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Há muito que tenho um fraquinho pela Geórgia, por ser a outra Ibéria, aquela que os Gregos Antigos davam como esconderijo de Velo de Ouro, cuja posse permitiria a Jasão recuperar o domínio do seu Reino, familiarmente usurpado. Também para a Rússia de hoje essas paragens fornecem o meio de reaver algo perdido, o seu orgulho nacional. A Governadora Palin deu a primeira entrevista sobre política externa e disse que, caso o País em apreço venha a integrar a NATO, seria um dever jurídico dos EUA entrarem em guerra a seu lado, na eventualidade de ser agredido. Os títulos jornalísticos traduziram esta declaração formalista como uma defesa da Guerra contra os Russos. É assim que, por vezes, começam os conflitos, mas nem sempre os políticos estão isentos de culpas. Neste exemplo, os Norte-Americanos criaram o precedente descabido do Kosovo e é muito difícil defender uma coisa para essa região e a oposta para a Ossétia do Sul, salvo numa base dos nossos e dos deles, sabendo-se que em ambas as crises está do outro lado Moscovo. Por outro lado, não tem pés nem cabeça alargar o Tratado do Atlântico Norte ao Mar Negro, hostilizando uma fronteira mais do maior território estadual do Planeta.
Hoje faz anos que Alexandre I, em 1801, anexou definitivamente a terra Georgiana. Na altura fê-lo contra as genuínas elites locais, que protestaram diplomaticamente e encabeçaram uma resistência sem esperança mas com Honra. Hoje, a veleidade independentista da mesma Nação não tem no que se apoiar senão num presidente que é, para todos os efeitos, uma marioneta de Washington e não se sabe até quando poderá cavalgar o afrontamento dos dominadores dos últimos dois séculos. Na jovem pátria reconduzida à existência internacional há um consenso quanto à necessidade de restaurar a Monarquia, através do Chefe da Casa de Bagration, encabeçada pelo Príncipe David, na fotografia. A oposição queria-o já, o governo diz que o momento ainda não é o adequado. À vista das infelicidades que cumularam o relativamente pequeno Estado nos últimos tempos haveria a tentação de concordar com este segundo entendimento. Mas está por provar que estacionando em Tiblissi a Chefia Tradicional, independente das rivalidades das Potências, os sucedâneos dos czares se sentissem tão irritados como vendo berrar contra eles um espantalho do inimigo. Doutra forma ficarrá sempre condenado quem pouco pode e está, claramente, metido numa das divisórias de uma qualquer actualizante partição em esferas de influência.
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