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Debater o Debate

por Paulo Cunha Porto, em 27.09.08

O Luís Naves salientou um ponto fundamental, o de não nos devermos deixar envolver pelas preferências na análise das vantagens na campanha eleitoral americana. Para os Leitores que só passaram a seguir-me nesta casa, declaro os meus gostos e desgostos, desde já, tanto quanto posso investir-me na política de uma nação de que desconfio um tanto, apesar de não defender abandonos de alianças. Mas é de lá que vem o Poder a que estamos sujeitos, há que apreciar.

Tradicionalmente tenho maior proximidade com os Republicanos nas questões político-morais, como maior sintonia com os Democratas nas económico-sociais. Mas sei bem que o que importa lá é a individualidade de princípios de cada político, que uma das melhores lições que nos dão é a desvalorização das cumplicidades ideológicas e a obliteração das disciplinas partidárias.

Assim, simpatizo com McCain e Obama, que penso os melhores de quantos se apresentaram, porque vingaram contra os estados-maiores partidários, encarreirados para  Romney e Clinton. E detestaria que tivesse ganho Edwards, o político menos honesto que se candidatou à Presidência, nos últimos anos.

Que dizer pois do debate de ontem?

Uma análise à Marcelo Rebelo de Sousa - Empataram! E como McCain precisava de ganhar neste debate, que versava principalmente sobre o seu tema forte - a Política Externa -, perdeu!

Uma análise à João L. César das Neves - O que ainda é incrível é que com tudo o que aconteceu, com o Iraque, com a aparência de crise económica, que não é grave porque os governos hoje sabem o que fazer, o que ainda é inacreditável, é que McCain possa ganhar!

Uma análise à Miguel Sousa Tavares - Os Republicanos passaram oito anos a desperdiçar um superavit orçamental e a proteger as grandes empresas, espero que Obama ganhe. Veremos em Novembro.

Uma análise à Paulo Cunha Porto - Duvido de que Obama tenha dito o que os eleitores queriam ouvir, pois prometeu sair do Iraque para ir para o Afeganistão e, quem sabe,  para a Coreia, quando o que eles desejavam escutar é que ia trazer os rapazes de volta a casa. Mas com a banca a bater no fundo, a explicação das perdas de McCain, dado como vencido pelos telespectadores, reside na obsessão que posso descrever, parafraseando a frase de Ann Richards contra Bush Pai, É a Economia, inteligente!

Volto depois do almoço, para responder aos Amigos que me comentaram, ontem.


1 comentário

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De Paulo Cunha Porto a 27.09.2008 às 14:34

Meu Caro Nelsinho,
McCain, no fim de contas talvez me seja ligeiramente mais simpático porque, sendo equilibrados os outros parâmetros, torço sempre por um combatente valoroso. Mas a Obama deve-se uma reviravolta fundamental, a de ter trazido à Esquerda Americana a tónica de uma mensagem positiva, em vez da costumeira tentativa de excitar uns contra os outros os vários sectores da comunidade nacional, pecha em que até Hillary caiu, embora ligeiramente. O episódio que refere deve traduzir uma tentativa de requaliificação da Função Pública americana, que, dizem, vem caindo muito de nível.
É magnífico tê-Lo por cá.

Meu Caro Pedro,
o Edwards é um caso perdido. Para além de muitas intervenções anteriores, a forma despudorada como usou a doença da Mulher para lançar esta camnpanha eleitoral e a maneira abjecta em que foi apanhado, num desenfiado quarto de hotel, nos braços da amásia, enquanto a pobre Senhora agonizava com o cancro, negando com pormenores o que depois veio a admitir, define o lamentável indivíduo que é.
Abraços

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