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Raramente me entretenho com cenários do futuro, mesmo sendo eu uma pessoa do planeamento e do ordenamento do território, que entendo como disciplinas que visam manter abertas, o mais possível, as possibilidades do futuro, ao contrário da esmagadora maioria dos meus colegas, que querem, em cada plano, reduzir as possibilidades do futuro.
Dei por mim a ler este artigo de Passos Coelho, e a pensar que as notícias sobre a sua morte política me parecem manifestamente exageradas.
A coisa parece-me clara: Passos Coelho deu o tiro de partida das próximas presidenciais, em que tenciona afrontar Marcelo, sabendo que 30% é um resultado que lhe abre as portas para a eleição seguinte.
Passos sabe que são muito poucos os políticos que uma boa parte do eleitorado (no seu caso, entre 40 e 50%) caracteriza espontaneamente como "uma pessoa decente" e sabe que isso o distingue, manifestamente, de Costa e Marcelo.
30% contra a expectativa de um resultado esmagador de Marcelo é uma boa rampa de lançamento para a eleição seguinte.
Mas sabe também que, com um bocado de audácia, de sorte e de desgaste de Marcelo (e a história de Marques Vidal em cima da história de Pedrógão tem um efeito corrosivo que não vale a pena tentar esconder), pode chegar aos 35%, que somam aos 15% das carinhas larocas do BE e PC, mais 2% de candidatos desalinhados, o que faria Marcelo sofrer a humilhação de ir a uma segunda volta, mesmo que a ganhasse, como é de esperar, folgadamente.
Como de costume as elites desvalorizam esta gente sem pedigree, como fizeram com Cavaco.
Mas os resultados dessa cegueira, no caso de Cavaco, falam por si.
E Passos sabe disso.
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