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Num quadro de crise como a actual, em princípio, e se não houvesse a intervenção absurda dos bancos centrais a baixar artificialmente o custo do dinheiro, estaríamos com uma crise de crédito. O dinheiro seria mais caro devido ao risco e, por isso, tanto a procura como a oferta de empréstimos bancários baixaria. Não acontece. No entanto, como os governos social-democratas têm de ganhar com as crises, fingimos que isso está a acontecer. Vamos então imaginar que acontece, portanto. O que é que um governo poderia fazer?
A primeira coisa que nos vem à cabeça é investimento. O New Deal deixou marcas e existe actualmente o "dogma" que as crises só se resolvem com investimento público - para "estimular a economia". O problema é que o investimento público não é propriamente recomendável por uma série de motivos:
1. Apenas estimula directamente uma parte da economia (normalmente, o sector da Construção), sendo os ganhos indirectos dos restantes sectores meras projecções;
2. Envolve sempre quantias astronómicas, o que coloca o país endividado e endivida também as gerações futuras;
3. Como parte da decisão de um grupo restrito de pessoas a aplicação de tão grandes quantias, corremos o risco de as decisões não serem as melhores (quanto aos investimentos portugueses, há dúvidas) e, caso estejam efectivamente erradas, não há nada a fazer depois do mal feito.
4. Uma maior intervenção do Estado na economia, o que é francamente prejudicial para o mercado.
A outra forma de estimular a economia é a diminuição da carga tributária. Baixar impostos. Ao contrário do investimento público, a diminuição dos impostos traz benefícios a vários níveis:
1. Aumento do consumo, coisa que o investimento público não traz.
2. Permite às famílias escolher onde aplicar o seu dinheiro, sendo à mesma possível a ocorrência de erros na aplicação do rendimento, mas, dada a diminuta fatia que é um rendimento familiar no total global, esses erros não teriam o mesmo impacto que um erro num investimento público.
3. O Estado não aumenta a sua intervenção na economia, ficando a cargo dos indivíduos a aplicação do rendimento. Há mais democracia nessa aplicação.
É por estes motivos (e por outros que estes, estes ou estes amigos frequentemente enunciam) que defendo uma acentuada diminuição de impostos. E se o objectivo é estimular a economia, sugeria que o ponto de partida fosse a baixa do IVA e do ISP, dois dos grandes responsáveis pela assimetria ibérica no que respeita ao Investimento Directo.
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