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Discordo do texto do Tiago Moreira Ramalho, "Ide ao Teatro", mais abaixo. Não tenho opinião sobre Belgais, mas sei que o que escreveu Carlos Guimarães Pinto (O Tiago fez o link) é inaceitável e concordo com Daniel Oliveira. Maria João Pires é uma grande pianista e tem de ser respeitada.
Há, na sociedade portuguesa, uma ilusão liberal segundo a qual os subsídios da cultura sustentam um bando de parasitas que fazem arte incompreensível. O Tiago repete esse mito. Se o País adoptasse o seu conselho, desapareciam teatros nacionais, ópera, orquestras e escolas de arte. Deixávamos de ter cinema próprio e víamos as histórias dos outros. Haveria só música pimba. Parte da literatura extinguia-se: nem poetas nem clássicos, mas telenovelas.
Se o critério fosse a rentabilidade e o mercado, os partidos tinham de encerrar portas. Não havia democracia. Não é este um exemplo “de impor aos outros que financiem aquilo que nós achamos bom”? Então, e os subsídios encobertos para a banca? Como justificar essas benesses? A segurança social e a justiça? A defesa? Há pacifistas que discordam da guerra do Afeganistão e, no entanto, estão a pagar o esforço militar.
Porque é que a cultura é diferente da educação? Como justificar a frase com que o Tiago tenta refutar a questão colocada pelo Daniel Oliveira? Escreve o Tiago que “estudar no público é completamente diferente de beneficiar de apoios pontuais para a cultura e para projectos pessoais”. Porquê?
Tiago, não queremos viver numa espécie de Albânia, num país sem dinheiro para a cultura, onde os artistas têm de ir viver para o estrangeiro e onde, como escreveu Camões, “quem não sabe arte, não a estima”…
(Nesta matéria, meu caro, sou completamente marxista, embora da tendência Groucho)
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