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O Eduardo Pitta faz aqui umas misturas muito giras, que são excelentes para convencer quem está já convencido. No entanto, são de uma falta de rigor que não esperava.
Em primeiro lugar, o negócio da PT não preocupa apenas liberais. Pelo menos, e ao que sei, o próprio Primeiro Ministro quando ainda era um deputado de oposição gritava, já naquele tempo ele gritava, contra uma participação directa ou indirecta do Estado na comunicação social para além do grupo que já possui. Não é, portanto, uma bandeira liberal, caro Eduardo. Em segundo lugar, a única preocupação com a compra da TVI por parte da PT era precisamente o facto de o Estado ter a golden share, o que permitiria uma influência muito grande. Como a PT já não está a comprar, já não interessa, obviamente. A possível compra de acções da Media Capital pela Cofina é, essa sim, uma questão de privados na qual o Estado não tem de se intrometer. Ou o Estado tem uma golden share secreta na Cofina?
Depois o Eduardo, demonstrando franca flexibilidade na escolha dos temas, inclui sem mais nem menos o BPN e os prémios do BCP na questão. Bom, Eduardo, novamente os prémios pagos pelo BCP aos seus empregados são uma questão da empresa, na qual o Estado não se intromete - tanto que não se intrometeu. O BPN é caso de polícia e de comissão parlamentar de inquérito - e julgo que tudo se está a desenvolver, apesar de devagar.
Por fim, quanto às extraordinárias coisas que indica, nada me parece mais simples. O facto de o Presidente da República ter vetado a lei invocando esse argumento - que me parece descabido, mas isso será para outra discussão - não implica que o Presidente da República seja a favor de toda e qualquer intervenção do Estado na Comunicação Social, isto é, não implica que o Presidente da República defenda um monopólio estatal, mais ou menos disfarçado, sobre os media. Por fim, Manuela Ferreira Leite tem razão. Quando anunciou que se iria opor ao negócio, José Sócrates não invocou argumentos sólidos, mais não fossem os argumentos que o fizeram defender a lei do pluralismo e da não concentração. José Sócrates disse apenas que não queria que desconfiassem dele e do governo. Isto, por si só, diz tudo.
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