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Manifesto anti-taxista
Andar de táxi em Lisboa é muito inseguro e caro.
Ontem, ao chegar ao aeroporto, já de noite, deparei com um pirata que, após me mostrar metade da cidade, reagiu com insultos e ameaças ao meu desagrado. Só não concretizou as ameaças porque saí do veículo e, no exterior, sempre tenho um metro e oitenta. Mas imagino o que não teria feito a uma mulher sozinha, por exemplo, ou a um homem mais lingrinhas.
A cidade (e sobretudo a zona de chegadas do aeroporto) está entregue a taxistas que prestam um péssimo serviço, que ameaçam a segurança dos seus passageiros e, mesmo assim, gozam de apoios públicos, subsídios disto e daquilo, direito a choradinhos constantes na comunicação social. Eles constituem um poderoso lóbi, apesar de funcionarem como um autêntico cancro.
Não se compreende o preço dos táxis em Lisboa, que é superior ou igual ao de outros países onde os salários são bem mais elevados (sendo este um serviço, a parte salarial devia ser a decisiva na criação dos preços). Mas o que se passa no aeroporto é socialmente nocivo e tem certamente impacto muito negativo no turismo.
Claro que o ministro Pinho não anda de táxi e desconhece este maravilhoso aspecto do nosso turismo de altíssima qualidade, mas o taxista português é o primeiro português que qualquer turista vê. E as impressões não podem ser as melhores: o turista sabe que está a ser roubado, que se protestar será insultado de forma agressiva, e sobretudo terá dúvidas se conseguirá chegar à segurança do seu hotel para dormir descansado a primeira noite neste paraíso que viu na brochura.
Já fui esfolado por taxistas em muitas partes do mundo. Tenho algumas histórias para contar sobre este encantador meio de transporte. Mas acho que o aeroporto de Lisboa é tão perigoso como o de Dacar, no que respeita a tomar um táxi desconhecido.
Andei de táxi em sítios onde isso não era recomendável e encontrei taxistas honestos que não tinham dinheiro para comprar comida para os filhos. Em Bissau, numa ocasião, um mandinga de um metro e noventa protegeu-me de uma turba com o corpo dele e, em Quetta, um taxista pediu a um primo para andar connosco, armado, para me proteger.
Estou cansado de aventuras e, por uns tempos, limitarei o meu uso de táxis a situações laborais e só por cooperativa.
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