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A Monarquê?

por Joao Tordo, em 07.01.09

Depois de acompanhar o intenso debate sobre a monarquia, instigado pelo nosso Tiago contra forças exteriores, tenho a dizer que estou convencido. Sim, o que Portugal precisa, em 2009, em tempos de crise, é de juntar o inútil ao desagradável, regressar ao mundo pré-1910, e constituir uma nova monarquia. Juntar os velhos costumes aos brandos costumes, porque não? Atrasar a coisa mais um bocadinho, já que andamos tão à frente do resto da malta. Até já estou a ver o D. Duarte a chegar ao Terreiro do Paço, numa carruagem emprestada pelo Museu do Coche e dois cavalos ceguinhos da GNR enfeitados com arreios de cortesia e plumas, acenando para a multidão (que assiste a um concerto dos Xutos & Pontapés), a subir ao Paço Real, a receber o ceptro e coroa em mão trémula e cabeça calva enquanto cofia o bigode e, no momento real da coroação, a ser defenestrado como o Miguel de Vasconcelos por um grupo de subversivos no desemprego. Que rei sou eu. 

 

 


51 comentários

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De Anónimo a 07.01.2009 às 11:38

Em 2008???
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De Joao Tordo a 07.01.2009 às 11:44

Fiquei no ano passado...devo ser monárquico.
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De Anónimo a 07.01.2009 às 11:50

Ah, mas se o Senhor Dom Duarte Pio mandasse, punha toda a gente a plantar alfaces, e o desemprego pura e simplesmente acabava.
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De Rui Monteiro a 07.01.2009 às 14:07

Os anónimos são como os cães abandonados, nunca sabemos qual é o verdadeiro dono deles :)
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De Anónimo a 07.01.2009 às 15:56

Em compensação, sabemos que donos de outros, presumivelmente de sangue azul, são a má-criação e a insolência.
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De KLATUU O EMBUÇADO a 07.01.2009 às 12:19

O que sei que Portugal não precisa é de contadores de anedotas, iguais a si, com a fantasia de serem gigantes intelectuais. Mas enfim, como gosta de efabular graçolas, a futura corte poderá sempre contratá-lo para bobo.

P. S. Você é o pelotão de reforços?

:)
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De Joao Tordo a 07.01.2009 às 12:25

Não...o que Portugal precisa é de Klatuu o Embuçado, hobbit do Senhor dos Anéis, defensor das causas perdidas e o insultão de serviço. É disso.
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De Anónimo a 07.01.2009 às 12:20

Cuidado, que ainda vêm aí os castelo brancos oferecer porrada ...via net, é claro.
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De Rui Monteiro a 07.01.2009 às 14:08

Ainda dão tempo de antena a cobardes que se escondem no anonimato ?
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De KLATUU O EMBUÇADO a 07.01.2009 às 12:29

Muito bem, também o poderemos contratar como fenómeno de circo, só agora me apercebi que era ventríloquo.
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De KLATUU O EMBUÇADO a 07.01.2009 às 12:35

P. S. Fica também desafiado - apesar das suas capacidades intelectuais serem ainda inferiores à do seu comparsa deste blogue, respeitável - a provar onde e quando é que eu insultei um de vós.

OK, eu sei que não me deverei sentir insultado por ser comparado a uma personagem de ficção... É até honroso. Nem sequer sentir-me insultado de ler aqui zombaria acerca da memória do Senhor Dom Carlos, afinal sou apenas um monárquico e um Português anónimo, e os senhores são tão importantes, e fazem este blogue, tão bonito, bem feitinho, tão ético e cultural.

:)
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De Joao Tordo a 07.01.2009 às 12:45

insulto com insulto se paga.
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De Rui Monteiro a 07.01.2009 às 12:43

Pois a brincar a brincar na Inglaterra há o cerimonial todo que lhes dá uma grande fonte de rendimentos graças ao Turismo :) Nunca pensaram nisso ?

Afinal devem os republicanos gostar mais de AllGarve da West-Coast do que de Portugal !
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De KLATUU O EMBUÇADO a 07.01.2009 às 12:57

Tordo amigo, isso foi um desabafo com a sua consciência? Esclareça-me: não é esta a primeira vez que comunico consigo e lhe comento um post?

É.

Que insultos lhe terei feito eu, então?

Mas posso aceitar a confissão pública de ofendido, caso o seu comparsa seja incapaz para duelar, por exemplo. Ou seja familiar chegado: marido, por exemplo.

Esclareça-me.
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De Joao Tordo a 07.01.2009 às 13:09

ah ah ah, agora teve alguma piada. "Marido"...boa. mas sabe que não lutamos com hobbits, são muito pequenos e têm um cheiro desagradável :)
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De john a 07.01.2009 às 16:03

O João leu mesmo O Senhor dos Anéis? É que os Hobbits não são conhecidos pelo seu mau cheiro (não confundir com Orcs, sff). Apenas pelos seus pés grandes, peludos e resistentes.

De resto, Klatuu não me parece de todo um nome Hobbit.

:)
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De Lp a 07.01.2009 às 12:57

Porque é que os pseudo-republicanos, sempre que pensam em Monarquia, vêem cenas do Absolutismo, de coches e palácios faustosos?
Não deram conta de que o Absolutismo já acabou há muito?
Os únicos regimes absolutistas que conheço, actualmente, não são monarquias, são repúblicas.

/Lp
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De Joao Tordo a 07.01.2009 às 13:10

pois, se considerarmos o Zimbabwe uma "república".
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De Rui Monteiro a 07.01.2009 às 14:10

Também Cuba, Coreia do Norte, China ... não são republicas ?
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De Rui Monteiro a 07.01.2009 às 14:09

os republicanos lembram-se sempre do absolutismo porque o praticaram com a republica absolutista de Salazar ... ou seja têm saudades :)
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De Manuel Leão a 07.01.2009 às 16:41

Salazar não era republicano, era um simpatizante da monarquia.
Aliás, ele esteve suspenso da Universidade de Coimbra com a acusação de colaborar na causa monárquica e fazer das aulas comícios. Na sequência disso, pasme-se, teve a desvergonha de invocar a democracia e a liberdade, na sua defesa!

Mas, esperto como era, quando chegou ao poder percebeu que se quisesse impor uma monarquia, acabaria por comprar uma "guerra" inútil. Só isso!
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De Rui Monteiro a 07.01.2009 às 17:25

Oliveira Salazar conseguiu alimentar durante muito tempo a lenda dos seus sentimentos monárquicos. O conhecimento que hoje temos dos seusescritos de juventude, a observação cuidada dos acontecimentos políticos da época e o conteúdo da correspondência entre Salazar e Caetano, revelam que o seu alegado “monarquismo” se inseriu num habilidoso jogo político através do qual Salazar conseguiu obter o apoio de alguns monárquicos para sustentar o seu “Estado Novo” [2] .

O seu anti-monarquismo começou a revelar-se dentro do Centro Católico, quando, no seu Congresso de 1922, vinga a tese de Salazar de que o Centro deveria aceitar o regime republicano “sem pensamento reservado”. Monárquicos católicos, com destaque, entre outros, para Fernando de Sousa (Nemo), Alberto Pinheiro Torres, Pacheco de Amorim, abandonaram então o Centro Católico.

Ao chegar ao poder, no discurso que proferiu em 9 de Junho de 1928, a solução do “problema político” do regime (Monarquia ou República) surgia ainda em último lugar nas suas prioridades. Uma resolução tomada dois anos depois, porém, revelava a grande distância que ia entre as suas palavras e os seus actos. Após a falhada Monarquia do Norte, em 1919, umas centenas de oficiais do exército foram afastados do serviço ou demitidos, quando dominava a cena política o Partido Democrático de Afonso Costa. Mais tarde, o governo de António Maria da Silva, para amainar os animos já muito exaltados contra a 1ª República, apresentou no Parlamento e no Senado um projecto visando a reintegração no serviço activo daqueles oficiais. O golpe militar de 28 de Maio de 1926 interrompeu o processo, mas, em 1930, o tenente-coronel Adriano Strecht de Vasconcelos apresentou ao presidente Carmona um documento intitulado “A Situação Jurídica dos militares afastados do serviço do Exército em 1919″, pedindo justiça. Oliveira Salazar reagiu impedindo a reintegração daqueles oficiais monárquicos.

Na sequência da morte de D. Manuel II, em 2 de Julho de 1932, a ilusão do “monarquismo” de Salazar caiu por completo quando o seu Governo se apropriou dos bens da Casa de Bragança instituindo a Fundação da Casa de Bragança. A derradeira prova de que Salazar não queria a Monarquia deu-se em 1951 no Congresso da União Nacional, em Coimbra. Em discurso encomendado por Salazar, Marcello Caetano vem a travar naquele congresso as teses da Restauração da Monarquia [3].

Em 1951 disse que a Monarquia era inviável pois colocava em causa a União Nacional e porquê ? Porque a Monarquia nos moldes que se tinha tido antes era Constitucional e Democrática -> acabava com a Ditadura

Fonte :http://portuga-coruche.blogs.sapo.pt/tag/estado
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De Anónimo a 07.01.2009 às 13:03

Porra, já não chegava a discussão sobre o estatuto dos Açores, ainda faltava a discussão sobre a monarquia.
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De Rui Monteiro a 07.01.2009 às 14:10

em ambas as discussões o Chefe de Estado Aníbal não tem voto na matéria não é ?

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