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Chumbo europeu
Tudo indica que a Cimeira de Bruxelas, a tal que não era importante, correu da pior maneira possível.
Alguns países (novos membros que não fazem parte da zona euro) saem do encontro com a corda na garganta e em grande desacordo com a posição dos grandes. A Alemanha recusou apoiar um pacote financeiro em larga escala para salvar as economias do leste, confirmando as previsões de alguns analistas que davam como certa a impossibilidade da chanceler Angela Merkel agir no exterior em ano de eleições. Não haverá, para os novos membros, uma maneira mais rápida de aceder à moeda única. Para não ser um fracasso completo, o Conselho Europeu parece ter chutado para Junho uma eventual reparação da crise das moedas do leste e dos respectivos sistemas bancários.
Ou seja, a Europa faz a tradicional navegação à vista: se nas próximas semanas, não houver desvalorizações brutais, corridas a bancos ou protestos nas ruas, então correu tudo bem; se acontecer alguma destas situações, a porta não foi inteiramente fechada a que se chame o 113. Os países grandes da UE apostam os ovos todos na cimeira do G20, como se a solidariedade global fosse mais fácil do que solidariedade no interior da União. O cenário parece ideal para os especuladores e para os cínicos.
A Europa está dividida em três grupos de países: leste, sul e grandes. O fosso tenderá a aumentar nas próximas semanas e talvez no futuro este dia seja lembrado como aquele em que começou o colapso da União Europeia. Escrevo à distância, a partir da província, e espero estar muito enganado.
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