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Conversa de embaixada
A Europa, afinal, está numa situação semelhante à americana e os Estados membros da UE começaram uma discussão que promete. Nesta fase, circula a ideia de um fundo europeu de apoio ao relançamento do sistema bancário, para garantir os depósitos, com a França a negar a autoria, a Holanda a fazer de “lebre” da França e a Alemanha muito reticente em relação à passagem de “cheques em branco” às instituições irresponsáveis.
Tinham garantido que estava tudo bem, que isto era contágio da América, que os bancos europeus não tinham embarcado nos produtos tóxicos, mas a realidade fez uma visita.
O problema europeu é que os países não estarão todos na mesma situação, uns mais expostos, outros menos. E se os americanos podem colocar todos os contribuintes a pagar, na Europa isto tem custos políticos diferenciados. Sarkozy, por exemplo, não terá uma factura política tão pesada como a de Merkel, que enfrenta um ano eleitoral difícil, que começou com uma brutal derrota no domingo, na Baviera.
Não foi exactamente a formação de Merkel, mas o resultado foi tão mau que afecta toda a direita, indicando subida perigosa dos partidos fora do sistema. E as eleições austríacas mostram qual o preço do avanço dos populistas.
E que faz Portugal? Nós ainda estamos na discussão anterior, que é boa para disfarçar o susto. A independência do Kosovo, com a líder do PSD, Manuela Ferreira Leite, a elogiar a posição “prudente” do Governo. Pelo contrário, agora há múltiplas razões para reconhecer a independência do Kosovo, sobretudo após aquilo que a Rússia está a fazer na Abcásia e Ossétia do Sul. Setembro foi o momento para dizer a Moscovo que a sua acção na Geórgia era inaceitável e a hora certa para ajudar a Ucrânia. Mas Portugal, para variar, não existe, posição que merece o consenso do bloco central.
A nossa política faz lembrar aquelas conversas tontas de cocktail de embaixada, onde os convidados se esforçam por transmitir um interessado e risonho vazio.
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