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Honório Novo, deputado do PCP e uma das figuras com maior impacto mediático dos comunistas. Vítor Dias, ex-membro da Comissão Política e antigo braço direito de Carlos Carvalhas. António Abreu, outro destacado ex-colaborador de Carvalhas, que foi vice-presidente da Câmara de Lisboa, membro da Comissão Poliítica comunista e candidato à Presidência da República em 2001. Maria do Carmo Tavares e José Ernesto Cartaxo, dois históricos dirigentes da CGTP-Intersindical que se notabilizaram como membros da sua Comissão Executiva.
O que têm de comum estes cinco comunistas? Vão deixar de integrar o Comité Central a partir deste fim de semana. Se o PCP fosse tratado com os padrões noticiosos que se aplicam aos restantes partidos portugueses, não faltariam múltiplas notícias sobre estas saídas, colunas de opinião a procurar interpretá-las e até editoriais a questionar esta súbita "renovação" no Comité Central comunista, onde se mantêm vários membros da velha guarda mais ortodoxa, como o "operário" Domingos Abrantes, o "intelectual" Albano Nunes e o "operário" José Casanova.
Mas o PCP, que há 32 anos não se apresenta a eleições com a sua própria sigla, é um partido diferente. Até nisto. Tudo se passa dentro das "paredes de vidro", mais opacas que nunca, sem correntes de ar que transpirem para o exterior nem a maçada das "dissidências", sempre incómodas. Por isso o congresso comunista se realiza à porta fechada, ao jeito do PSD-Madeira: Alberto João Jardim havia de gostar.
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