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Um dos raros motivos que me levaram este ano a elogiar sem reservas o Governo deixa de existir a partir de agora: ao reconhecer a pseudo-independência do Kosovo, a reboque dos grandes directórios europeus, que por sua vez andaram a reboque dos Estados Unidos, o Executivo de Lisboa abdica de ter uma voz própria nesta matéria. E abdica sobretudo de ter uma voz autorizada, respeitadora do Direito Internacional e da doutrina de validação de fronteiras estabelecida na Conferência de Ialta, em Fevereiro de 1945. Países que nos são próximos, como a Espanha e a Grécia, continuam sem reconhecer a "independência" unilateral do Kosovo, estribada num inaceitável predomínio étnico que legitimaria - por exemplo - o imediato levantamento insurrecional no País Basco contra os estados espanhol e francês.
Portugal, que tão bem andou em Fevereiro, aliás sob a orientação do Presidente da República, opta agora por trair os princípios que enunciou há oito meses sem que nada de relevante possa justificar este contorcionismo. Pelo contrário, as recentes proclamações de "independência" dos territórios georgianos da Abcásia e da Ossétia do Sul, instigadas pela Rússia, só confirmam a necessidade de não abrirmos a Caixa de Pandora no continente que gerou as duas guerras mais mortíferas de todos os tempos. Ambas há menos de cem anos, não esqueçamos. E um século não é nada quando estamos a falar de História.
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