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Li este texto de Nuno Ramos de Almeida, em Cinco Dias, com surpresa. Se percebi, é a defesa de uma acção revolucionária para travar na rua um perigo que o autor julga existir.
As europeias foram o somatório de 27 eleições democráticas e a extrema-direita elegeu três dezenas de deputados (não chega a 5% do total). Mesmo que se constitua em grupo, este bloco será irrelevante. Os partidos de protesto são coloridos, uns ultra-liberais, outros de extrema-esquerda, muitos democráticos. O grupo que mais cresceu foi o dos ecologistas (de esquerda, como é evidente).
Os comunistas sofreram uma derrota na UE, mas isso tem a ver com o fim do pós-comunismo no leste da Europa. Basta olhar para a Polónia (país que antecipa tendências regionais) para perceber que desapareceu a “esquerda”, na realidade as forças mais reaccionárias nesta zona. De resto, os comunistas estão em declínio em todos os países ou juntaram-se a sindicalistas, como aconteceu na Alemanha.
A comparação com os anos 30 e a ascensão do fascismo não sustenta vinte segundos de análise. Nos 27 países ganham partidos burgueses, com a direita a vencer na maioria. O autor não menciona este facto. Os democratas-cristãos, socialistas, liberais e verdes controlam três quartos do parlamento europeu. O outro quarto vai para franjas onde se incluem forças perfeitamente civilizadas.
No ano passado, alguns autores da blogosfera viram nos tumultos da Grécia o início de uma revolução anti-capitalista mundial. Na altura, estranhei um dos textos de Nuno Ramos de Almeida e tentei entrar em polémica, mas o autor desvalorizou a minha crítica. A realidade deu-me razão: o partido que apoiou os tumultos gregos teve 4% dos votos, menos de metade daquilo que costuma ter. Chama-se a isto voto de protesto.
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