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Nos últimos meses as sondagens têm evidenciado um grande aumento por parte da extrema-esquerda nas preferências de voto. Ao mesmo tempo, o PSD tem diminuido, e muito, as suas percentagens nas sondagens. O PS, claro está, mantém-se no topo.
Esta pequena introdução para colocar agora a questão que me fez escrever este texto: e depois de Sócrates?
Há quatro anos atrás, lembremo-nos, José Sócrates ganhou a um PSD fragilizado. O PS obteve, então, a sua primeira maioria absoluta com a ajuda dos desgostosos da direita. As lideranças do PSD sucederam-se, todas más, marcadas pelas guerras fraticidas do partido e o PS, feliz, continuou a escavar direita a dentro. Esta invasão da direita, deixou a esquerda aberta, completamente aberta. Muito do eleitorado do PS, desgostoso com a via, passou a olhar para o Bloco com outros olhos e aderiu ao grupo.
Quem é, então, o eleitorado do PS agora? Os velhos resistentes, que votariam PS mesmo que fosse Mário Machado o líder e os desgostosos do PSD.
Sabendo nós que tudo isto se deve ao carisma e qualidade na retórica - há que admiti-lo - de Sócrates e à falta de alternativa à direita, o que será de esperar quando Sócrates sair e quando a alternativa surgir? Simples. A extrema-esquerda manter-se-á: quem entra dificilmente sai, e o PSD recuperará quem anteriormente perdeu para o PS. Teremos, caso a alternativa seja boa e a gestão melhor, um PSD fortíssimo com o seu eleitorado de sempre e para o qual sabe falar e um PS numa encruzilhada: sem capacidade para abarcar o centro-direita e com um eleitorado de esquerda já demasiado desligado. O Partido Socialista terá bastantes dificuldades em recuperar depois de passar dez anos como Partido Sócrates.
[Fotografia: Pedro Azevedo/Sojormedia]
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