José Sócrates está a drogar o país com as ilusões de uma utopia modernaça com o seu grandioso plano de infra-estruturas. E os impactos na economia real que vão ser tantos. Vai ser tudo excelente a partir daqui.
O problema, para o senhor, é que isto não é novo. Já tivemos um José Sócrates no passado que foi o grande responsável pela maior estupidez feita neste país nas últimas décadas: o Euro’04. Vejam como à data José Sócrates também revelava aquele entusiasmo contagiante em relação à sua pegada, que não se trata de absolutamente mais nada para além da pretensão de um homem de deixar obra. O Euro 2004 ia trazer imensos benefícios, iria modernizar, iria trazer Portugal para a linha da frente, iria, iria, iria. Estamos em 2009. Sentimos na pele as derrapagens e, de lágrima do olho, ficámos a olhar pela janela esperando os retornos que nunca vieram. Agora é ver os estádios, que bonitos estão, tão grandes, tão vazios, tão inúteis.
Nem vale muito a pena estar a referir o que o Euro não foi. Qualquer pessoa interessada sabe o que foi. É apenas interessante ver como nada mudou: o discurso de hoje é igual ao de ontem. A ilusão também. A decepção será maior.