Saltar para: Post [1], Comentar [2], Pesquisa e Arquivos [3]
Nenhum partido está imbuído de bons sentimentos (talvez o PCP seja a excepção) quando defende que as eleições legislativas e autárquicas sejam no mesmo dia ou em dias diferentes. A noite das autárquicas será uma noite laranja – e, feitas as contas por alto, podemos estar a falar de mais de vinte câmaras de diferença entre PS e PSD. Desta forma, é natural que os sociais-democratas queiram potenciar essa vitória previsível, esperançados numa extrapolação da avaliação do trabalho local feita pelo eleitorado para um contexto nacional. Por seu lado, o PS nada tem a ganhar com o casamento destes dois momentos eleitorais. A uma derrota certa nas autárquicas – mais pesada, se perder Lisboa – dificilmente quererá associar uma vitória previsivelmente tímida nas legislativas. Já a fraca expressão autárquica de CDS-PP e BE potencia o finca-pé destes partidos contra a sugestão de Cavaco Silva. Todos acreditam, assim, que existe no eleitorado um efeito de contaminação. É este facto – não por razões estratégicas, mas por princípios de base de sistema – que me faz discordar da realização de eleições simultâneas. Poderemos estar perante mais um mito e há a possibilidade real de o eleitorado ser capaz de separar águas. Mas vendo – da esquerda à direita – todos preocupados com esta questão, suspeito de que haja razões para temer uma promiscuidade entre o julgamento local e o nacional.
Publicado hoje no 'I'.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.
Perante resposta tão fundamentada, faço minhas as ...
O capitalismo funciona na base da confiança entre ...
"...Ventura e António Costa são muito iguais, aos ...
Deve ser por a confiança ser base do capitalismo q...
"que executem políticas públicas minimalistas, dei...