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Já referi por diversas vezes que considero não fazer qualquer sentido um partido monárquico: a causa monárquica é, pela natureza da instituição que defende, supra-partidária. Tão supra-partidária quanto a causa republicana: ora digam-me quem é mais republicano se Nuno Ramos de Almeida, Vítor Dias, João Gonçalves ou Jorge Ferreira?
Apesar de assim pensar acabei respeitando o Partido Popular Monárquico, afinal um partido fundador da democracia no qual o meu avô João de Castro, um dos mais fiéis monárquicos que conheci, ainda sentiu a (ingénua) felicidade de votar pouco antes de morrer.
Hoje graças ao cisma do inenarrável Câmara Pereira, o PPM caminha para a total desmobilização e completa inexistência. O tempo do antena do PPM ridicularizado pelos Gatos Fedorento é o espelho da negligência e declínio a que o partido chegou: tornou-se uma anedota. E como seria um acto misericordioso que um grupo de indefectíveis tomasse o partido em suas mãos para liquidação e com alguma dignidade fechar as suas portas e acabar com aquele triste espectáculo. Em honra e memória dos seus ilustres fundares: Gonçalo Ribeiro Teles, Francisco Rolão Preto, João Camossa e Henrique Barrilaro Ruas.
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