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Hoje dei por mim, numa conversa, a pensar em algo por de mais tolo. Tão, mas tão tolo, que me deu vontade de escrever sobre o assunto aqui – afinal, tenho uma reputação a manter.
Já se terá alguma vez apercebido o leitor como temos a constante tendência a referirmo-nos ao nosso melhor amigo como «o meu melhor amigo». O nosso interlocutor pode não conhecer a pessoa em questão e a pessoa em questão pode nunca vir a saber que o dissemos – se alguma vez o soubesse poderíamos dizê-lo como uma declaração de amizade, ou coisa que o valha. No entanto, por um instinto tolo, tão tolo, vemo-nos obrigados a dizer que estamos a falar do nosso melhor amigo quando estamos, efectivamente, a falar do nosso melhor amigo. É quase um bug que nos danifica a massa encefálica, nome feio para aquilo que há tempos sem fim chamamos cabeça. No entanto, está lá: não sai.
No máximo, com a idade, acabamos por, num acesso de infantilidade, tentar fugir à criancice de falar em «melhor amigo» e falamos num «grande amigo». É tudo o mesmo. E é bom: com esta coisa que nos persegue, acabamos por ser capazes de definir os nossos amigos como de outra forma não seria possível.
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