Como escrevia outrora a mais à frente citada Câncio --se não era ela nos prémios da GR dos bons velhos tempos, sempre me pareceu que fosse -- "importa-se de repetir?".
Era uma frase que sempre me pareceu solicitar uma explicação do inexplicável por trás da retórica solicitação de que se repetisse.
Mais claramente, quer dizer, claramente, ponto: estou mesmo a pedir uma explicação. Porque se há palavra que odeio, embora a utilize amiúde, é "ignorância", odiando-a especialmente se o conceito que ela traduz se aplica mim.
É o caso. Aplica-se, e de que maneira. Estou a leste. Ó PC, elucide-me. A menos que a sua deontologia aplicável a esta já tão longa série interdite conteúdos didácticos.
Sabe o que é?... Preguiça de suster o peso de um calhamaço no pulso. E talvez temor de descobrir tão cedo significados que quebrem o feitiço do termo por si odiado. É que, nesta minha abençoada ignorância, acho a palavra foneticamente encantadora.
Sei lá, um misto de cônjuge e concupiscente, elementos audio-repugnantes, é certo, mas cuja associação, conceptualmente falando, me agrada. Além de que me fazem imaginar parentes à minha maneira bonitos desa sua "arúspice". Por exemplo, "arauto" e "auspício". Será um auspício da ilha de Aruba? Um acepipe rústico? Uma arisca dúplice?... Quiçá...
Se calhar também odeia esta última. Mas dê um desconto e diga porque odeia a recatada "arúspice", ela, essa, tão modestamente ignota que até hoje nunca eu a ouvira ou lera.