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O acordo de António Costa com as duas vereadoras do Movimento "Cidadãos por Lisboa" é um episódio a acompanhar de perto. Parece que Helena Roseta está "rendida" a Costa (é a imprensa que o diz) e que irá agora ficar responsável pelo Programa Local de Habitação. Sendo positivo para a capital que os vereadores da oposição tenham pelouros e assumam responsabilidades, parece notório que o "charme" político de António Costa pode ter consequências.
O PS já pôs o Bloco de Esquerda no bolso, com a aquisição para as hostes de Costa de José Sá Fernandes. Agora Roseta. Consta que a seguir a estratégia de sedução vai ser dirigida ao PCP. Em primeiro lugar, António Costa pode estar perigosamente perto de fazer uma aliança de esquerda na capital que será, a todos os títulos, uma montra do que pode fazer a nível nacional, caso Sócrates não atinja a maioria absoluta e não seja capaz de fazer entendimentos.
Em segundo lugar, o PSD vê fugir todas as chances que ainda tinha de sair vitorioso em Lisboa, uma autêntica alavanca para aspirar a um bom resultado no País. Com Costa a cativar a massa crítica de esquerda e o seu eleitorado, o PS fortalece-se e não deixa fragmentar os votos naquele campo. Do lado do PSD, pelo contrário, não há quaisquer perspectivas de entendimento com o movimento "Lisboa com Carmona". Com este cenário - e com um CDS que mais uma vez não tem estaleca para eleger sequer um vereador e que não representa valor acrescentado numa coligação - o homem ou mulher que aceitar ser candidato em Lisboa com as cores do PSD só tem uma saída: tornar-se numa espécie de mártir político.
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