por Filipa Martins, em 13.09.09
Assisti ao debate de ontem com uma única pergunta na cabeça: quem é que está mais bem preparado para governar Portugal? Porque – por muito que se critique a bipolarização do discurso político – naquele estúdio estava o próximo primeiro-ministro de Portugal.
Sócrates, sem dúvida, destacou-se pela preparação, apesar de me entediar o constante regresso ao passado.
Quanto a MFL, é complicado acompanhar um raciocino imediatamente toldado por uma sintaxe incompreensível. Percebi que o que ela tinha para me oferecer era o seu valor, a sua integridade, a sua verdade, um programa ambíguo, omisso e com falta de compromisso. Pois, a verdade e a integridade da candidata – em cujos valores sustenta a sua candidatura – já estão feridas de morte com os casos já muito tratados e expostos. Neste debate, as inconsistências e as omissões, o pensamento algo provinciano, com a questão de Espanha, ficaram a nu. Depois de dia 27 de Setembro, poderemos ter de dizer – na certa – ‘outra vez arroz’ porque será a continuação do que já temos. Mas mais vale isso do que uma mão cheia de perguntas por responder?