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Assisti, ao longe, ao congresso do Sporting Clube de Portugal, em Santarém, de onde parece ter saído uma espécie de vaga de fundo a favor de uma recandidatura de Filipe Soares Franco. Com José Eduardo Bettencourt fora da corrida por razões profissionais, muitos estão a virar-se para a continuidade de Soares Franco, o que não me parece uma boa ideia. A tese começou a correr e ainda não ouvi o actual presidente dizer se aceita continuar depois do que se discutiu no congresso - muito pouco, aliás, à semelhança de alguns congressos partidários.
Mais importante foi, no entanto, uma corrente que começa a ganhar força para que o Sporting evolua para uma administração e gestão mais moderna. É óbvio que algo tem que mudar no clube. Não sei se o modelo de governance é ou não o ideal, mas parece-me evidente que o clube tem que definir melhor se faz sentido manter uma SAD com três ou quatro almas que mandam em tudo e mais de uma dezena de membros do conselho directivo, que são, na maior parte, meras figuras decorativas.
Concordo com Bettencourt e Rogério Alves, que ontem defenderam, na TVI 24, que o próximo presidente do SCP deve ser pago e deve ter uma equipa mais pequena e mais coesa. Já não concordo com a ideia, que aliás mereceu também a aprovação de Ernesto Ferreira da Silva, da próxima direcção manter a todo o custo o actual treinador, Paulo Bento. Nem acho que se deva sacrificar tudo com a perspectiva mirífica de estarmos a apenas quatro pontos do líder. Dificilmente lá chegaremos e as derrotas humilhantes que o Sporting já sofreu esta época vão pesar muito mais na História do clube do que qualquer sonho de chegar ao título. É preciso recentrar a discussão: primeiro, o clube, depois o novo presidente, a nova direcção e, por fim, um novo treinador. Nenhum destes patamares pode ser esquecido. Quem pretenda saltar um deles comete um erro estratégico.
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