Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]
Muita gente tem medo dos azares que uma sexta-feira treze possa trazer. É legítimo. Eu, por exemplo, fico com pele de galinha sempre que 'passo' uma terça-feira vinte e três. Coisas minhas. Mas já que hoje é sexta-feira treze, faço um pouco de serviço público e explico o fundamento desta superstição, que já é mais velha que o Darwin.
Já todos ouvimos falar dos Cavaleiros do Templo, ou, dito de outra forma, da Ordem dos Templários. Esta Ordem cujo propósito era evangelizar as terras infiéis, foi criada no ano de 1119. Após a sua criação, cresceu imenso e por toda a Europa houve gente a entrar nela. A rede era extensa, cobria todos os países europeus, incluíndo Portugal.
Com toda esta extensão, a Ordem começou a ganhar poder e influência. Eram-lhe dadas terras e bens por quem nela entrava e pelos próprios Estados. Foi com os Templários que se criou o primeiro sistema bancário, muito rudimentar é certo, mas ainda assim inovador. O poder da Ordem era francamente avassalador e tanto Reis como a própria Igreja começaram a temê-la e a invejar-lhe as "economias". Assim, em 1307, duzentos anos depois da sua criação, o Rei francês Filipe IV, o Belo, mandou encarcerar todos os templários, acusando-os de heresia e queimando na fogueira os seus líderes. Tudo isto aconteceu no dia 13 de Outubro de 1307, sexta-feira.
A partir daí, a superstição sobre as sextas-feiras treze enraizou-se, até porque nem todos os templários morreram, muitos conseguiram fugir ou receber apoio de alguns reis, como foi o caso do nosso D. Dinis que criou a Ordem de Cristo, que em muito nos ajudou nos descobrimentos do século XV e XVI.
Está explicado.
Também publicado aqui.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.