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Eu tinha uma de duas opções. Fazia um post insonso onde me despedia do Paulo Cunha Porto, elogiava a sua inteligência, a audácia dos seus escritos e chutava o assunto para canto, mostrando-me muito compungido. Ou, pelo contrário, fazia um post onde falava verdade e punha um ponto final nesta cena rídicula. Escolhi esta última.
Todos, sem excepção, recebemos o PCP com simpatia, convidando-o para os nossos almoços e jantares. A partir daí, o PCP começou a escrever, livremente e sem qualquer tipo de espartilhos, regateando elogios internos e externos. Ficámos todos a gostar dele. Falo agora por mim: acho o Paulo um Senhor, educadíssimo, atencioso e dotado de uma inteligência e cultura singulares. Só que o facto de ser um defensor acérrimo de um sistema político sem partidos e da monarquia absolutista incomodou um dos fundadores do blogue e deixou outros com uma pulga atrás da orelha.
O Paulo não foi vítima de qualquer tipo de prepotência colectiva. Que isso fique bem claro. Num almoço decidimos todos, incluindo quem não esteve e mandatou outros para falarem em seu nome, que a linha editorial do blogue lhe deveria ser explicada, frisando que estávamos também em vias de aprovar um estatuto editorial, sobre o qual gostávamos de saber a sua opinião. Foi isto que fizemos, com delicadeza, pois ninguém defendia a saída do Paulo do Corta-Fitas. Mas o PCP entendeu sair. Fê-lo por vontade própria.
Dito isto, asseguro-vos que as notícias sobre a morte deste blogue foram manifestamente exageradas. A quem saiu, agradecemos tudo o que deram ao Corta-Fitas. Àqueles que entrarem para o seu lugar um dia destes, prometemos a liberdade de que todos aqui gozaram, desde que no respeito pelos princípios básicos da democracia, da defesa dos direitos humanos, do direito ao bom nome e no respeito por todos os credos comumente aceites. Somos assim, não era agora que íamos mudar. Até já, sim?
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Olá.Obrigada pela partilha.Boa semanaMaria
Não deixa de ser irónico que uma organização de ho...
Muito obrigado Henrique.
Não me surpreendeu tanto como ao JT em virtude do ...
Realmente, fazia falta aqueles regimes da foice e...