociedade existia quando a "cultura nihilista" ainda não tinha emergido ou o laicissismo também ou não existia ou era incipiente. Certamente o periodo da "velha cristandade". E todos os pontos que referi pertencem a esse periodo que tu lamentas já não existir.

Paradoxalmente é no periodo que as pessoas que se afastam mais da Igreja que as pessoas se aproximam mais dos valores que tu dizes foram inspiradas nessa própria Igreja.

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De João Távora a 06.11.2009 às 12:20

O João Cardiga tira conclusões abusivas das minhas palavras, por exemplo: não vejo "causa efeito" entre o advento do Estado moderno e a cultura nihilista que de facto impera e onde, quanto a mim, urge o cristianismo como contrapeso. Quanto à "velha cristandade", não fiz qualquer juízo de valor pois qualquer período histórico têm que ser interpretados à luz da realidade e mentalidades do seu tempo. Acredite que vivo bem no meu tempo, apenas acredito que poderia ser bem melhor, e gostaria de poder contribuir para isso.
De resto tenho pouco tempo para este debate escrito, coisa que lamento.

Cumprimentos.
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De João Cardiga a 06.11.2009 às 14:36

"De resto tenho pouco tempo para este debate escrito, coisa que lamento."

Antes demais gostava de agradecer o tempo que dispendeu, ainda por cima dado o pouco tempo que tem.

"...não vejo "causa efeito" entre o advento do Estado moderno e a cultura nihilista que de facto impera..."

A minha interpretação surgiu da forma como o paragrafo foi construido. Julgo que não foi abusiva, mas vejo agora com o que escreveu que foi errada. Eu estabeleci essa relação pois o Estado moderno aparece no seguimento da pergunta que anteriormente tinha colocado sobre quem beneficiou a emergência da cultura nihilista. Estando no mesmo paragrafo pareceu-me, mal, que estava a falar exactamente da mesma coisa.

Fiquei com uma duvida: o que é para si a "velha cristandade"?

"Acredite que vivo bem no meu tempo, apenas acredito que poderia ser bem melhor, e gostaria de poder contribuir para isso."

Obviamente acredito e também espero que acredite que não foi de má-fé que li o seu comentário. Apenas o li à luz de uma contraposição de eras e não de valores.

O que honestamente até transforma a discussão numa discussão bem mais interessante, pois eu continuo na duvida onde é que se sustenta para afirmar que: "...génese cristã, inspiradora de valores inalienáveis como o do livre arbítrio..."

Ou onde revê na Igreja os valores que transparece no seu texto? Já agora quando utiliza a palavra Igreja refere-se à instituição (foi a minha interpretação) ou à Religião?
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De João Távora a 06.11.2009 às 16:06

Caro João Cardiga:
De fugida, limito-me a responder à sua última questão: "Ou onde revê na Igreja os valores que transparece no seu texto?" Dos ensinamentos de Jesus Cristo transcritos nos evangelhos, que todas as semanas são pregados nas igrejas cristãs de todo o mundo. Não será certamente coincidência serem as democracias mais avançadas todas elas de origem cristã.
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De João Cardiga a 06.11.2009 às 16:47

Uma vez mais obrigado.

"Dos ensinamentos de Jesus Cristo transcritos nos evangelhos..."

Ok consigo entender.

"...que todas as semanas são pregados nas igrejas cristãs de todo o mundo."

Neste já não consigo entender tão bem. Talvez por falha de amostragem mas existe uma diferença substancial entre os valores que estamos a falar e aqueles que são pregados nas igrejas cristãs que tenho ido. Na penultima vez tive um padre a defender a tese que o livre arbitrio e a inteligência era algo nefasto à sociedade.

"Não será certamente coincidência serem as democracias mais avançadas todas elas de origem cristã."

Não é coincidência, mas também não é existe uma causa efeito com a religião cristã. Se verificarmos o cristianismo tem a sua base inicial no médio oriente, caminhando ao longo dos seculos para o ocidente, até que vira religião oficial em Roma. A meu ver foram os povos europeus, com enorme enfase na sociedade helenica e romana que construiram e difundiram esses valores.

Aliás, para mim, a Igreja tal como conhecemos hoje é uma construção da sociedade romana, mais propriamente de Constantino.

Isto é, para mim foi a sociedade que moldou a Igreja e não tanto a Igreja que moldou a sociedade nesta temática destes valores.

Obviamente não quero dizer com isto que a Igreja não teve um papel importante também pela positiva. No entanto julgo que os valores da Igreja não são todos positivos.
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De A,SAMEIRO a 04.11.2009 às 23:12

ESPERO QUE TAMBEM TENHAM A CORAGEM POLITICA E INTELECTUAL PARA NÃO PERMITIR O CHADOR.
EU TENHO VISTO ALGUNS POR AÍ.
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De Nuno Castelo-Branco a 05.11.2009 às 13:26

Pois não têm, até porque este tipo de proibições, devem-se única e exclusivamente a ajustes de contas pessoais e ao medo que os incita a agradar exactamente aos pugnadores do chador.
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De João André a 05.11.2009 às 18:54

Para variar os católicos confundem laicismo com ataque à religião. Claro que só o fazem porque se trata do laicismo em sociedades anteriormente dominadas pelo cristianismo (também a nível secular). Quando se trata de propor o laicismo para os países islâmicos lá estão na linha da frente.

Isto ainda é mais divertido quando os católicos gostam de falar da "génese cristã" da Europa, quando o que gostariam de fazer seria de falar de uma "génese católica". Suponho que se agarram ao que podem hoje, uma vez que massacrar protestantes e ortodoxos (e serem massacrados por eles) não conseguiu adiantar muito.

A verdade é que o laicismo não impõe nenhuma religião às pessoas, que é o que os católicos portugueses gostariam de fazer. O laicismo impõe (ou deveria impôr, ainda falta alguma coragem para se ir tão longe quanto se deveria) que as religiões estão todas em pé de igualdade no mundo secular. De forma simples: o laicismo entrega o mundo espiritual às religiões e explica que no mundo secular, estão todas em pé de igualdade. Já as religiões são proselitistas. Mas também hipócritas. E os seus praticantes também.
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De A.SAMEIRO a 05.11.2009 às 20:27

NÃO SE TRATA DE UMA QUESTÃO RELIGIOSA MAS PURA E SIMPLESMENTE DO CUMPRIMENTO DA LEI.
COMO SE VERÁ MAIS TARDE HAVERÁ CHADOR EM SALAS DE AULA DONDE FOI RETIRADO O CRUCIFIXO.
ALIÁS A POLEMICA EM FRANÇA JA ESTALOU.
PESSOALMENTE É SO ESTE ASPECTO,QUE ME PREOCUPA,VISTO ESTARMOS NUM ESTADO LAICO,COM O QUAL CONCORDO.
NÃO ADMITO É EXCEPÇÕES.
SE QUER DEMONSTRAÇÕES ONDE ELAS NOS PODEM LEVAR,VEJA O QUE SE PASSA NA HOLANDA.
O RESTO E O POLITICAMENTE CORRECTO.
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De João André a 05.11.2009 às 21:18

A ver se nos entendemos. O que foi retirado foi o crucifixo das paredes das salas de aula de escolas públicas. O mesmo relativamente a cruzes de david e a crescentes islâmicos ou outros. Isso não impede que, na maioria dos países (a França é um caso diferente e, na minha opinião, mau) as crianças possam levar símbolos religiosos. Ou seja, mesmo que o crucifixo não esteja na parede, pode perfeitamente estar ao pescoço.

Quanto a excepções, não faço ideia do que esteja a falar. E quanto à Holanda ainda menos, especialmente considerando que vivo nesse país.
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De A.SAMEIRO a 05.11.2009 às 22:25

SE VIVE NA HOLANDA,PAIS QUE NUNCA VISITEI,
NÃO SEI SE OUVIU FALAR DE UM FILME
DE THEO VAN GHOG SOBRE AS COMUNIDADES ISLAMICAS NO PAIS E VIU CERTAMENTE O RESULTADO.
QUANTO AO USAR CRUCIFIXOS,ACHO O SEU PONTO DE VISTA,INADEQUADO POIS SEGUNDO SEI USA-SE DEBAIXO DA ROUPA,AO CONTRARIO DO CHADOR.
SO QUERO IGUALDADE NO TRATAMENTO,MAIS NADA.
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De João André a 06.11.2009 às 10:57

O seu processo de pensamento é algo estranho, mas vou tentar explicar as coisas.

Theo van Gogh fez um filme provocador sobre o Islão e foi cobardemente assassinado por um extremista. Nada a ver com crucifixos, chadors ou kippahs ou outra coisa qualquer. As coisas estão completamente desligadas entre si. Até porque na Holanda é permitido mostrar qualquer símbolo religioso.

Os crucifixos são usados ao pescoço. Há quem os mantenha por baixo da roupa, há quem os mantenha por cima e há quem mantenha a gola aberta para os deixar bem à vista (é o caso da minha mulher). As kippahs também são bem visíveis, tal como os chadors. Seja como for, se um aluno decidir usar um crucifixo de meio metro ao pescoço e por fora das roupas pode ser acusado de falta de gosto, mas ninguém lhe diz que tem que o tirar.
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De Anne a 07.11.2009 às 02:08

Cruxificar deriva da palavra cruciare que significa torturar. para mim não faz sentido continuar a adorar um símbolo de tortura e maldade humana, numa religião que distorceu a História em prol dos seus objectivos políticos. com isto não quero dizer que não há pessoas religiosas de boa índole, o problema é quando leva à letra as histórias literárias da bíblia não aceitando que a verdade não tem apenas um lado. Jesus existiu? acredito que sim. foi um homem sábio, culto e justo. filho de deus? não. porque deus foi feito à imagem do homem não o homem à imagem de deus. para mim deus é a Natureza, a Vida, o Universo.

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