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O partido das paredes opacas

por Pedro Correia, em 29.11.08

Honório Novo, deputado do PCP e uma das figuras com maior impacto mediático dos comunistas. Vítor Dias, ex-membro da Comissão Política e antigo braço direito de Carlos Carvalhas. António Abreu, outro destacado ex-colaborador de Carvalhas, que foi vice-presidente da Câmara de Lisboa, membro da Comissão Poliítica comunista e candidato à Presidência da República em 2001. Maria do Carmo Tavares e José Ernesto Cartaxo, dois históricos dirigentes da CGTP-Intersindical que se notabilizaram como membros da sua Comissão Executiva.

O que têm de comum estes cinco comunistas? Vão deixar de integrar o Comité Central a partir deste fim de semana. Se o PCP fosse tratado com os padrões noticiosos que se aplicam aos restantes partidos portugueses, não faltariam múltiplas notícias sobre estas saídas, colunas de opinião a procurar interpretá-las e até editoriais a questionar esta súbita "renovação" no Comité Central comunista, onde se mantêm vários membros da velha guarda mais ortodoxa, como o "operário" Domingos Abrantes, o "intelectual" Albano Nunes e o "operário" José Casanova.

Mas o PCP, que há 32 anos não se apresenta a eleições com a sua própria sigla, é um partido diferente. Até nisto. Tudo se passa dentro das "paredes de vidro", mais opacas que nunca, sem correntes de ar que transpirem para o exterior nem a maçada das "dissidências", sempre incómodas. Por isso o congresso comunista se realiza à porta fechada, ao jeito do PSD-Madeira: Alberto João Jardim havia de gostar.


30 comentários

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De Fonte próxima a 29.11.2008 às 10:08

Só assim é que se "vê" a "força" do PC.
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De De fonte ainda mais próxima a 29.11.2008 às 11:32

Se calhar as pessoas que vão sair do C.C. vão sair por vontade própria, até porque alguns até já entraram na idade da reforma. O congresso ser a porta aberta ou fechada é igual, quem o deveria cobrir que é a comunicação social,nunca lhe dá destaque que por exemplo outros congressos até de partidos mais pequenos tem. No último a que assisti as perguntas aos delegados e convidados eram de facto muito importantes para a sociedade portuguesa. " Sabe o que é uma Santanete? " . Aliás sendo o autor deste posto supostamente jornalista, diz tudo em relação á isenção com que o P.C.P é tratado pelos Media. Já no fascismo era assim e assim continua. Mas apesar de tudo ele resiste, no fundo é o que faz confusão a muita gente.
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De Pedro Correia a 29.11.2008 às 12:37

Onde é que isso já vai... Até fala em fascismo! Há maneiras mais hábeis de desviar a conversa, não acha? Como é que quer que o partido tenha mais cobertura se vocês reúnem à porta fechada, como faz o Jardim lá na Madeira? Acha bem? Então não se queixe da falta de cobertura. Aliás se houvesse mais atenção ao PCP seria bom indagar, um a um, por que motivo estes militantes saem do Comité Central. Você acha que Honório Novo saiu por estar "na idade da reforma" enquanto o "operário" Abrantes continua lá, aos 72 anos? Cada um acredita no que quer.
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De De fonte ainda mais próxima a 29.11.2008 às 13:54

Os seus argumentos são meramente especulativos, deve ter a mania que é o Rui Santos da política. Você sabe lá se o Honório Novo saiu por imposição ou mera e espontânea vontade.Não sabe, e quando não se sabe não se deve especular porque depois pode-se estar errado. Ou então especula porque pretende difamar, e aí torna-se um profissional da intriga e não 1 jornalista. Devia-se "indagar 1 a 1", lá está as suas tentações totalitárias, o Jardim!? Então vocês é que afirmam constantemente que o homem tem feito 1 excelente trabalho na Madeira. E o sr. devia saber se alguém é perseguido por esse fascista (eleito,mas não deixa de o ser), são precisamente os comunistas madeirenses. E deixe-se de tretas em relação ao que diz sobre cobertura, porque o P.C.P não tem a cobertura que merece e que tem direito porque simplesmente diz aquelas verdades inconvenientes que o sr. e este sistema não querem ouvir. Porque é que o sr. o constantemente ataca? por exemplo. A resposta é simples face ao desalento que as pessoas tem em relação a esta sociedade, o sr. e os seus partidários fazem anti-comunismo constante para as pessoas não votarem no P.C.P. Eu até me pergunto, será que este sr. é jornalista ou algum comissário político do capital? Ou será por ele ter esta postura que mantém o seu emprego?Eu conheço vários casos assim.Se quiser desabafar sobre isso, sou todo ouvidos.
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De Pedro Correia a 29.11.2008 às 16:02

Agradeço-lhe ter-me feito rir à gargalhada quando me chamou "comissário político do capital". Adoro esse jargão do seu partido, pronto a disparar contra tudo quanto questione os tabus do PCP. Eu tanto critico este partido como qualquer outro: há provas documentais abundantes do que lhe digo nestes quase três anos de Corta-Fitas. Acredito que preferisse ficar imune às críticas: lamento, mas Portugal não é Cuba nem a República "Democrática" da Coreia. Admiro a facilidade com que chama fascistas a tudo e a todos, mas não acha que assim reduzimos o debate político a zero? Não me venha com essa de eu ser defensor do Jardim: já me fartei de o criticar aqui. Na Madeira, o PCP tem várias vezes razão. Pena não aplicar internamente o que apregoa para o exterior.
Não se irrite. Nada há de mais salutar do que duas pessoas pensarem de maneira diferente, como é o nosso caso.
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De rms a 29.11.2008 às 14:43

Live @ XVIII Congresso.

O Honório saiu porque quis, porque o pediu. E quanto a essa fantástice teoria dos seguidores de Carvalhas, seja lá isso o que for, note-se que o Carvalhas continua... Não deixa de ser curioso.

Mais curioso ainda é o facto de que, se calhar, se o Comité Central continuasse o mesmo, estaríamos aqui a discutir que o PCP é um partido fechado e que não se renova.

Afinal renova-se, não se renova é como gostariam alguns que, curiosamente, nada têm a ver com o Partido, bem pelo contrário.

E o Congresso do PCP é à porta fechada?! Eu, que até cá estou, ia jurar que recebi mensagens a dizer que transmitido em directo na SIC Notícias...

Mas admito que temos diferenças, nós em relação aos outros partidos. Por isso é que somos o PCP e não outro Partido qualquer.

Não pense mais nisso. Afinal, se somos tão fechados e anti-democráticos que chegaram mais de 500 alterações ao projecto de Teses, houve largas centenas de reuniões para a discussão das mesmas e hoje mesmo podem apresentar-se alterações às Teses e à composição do Comité Central.

Se quiser ter uma palavra a dizer pode sempre tentar filiar-se. Até lá, não se chateie muito connosco...

Um abraço, desde o Campo Pequeno
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De Pedro Correia a 29.11.2008 às 16:04

Um abraço, Ricardo. Bom congresso. Se está a ser à porta fechada, ao contrário do que foi noticiado, tanto melhor.
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De Anónimo a 29.11.2008 às 11:42

Se eles ficassem eram demínios, como saem são anjinhos. Você é um analista e tanto, quando precisar de um já sei onde o vou contratar...
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De Pedro Correia a 29.11.2008 às 12:39

Nem anjos nem demónios. Limito-me a referir que teria interesse saber por que motivo uns saem e outros continuam por lá, há décadas. São sempre os mesmos. E critico o facto de o congresso decorrer à porta fechada, como o Jardim faz na Madeira. Bonita coincidência, não acha? Depois não se queixem que os jornalistas não acompanham o partido.
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De J2P a 29.11.2008 às 12:58

Desde a falência da Sede ,as filiais ficaram descapitalizadas,com stocks sem colocação e uma hemorragia constante de "fregueses".
Não admira.portanto, o encolher dos corpos gerentes,e a tendência acelerada para se transformar,cá na paróquia, muma associaçãozinha recreativa...
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De José Manuel Faria a 29.11.2008 às 13:54

Honório acaba de dizer que saiu por motivos pessoais e não ter tempo para conciliar esse cargo ( C C) com o trabalho parlamentar, e claro renovação do CC. Vitor Dias andou mais às voltas, e disse que os lugares no PCP são rotativos, e sempre defendeu a redução dos membros do CC

No CC há pessoal que está desde 25 de abril e antes. São os guardiões da rotatividade!

O A. Filipe continua, pois claro, é novo, 46 anos.

O Filipe irá intervir? Duvido. O vice da AR faltou à aprovação das Teses. Mt conveniente.

No PC actual não haverá alguém que pense diferente?

Há, mas só falam nos seus organismos.

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De Pedro Correia a 29.11.2008 às 16:07

Subscrevo a sua ironia: "No CC há pessoal que está desde 25 de Abril e antes. São os guardiões da rotatividade!" Honório saiu por motivos pessoais? Penso antes que foi por ter votado contra as teses no congresso de 2004: ficou marcado desde então, mais um pouco e acontecia-lhe o mesmo que à Luísa Mesquita. AF também votou contra as teses há quatro anos, desta vez optou por não aparecer sequer à reunião. Provas de que o PCP não é um partido tão monolítico como aparenta. O pior é que quem contraria esse monolitismo acaba por sair,mais tarde ou mais cedo, pressionados pelas sentinelas que mantêm as chaves do templo.
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De rms a 30.11.2008 às 00:04

O Pedro bem pode pensar o k quiser... Mas a verdade é que o Honório deixa o CC a pedido do próprio por questões de disponibilidade, uma vez que é eleito na AR e na CM de Matosinhos.

Quanto ao Congresso ser à porta fechada, já o esclareceram. E bem. Só não percebo essa implicância com o PCP e o PEV por arrasto. Segundo a sua análise, o Pedro, que nem é de esquerda, devia era estar contente com tantos erros grosseiros do PCP...
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De Pedro Correia a 30.11.2008 às 00:20

Preso por ter cão, preso por não ter. Se não ligamos ao PCP é porque estamos a menosprezar o partido, etc. Se ligamos ao PCP, aqui d'el-rei que estamos a criticar, etc. Em que ficamos? Só podemos falar do PCP em termos acríticos? Isto não é Cuba, meu caro
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De rms a 29.11.2008 às 17:16

n há. falta-nos um Louçã...
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De J.C. a 29.11.2008 às 14:09

Já no PS é diferente: os socialistas deixam os jornalistas abeirar-se da reunião, mas estes, vá lá saber-se porquê, parece que ficam completamente baralhados. Pelo menos, o repórter da SIC-Notícias ficou atabalhoado de todo.

Em directo, aquele repórter fez uma referência qualquer a «António José Sócrates». Também explicou que, quem queria empurrar António José Seguro para se candidatar à liderança, podia estar a querer «queimá-lo». E acrescentou qualquer coisa como a recusa de António José Seguro para avançar podia ser para «queimar» quem queria arrastá-lo (para a fogueira, presume-se). Chamem os bombeiros para a reunião do PS...
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De Nuno Ramos de Almeida a 29.11.2008 às 14:12

Pedro Correia,
O congresso do PCP não se reune à porta fechada. Apenas a eleição da direcção se faz à porta fechada. É diferente.
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De Pedro Correia a 29.11.2008 às 19:13

Obrigado pelo esclarecimento, Nuno. De qualquer modo, a eleição dos novos cargos directivos é um momento crucial do congresso. Não faz sentido que ocorra à porta fechada nem isso é defensável numa sociedade aberta, em que os partidos podem e devem ser escrutinados.
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De Nuno Ramos de Almeida a 29.11.2008 às 19:26

Pedro Correia,
A minha intenção era unicamente corrigir a tua imprecisão. Como jornalista sabes a importância dos factos escritos estarem correctos.
Sobre a matéria da discussão da direcção de um partido ser pública, só te posso dar a minha opinião. Na maioria de organizações e instituições a discussão de quadros não é à porta-aberta pq se considera que as pessoas ficariam inibidas de dizerem o que pensam. Actualmente, não milito em nenhum partido, mas já fui militante do PCP e delegado a alguns dos seus congressos, na eleição da direcção fazem-se muitas críticas pessoais que não seriam ditas se fossem abertas à comunicação social.
Do ponto de vista da democracia interna parece-me muito mais grave o facto de os delegados não poderem apresentar uma lista alternativa aos nomes propostos pela direcção e de não poderem ser discutidos em todas organizações documentos nacionais alternativos.
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De Pedro Correia a 29.11.2008 às 19:41

Isso, Nuno, é o "centralismo democrático", que será efectivamente centralismo mas não é democrático. A questão das listas alternativas há muito que vem sendo defendida por relevantes correntes de opinião dentro do partido, sem qualquer sucesso. Por este e vários outros motivos, quase todos ligados à falta de democracia inerna, muitos militantes destacados acabaram por votar com os pés, abandonando o PCP. Foi esse também o teu caso, ao que julgo saber. Apesar do que referes, continuo a achar criticável o factol de o Comité Central, em pleno congresso, se reunir à porta fechada. Mas dá do PCP a imagem real do que é: um partido que não tem paredes de vidro, ao contrário da definição que dele féz Álvaro Cunhal.
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De Nuno Ramos de Almeida a 29.11.2008 às 19:49

Pedro,
Não te quero envolver em discussões históricas de partidos comunistas, mas o centralismo democrático não obriga a que não existam correntes internas. Elas existiram no partido bolchevique , por exemplo. O centralismo democrático apenas "obriga", aqueles que querem ser militantes de um partido comunista, a que depois de uma discussão entre posições divergentes todos aceitem as conclusões da maioria e se empenhem em conjunto para a sua concretização. É mais uma precisão, desta vez teórica. :)

Abraço,
Nuno
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De Pedro Correia a 29.11.2008 às 20:09

Agradeço os teus esclarecimentos, Nuno.
Abraço
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De vítor dias a 30.11.2008 às 00:36



Pedro Correia:

Desculpe que lhe diga, maas tem de passar a ser mais cuidadoso.

Se as pessoas vêem o Telejornal, se o seu jornal deve ter lá reporteres, como pode falar em Congresso à porta fechado.

Agora, emendando a mão, vai dizer que foi um lapso, e que o que queria dizer era a sessão em que o Congresso discute e elege a lista para o Comité Central.

Você nunca o perceberá mas essa sessão fechada é uma grande atitude democrática. Sabe porquê ? Porque sendo fechado, toda a gente está à vontade para, numa matéria sempre delicada que é falar de outros camaradas, dizerem o que muito bem lhes apetecer o que, evidentemente não fariam com a comunicação social a assistir.

A esta hora, o Pedro Correia estará a pensar que este Vítor Dias não tem emenda. Pois olhe que foi mais menos isto que uma vez o seu colega (camarada, supoho eu, na linguagem da classe) Ferreira Fernandes escreveu no DN.

PS: Ele não era obrigado a isso, mas parece que por estas bandas ninguém reparou que Honório Novo até já se fartou de explicar o caso dele.
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De Pedro Correia a 30.11.2008 às 00:52

Caro Vítor Dias, escrevi antes do congresso começar, com base nas notícias que vieram a lume, uma das quais citei no texto. É bom que as intervenções possam ser testemunhadas livremente pela comunicação social, mas percebo mal, apesar do que me diz, que o momento crucial da votação aconteça à porta fechada. Há procedimentos anacrónicos que persistem em nome da imagem da unidade, sempre mais aparente que real. Quando aponto tudo isto faço-o na óptica de quem escreveu durante vários anos sobre o partido e que continua a interessar-se pelo que lá se passa.
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De vítor dias a 30.11.2008 às 01:23



Afinal quando escrevi o meu comentário o Nuno Ramos de Almeida até já tinha explicado tudo muito bem quanto à sessão fechada.

Mas desculpe que lhe diga você está mesmo ligeiro porque aí atrás até escreveu era o a reunião do Comité Central eleito que devia ser aberta.

Oh, Pedro, para e pense um bocadinho: há algum órgão máximo (Comnissão Nacional do PS, Conselho Nacional do PSD, etc) entre congressos de qualquer partido que reuna todo o tempo de porta aberta em Portugal ?

E depois tanta conversa sobre transparência e escrutinio dos partidos sem reparar que se há sítio mais opaco e menos transparente sobre a sua vida interna e com mais centralismo «tout court» de funcionamento são os orgãos de comunicação social ?
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De Pedro Correia a 30.11.2008 às 01:35

Caro Vítor Dias: se me permite, agora quem está a ser ligeiro é você. Então está a meter partidos políticos e órgãos de informação no mesmo saco? Os partidos disputam o poder, os órgãos de informação não. Alem de que os media nunca foram tão escrutinados como agora, por várias vias. E as novas tecnologias só favorecem isso.
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De Francisco Almeida Leite a 30.11.2008 às 18:39

Que eu me lembre, mas posso estar enganado, o FF nunca escreveu nada sobre o VD.

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