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Prostituta, de Jarred Gutekunst
A tributação das actividades ilícitas, quando referente às prostitutas, sempre foi mais uma tribulação, por ser impossível de controlar, como porque fazê-lo estende à fiscalidade a desaprovação social que estigmatiza os comportamentos cúmplices. A legislação sueca, no sentido de legalizar a venda do corpo mas criminalizar a compra, é, evidentemente, mais uma aberração que brota da imaginação de opressões. Que se criminalize o tráfico e a exploração, e compreensível, pelas coacções que muitas vezes envolvem. Estender às profissionais por conta própria a igualdade e consideração, retirando-as ao cliente que lhes dá o sustento é uma tentativa de inversão de valores tradicionais, a qual tenta fazer tábua rasa do entendimento multissecular de que vender-se é mais reprovável do que descarregar energias. Além de ser determinado pelo mais irrealista dos preconceitos, o de que é a escassez que conduz ao aluguer de si, não a facilidade.
Neste contexto, a reivindicação das mulheres da vida suecas de passarem a pagar impostos, para acederem à assistência e à segurança social como qualquer outra actividade, está inquinadíssima pela consequência que pode trazer o não-preenchimento dos recibos com o nome dos clientes. A inverificabilidade será total, nada garantindo, sobretudo em imigrantes provenientes de outras culturas, que não sejam preenchidas declarações com recibos fictícios, para gozar de prestações a que, de outro modo, não se teria direito. O homem foi eliminado deste circuito, cada peixão fisgado na mira de espremer o fruto proibido passará a ser um número de quitação. Até que o próprio número, mesmo sem correspondência, se torne a realidade, fazendo muita dona de casa esforçar-se por passar por meretriz.
Claro que na nossa santa terrinha o problema não se põe, ninguém sonharia desejar declarar impostos. Em primeiro lugar, a qualidade das regalias é a que se sabe. Depois, faz parte do carácter nacional contar mais com um pássaro na mão, esperando que a sorte trate de evitar as necessidades de doença e velhice, num enganar antes que se seja enganado muito típico.
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