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Qualquer pessoa interessada por política se questiona, sem necessariamente emitir juízo, sobre o crescimento do Bloco. Um partido que nasceu de uma série de partidos do mais radical que pode haver e que em escassos dez anos construiu aquilo que nem o PCP consegue ter.
A verdade é que o Bloco ganha muitos votos com as questões fracturantes, que, infelizmente, são exclusivas do partido de Louçã. No entanto isso não chega. É estranho que haja em Portugal tanta gente a votar num partido apenas e só porque faz três ou quatro marchas de vez em quando. Aquilo que acho, e o termo é mesmo acho, que não tenho propriamente estudos sociológicos na mão, é que tudo isto se deve a uma estratégia muito acertada e que só por burrice não é aproveitada por outros partidos: o Bloco está ao lado. Se imaginarmos os partidos num campo de batalha, vemos o PS e o PSD todos misturados à batatada, tão necessária, que só com batatada pode haver política, e vemos o Bloco a passar ao lado disto. Sorrateiramente, sem que ninguém dê por isso, o Bloco vai aqui e acolá falando com este e aquele, convertendo ou não, mas sem grandes sobressaltos. Tirando a crítica estúpida feita pelo PS no último congresso, que apenas deu força e permitiu aquele riso vitorioso de Francisco Louçã, ninguém contesta publicamente uma proposta do Bloco. O PSD esquece-se da sua existência, o PCP não pode, apesar de ter muita vontade, e o CDS passa tanto tempo a fazer-se notar e a defender-se dos outros que nem consegue. Resta o PS que crítica, mas quando o faz é de forma ridícula: ataca o carácter não democrático (que existe, mas é tão subtil que não pode ser denunciado de forma tão simplista) e pouco mais.
O Bloco parece intocável e o problema é que, ao não se envolver em guerrilhas partidárias na maioria das vezes inúteis, o Bloco não fica tão desgastado como os grandes, podendo semear por todo esse Portugal as suas promessas vãs e demagogia barata. O problema é que a brincadeira já está a ficar séria e o Bloco já começa a ter demasiados apoiantes - a maioria dos quais deposita neles o voto por puro protesto e sem saber realmente aquilo que estão a comprar. É uma obrigação dos grandes partidos, de todos, que se olhe de outra forma para o Bloco e se denuncie as bizarrices que propõem. A bem da democracia e de todos nós.
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