De Anonimo NÃO Jornalista a 06.11.2008 às 15:37
Cito:
"O Público em papel traz uma nota acerca de um estudo universitário que trata do "perfil psicológico do jornalista português". A conclusão mais interessante (ou evidente o que vai dar ao mesmo) é que o acesso à carreira se faz fundamentalmente através da "cunha". Uma "entrevistada jovem", de um total de quarenta e um, quando lhe perguntaram como é que se arranja "trabalho nos jornais de Lisboa", respondeu com "ingenuidade":«é com cunhas, nomes de família, amizades com figuras públicas, pertença a clãs jornalísticos.» Esta moça, no mínimo, já devia ser directora de informação ou comentadora na galáxia SIC. Mas há mais. A cama, a família ou a afinidade também contam: «dois irmãos jornalistas, filhos de um casal de jornalistas (...) um jornalista filho e sobrinho de jornalistas, primo de jornalistas e casados com [uma] jornalista.» Confesso que o que mais me enterneceu foi a referência aos "clãs jornalísticos" feita pela jovem candidata a profissional. Por aqui se percebe que não há "filtro" que nos salve das "verdades" que os jornais, as rádios e, sobretudo, as televisões nos "revelam". Ai daquele que não pertença a um "clã" e tente ser (vou tentar escrever isto sem sorrir) independente. O mundo, ao contrário do que o amável sr. Gore andou a papaguear, aprecia as "verdades convenientes". Os jornalistas são geralmente "formatados" para as transmitir e, para isso, precisam estar bem "inseridos" e de "directores espirituais" como, por cá e por exemplo, o dr. Santos Silva. A "língua de pau" que prevalece por aí não é fruto do acaso. O clã é um só."
Fim de citação