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Da falibilidade do Papa

por Teresa Ribeiro, em 07.02.09

Bento XVI chocou muitos dos seus fiéis e pôs a própria Alemanha, de que é natural, em xeque ao decidir reabilitar um bispo que negou por três vezes que judeus tenham perecido nas câmaras de gás durante o Holocausto. Agora diz que não sabia de nada, como se tal fosse possível. Shame on you!

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3 comentários

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De Manuel Leão a 07.02.2009 às 20:09

Teresa:

Como cristão, sempre disse que a escolha deste Papa foi um tiro no pé dado pela própria Igreja.

Sou crente, mas há muito que não me revejo numa organização que está mais vocacionada para o «carreirismo» do que para a missão que lhe foi confiada.
Este tipo de atitudes de quem toma estas posições e de quem as tolera - como aliás aconteceu com o escândalo da pedofilia - mormente nos Estados Unidos, constituem vergonhas e, esses sim, são verdadeiros pecados. O celibato dos padres e a negação do sacerdócio às mulheres, baseiam-se em desculpas esfarrapadas. Varrer para debaixo da carpete nunca deu bom resultado.
A propósito da pedofilia nos Estados Unidos, vi recentemente o filme "Deliver us from evil" (livrai-nos do mal), realizado por Amy Berg, o qual esclarece muito sobre esse problema e problemas conexos.

Bom "post" Teresa.

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De Nelson a 08.02.2009 às 13:03

Gosto destas tiradas pesudo-intelectuais de quem quer sublinhar a sua posição afirmando-se como Crente e/ou Católico. Como se uma crítica ao Papa ou à Igreja vindo de um Crente/Católico tivesse mais força, mais peso, só por esse facto... Pois deixem-me que vos diga: eu TEMBÉM sou crente e eu TAMBÉM sou católico. e NÃO CONCORDO com as vossas arrazoadas quer sobre a eleição de Bento XVI quer sobre a sua decisão de levantar a ex-comunhão aos Bispos da Fraternidade São Pio X.

Para quem se diz Crente/Católico devria haver mais respeito pela TRADIÇÃO milenar da Igreja em que professam a Fé, ao falar de questões como o Celibato dos Padres ou o Sacerdócio. Porque essas não são questões de moda, como parecem crer. Aliás, a Igreja NÃO É de modas. Nunca foi.

E a Igreja não está para AGRADAR aos fiéis. A Igreja está para servir o anúncio do EVANGELHO... e esse anúncio sempre causou incómodos em todos os tempos... por algum motivo JESUS CRISTO acabou pregado numa CRUZ.

Quem quer uma Igreja para se auto-satisfazer... crie uma para si, à sua medida...

Dentro da Igreja todos têm direito a expressar a sua opinião ou até a discordar... mas volto a frisar que NINGUÉM tem o direito de faltar à verdade ou de levianizar questões tão sérias como as que aqui foram levantadas...

O Mons. Carreira das Neves é, na Igreja, apenas mais uma voz entre tantas outras... Não creio que lhe tenha sido reconhecido qualquer autoridade especial para 'julgar' as decisões papais...

Aconselho de resto a leitura de bibliografia adequada para as diversas matérias equacionadas, especialmente os DOCUMENTOS DO VATICANO II e todo o MAGISTÉRIO CONTEMPORÂNEO DA IGREJA quer sobre o Celibato, quer sobre o Sacerdócio, quer sobre a questão Lefebvriana... Não me parece que um qualquer filme comercial, logo tendencioso, esclareça o quer que seja... Só a preguiça intelectual justifica que se procure conhecimento em fontes que carecem de fundamento teológico.

Quanto ao «tiro no pé» com a eleição de Bento XVI... O mundo disse o mesmo de João XXIII!! 50 anos depois a História diz-nos o contrário!!

Deus escreve certo... sobre o nosso entendimento enviesado!!
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De Manuel Leão a 09.02.2009 às 00:22

Sr. Nelson:
Que me resta a mim, pobre ignorante, senão ter tiradas pseudo-intelectuais, uma vez que as tiradas intelectuais estão por sua conta.
O Sr. Nelson sabe certamente que a maior parte dos dogmas da Igreja Católica foram instituídos muitos séculos depois da sua fundação. Saberá também que o celibato dos padres não é dogma nem lei eclesiástica, mas tão só uma medida disciplinar que pode ser alterada a qualquer momento.

Quanto a tiradas como a de faltar à verdade, preguiça intelectual e filme comercial, não vale a pena responder. Desmentem-se a si próprias.

Não vou criar uma igreja para auto satisfação, vou antes continuar a seguir os ensinamentos do seu fundador e trilhar os caminhos que me permitam olhar para o espelho, todas as manhãs, sem me envergonhar da cara que vejo à minha frente.

O problema é que tudo poderia ser perfeito se não fossem "os homens". São os "homens" que acabam por fazer degenerar as instituições, isto é fazer perder as suas qualidades primitivas. Não precisa que lhe recorde que já houve casos no passado da Igreja e não foi por muitos não quererem ver o que se estava a passar que as coisas deixaram de existir. Já houve papas que vieram pedir desculpa por erros cometidos anteriormente.

Finalmente, comparar o que disse o mundo de João XXIII com o que diz de Bento XVI, só mesmo de quem quer misturar situações completamente opostas.

P. S. Com a expressão os "homens" quero significar sua sede de poder, o "carreirismo" e o encosto aos bens materiais e à ostentação em detrimento da sua missão verdadeira.

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