Corta-fitas

Caro Pedro, não achas um bocadinho "abusivo" dizer que o jogo com a Dinamarca era completamente acessível? Quer dizer, a Dinamarca não é bem uma Alemanha ou Itália, mas também não é nenhuma Arménia ou Malta nem nós somos a França ou a Espanha.

Mas pronto. Com dois amigáveis e dois jogos oficiais consegues traçar, com toda a certeza, aquilo que é a nova geração Queiroz! Que se há-de fazer!

Helder, se um jogo em casa contra a Dinamarca não é acessível à quarta melhor equipa do mundo, então o melhor é jogarmos apenas contra Malta, Chipre e as Ilhas Faroé.

Helder, se um jogo em casa contra a Dinamarca não é acessível à quarta melhor equipa do mundo, então o melhor é jogarmos apenas contra Malta, Chipre e as Ilhas Faroé.

Não Pedro, não acho pouco,mas considero que uma derrota ao segundo não deve colocar nada em causa a não ser perceber o que se passou naqueles fatidicos 10 minutos.
Tenho dificuldade em discutor consigo a questão manuel José, porque sinceramente comparar o curriculo dele com o de Queirós é um exercicio algo virtual...
Se fosse pela sua linha de raciocínio Scolari deveria ter sido despedido no Euro 2004, pois perdeu o seu primeiro jogo oficial aos comandos da Selecção frente à Grécia e mostrou uma incompetência de bradar os céus quando não conseguiu ser campeão Europeu com as condições que nunca mais ninguém vai ter.
Isto de avliar os outros é do catano.
Neste momento é ele o treinador tem o meu apoio.Falha, pois claro que falha.Que sejam em menor número que os outros.No fim é que se fazem as contas.Se falhar tem um caminho,sair.Se conseguir a qualificação,Bora lá lutar pelo título.
Gostava de ter visto os seus post sobre a magnifica campanha que Scolari fez para o Euro 2008...

Pedro, quem o lê fica a pensar que este jogo foi o que decidiu que Portugal não se vai qualificar. Até pode ser que assim venha a suceder, mas neste momento ninguém o pode dizer.

Quanto a Scolari, estou com o Mialgia: nunca terei saudades dele. Também andou dois anos a ter resultados miseráveis antes do Euro2004 (parece que se esqueceram da goleada sofrida em casa contra a Finlândia), só que teve a sorte de serem todos eles de preparação. Também andou a experimentar o Rogério Matias, o Luís Loureiro e sei lá quem mais. Se tivesse tido de se qualificar tê-lo-ia conseguido? Talvez sim, talvez não. A verdade é que não o sabemos, tal como não sabemos em relação a Queirós.

Não foi Queirós quem falhou os golos de baliza aberta (Portugal também falhou uns quantos contra a Alemanha, num jogo em que Moutinho não entrou no fim do jogo mas o iniciou logo) nem quem escorregou perante o Bendtner no lance do segundo golo dinamarquês (o Quim deveria ter feito melhor, talvez). Mas qual a diferença com outro seleccionador? Seria outra a linha média? Com quem? Seria outra a defesa? Com quem? A entrada de um médio fez sentido no momento. Se fosse a entrada de um defesa os dinamarqueses iam pôr-se a disparar de longe por falta de médios para cobrir a zona. Poderia ter corrido bem, tal como a entrada do médio poderia ter corrido bem. O que não vejo é gente a criticar a substituição do Simão numa altura em que o Nani tinha desaparecido do jogo e em que o Simão, que não estando a jogar tão bem, até estava melhorzinho pura e simplesmente porque é mais experiente e luta mais.

Há sempre muito erro a criticar depois do jogo. O facto é que, nesta altura, temos de dar o desconto a Queirós. Só comecei a atacar Scolari às portas do Euro, já com quase dois anos de selecção. Não começarei a atacar agora Scolari, embora concorde com a crítica à sua incapacidade de ler um jogo (o famoso 3-6, de tão boa memória para mim, deveu-se tanto ao remover do defesa esquerdo, o que abriu uma auto-estrada na defesa do Sporting, como à exibição do João Pinto).

Esperemos para ver.

Em 15 anos Portugal não perdeu um jogo de qualificação em casa. Pelos vistos, a julgar pelas suas palavras o mérito foi dos treinadores, pelo que deduzo que nennhum deles deveria ter sido corrido.
Não conheço Queiroz o suficiente para o defender ou atacar, mas acho abusivo matar-se o homem à primeira - desculpando-se em paralelo uma série de maus resultados do antecessor. É o que se chama uma análise à jornalista, generalizadora e absolutista...