Corta-fitas

Vi na TV essa intervenção do engenheiro de todos nós. Fiquei a pensar: tudo o que anuncia (descida disto, daquilo, de mais não sei o quê) não depende nada dele (tal como quando anunciou uma descida do IMI o ano passado... tirando a receita, não ao Estado, mas às autarquias...). Por outro lado, essas "medidas favoráveis" só existem devido à grave crise em que estamos.
E viva este governo!

Bem, pelo menos ele já fala em «rendimento disponível» das famílias. É um avanço, reconhecer que há o problema do rendimento indisponível. Que deve ser, salvo melhor opinião, aquilo que as famílias precisavam de ter e não têm...

É sempre bom, ver o Pedro Adão e Silva e o Pedro Marques Lopes. Gosto muito deles. São visões tão distantes. É como a água e o azeite. O que estão eles a fazer num post sobre o discurso do Sócrates?

Pode sempre acontecer que D. Manuela ganhe as eleições e que «As famílias portuguesas possam esperar ter um melhor rendimento disponível em 2010».

Concordo que as declarações não são felizes, demagógicas até, no sentido em que atravessamos uma crise e os portugueses (exceptuando os administradores do BPN) têm tido problemas em pagar as despesas. Mas o que Sócrates disse, La Palisse não diria melhor, senão vejamos: se desce o preço da gasolina e a prestação da casa, o português tem menos dinheiro para gastar, ou seja, mais dinheiro no bolso. É básico.

O mesmo princípio se aplica quando, no passado recente (este ano, por exemplo) se escreveu que os portugueses tinham piores condições de vida - e menos dinheiro - devido aos aumentos dos preços dos combustíveis e das taxas da Euribor. Se sobem, o poder de compra diminui, se descem, o poder de compra aumenta. Básico.

Cumprimentos.

Não entendo que raio de interesse tem a baixa do preço dos combustíveis (gasolina e gasóleo). Então o pessoal não vai todo comprar um carro eléctrico, aproveitando os benefícios fiscais já anunciados pelo Sócrates?