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ANTES QUE O DIABO SAIBA QUE MORRESTE *****
É, desde já, candidata a melhor película este ano estreada em Portugal. Na aparência, surge-nos como um thriller original, que decompõe as regras da cronologia, rodado em tons escuros e frios, acentuando as características formais de filme negro. Mas é, essencialmente, uma espantosa longa-metragem que nos fala da vertiginosa erosão dos valores morais no mundo contemporâneo, da progressiva dissolução dos laços familiares, que nenhuma engenharia social substitui, e nos mostra um mundo onde só o dinheiro conta - o mundo em que estamos mergulhados até à medula neste início de milénio que nada teve de redentor.
Neste filme em que não há bons, o menos mau é afinal o que no princípio nos parece pior, confirmando uma elementar regra do cinema (e da vida): as aparências iludem. A diluição da cronologia faz aqui todo o sentido - para vincar que todos somos prisioneiros do passado e que este por sua vez condiciona as nossas acções futuras.
Tudo servido por um quarteto de magníficas interpretações - do melhor que tenho visto de há muito - sob a direcção do mais veterano cineasta ainda no activo em Hollywood: mestre Sidney Lumet, com 84 anos de vida e acima de meio século de carreira. Estreou-se no cinema em 1957, com o fabuloso Doze Homens em Fúria, e continua a difundir arte de filme em filme com uma vitalidade que raras vezes vemos hoje em realizadores com idade para serem seus netos. O que é um motivo acrescido para merecer um caloroso e prolongado aplauso.
Before the Devil Knows You're Dead (2007), de Sidney Lumet. Com Philip Seymour Hoffman, Ethan Hawke, Marisa Tomei e Albert Finney
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