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Desde 1976 que a Constituição da República Portuguesa tem vindo a ser alterada, sendo que nunca se lhe retirou do preâmbulo a expressão «abrir caminho para uma sociedade socialista». Tem-se achado ridículo a Constituição ter essa carga ideológica tão descarada, sendo certo que há muita mais, embora implícita. Penso agora que essas considerações são vãs e mais vale que não se perca tempo com isso, ao ver que nesta crise, na qual Portugal não foi particularmente afectado se compararmos com outros países, houve o maior movimento de nacionalizações dos últimos anos, provavelmente desde o PREC. O BPN, que sendo um caso de polícia passou por um problema de gestão e uma marca do "neoliberalismo", os pacotes de apoio à Qimonda e às Pirites Alentejanas, linhas de crédito estatais e fundos de garantia. Hoje é anunciada uma Oferta Pública de Aquisição a uma empresa, a uma seguradora. O interessante é que a seguradora, a COSEC, não está em dificuldades financeiras e o argumento utilizado pelo Primeiro Ministro é, e cito: «o Estado quer ter uma intervenção directa nos mercados de seguro de crédito à exportação, assegurando que as empresas têm da parte do Estado o apoio suficiente que lhes permita exportar».
Gostaria apenas de perceber quem se julgam José Sócrates e o PS para poderem falar em nome do Estado e quem lhes dá legitimidade para decidirem o que é que o Estado quer e o que o Estado não quer. Realmente, não é assim tão má ideia retirar «caminho para o socialismo». O que deveria estar na Constituição era «caminho para a servidão».
(texto editado, a fim de repor alguma verdade constitucional - julguei que a referência ao socialismo já havia sido retirada, mas não)
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