Por vossa causa vou ter de me levar mais a sério e isso cansa-me antes do esforço. Por vossa causa vou saber outra vez que o esforço nunca será suficiente para ser levado, nem da breca. Por vossa causa ontem seti-me um cinderelo à meia noite na festa dos Blogers e bebi embevecido comigo, brindei-me ao momento e mais uma vodka só com gelo e o que é que bebes João?
Também eu tenho esta má relação com os elogios (e só o confesso porque ontem vi uma belíssima rapariga, Mônica Marques, sushi léblon, a confessá-lo na Fnac, por ocasião do lançamento da Transa Atlântica, quando eu ainda vivia no reino dos Blogs que foi o meu lugar no dia de ontem). Recebo-os como bombas relógio da decepção maior. Recebo-os e fico sem saber como é que se devolvem, mas não se devolvem e viro ligeiramente a cara, antecipando o momento em que me vão rebentar mesmo aí, na cara. Não se devolvem e agradecem-se, com mais do mesmo, se possível melhor do mesmo. É isso que agora me fatiga, a superação tem um tempo (uma idade) e eu gostava tanto de não voltar a entusiasmar-me muito, porque neste lugar no alentejo de onde vos escrevo desconfia-se dos entusiasmos e dos entusiastas, com aquele olhar 1/2 de lado e totalmente silencioso que eles dão (o meu filho mais velho diz dar drespezo) aos espalhafatosos, aos empretigados, aos que falam, falam e como eu não dizem nada. - Diz lá, caraças, "obrigado", obrigado. - Começa por aí, não custa nada, só tens de agradecer e pronto, vai-te embora, já chega, até o comentário é um lençol (isto já é o gajo do esforço a intervir). OBRIGADO JOÃO