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Manuel Alegre pôs o dedo na ferida: "Como reformar a educação, sem ou contra os professores?”, questionou o histórico deputado socialista, afirmando em voz bem alta, como é seu costume, aquilo que muitos trampolineiros do partido do Governo vão já dizendo também por aí, mas por enquanto ainda em sussurro. A crítica de Alegre é política, mas Maria de Lurdes Rodrigues, incapaz de enfrentar o contraditório, levou a questão para o plano pessoal, procurando desqulificar o interlocutor ao insinuar que o vice-presidente da Assembleia da República lhe dirigira "insultos". A fragilidade actual da ministra ficou bem patente no facto de José Socrates ter sentido necessidade de fazer coro contra Alegre, deixando estalar o verniz: na sua opinião, o poeta "não tem razão nenhuma".
Chega tarde à refrega. Este primeiro-ministro que assim fala é o mesmo que em Janeiro tirou Correia de Campos do Governo, precisamente no auge das críticas de Alegre ao ministro da Saúde, e pôs no lugar de Campos uma apoiante da candidatura presidencial do autor da Trova do Vento que Passa. Como já aqui escrevi, a "escovadela" de que o titular da Saúde foi alvo reforçou a legitimidade da acção política de Alegre, dentro e fora do partido. Sócrates detesta as posições críticas de Alegre, embora só agora isso tenha ficado transparente. Mas não ignora que o poeta, quando fala, não se limita a exprimir teses pessoais: dá voz a uma ampla corrente de opinião, cada vez mais dissonante de um governo que se multiplica em trapalhadas. Estamos a falar de um milhão de votos. Por outras palavras: a revalidação da maioria absoluta socialista está cada vez mais nas mãos de Alegre. Basta ele querer. Ou não.
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