Sim, eles podem
por Pedro Correia, em 08.09.08
Segundo noticiou Teresa de Sousa no Público de sexta-feira, durante a breve estada que a secretária de Estado norte-americano fez na véspera em Lisboa, "alguns jornalistas" que acorreram à residência oficial de São Bento, onde José Sócrates recebeu Condoleezza Rice, "apresentaram crachás pró-Obama com o slogan 'Yes, we can' estrategicamente escondidos debaixo das lapelas". Isto numa "atitude provocatória".
Acredito que a senhora Rice tenha ficado seriamente abalada com os desassombrados crachás destes jornalistas, alguns dos quais não hesitarão certamente em apresentar-se como faróis da deontologia profissional e modelos de isenção. Sim, eles podem. Como se vê.
ADENDA: Teresa de Sousa vem afinal garantir, noutra edição do Público, jamais ter escrito o que o jornal acabou por publicar, sabe-se lá como, porquê e para quê. Fica a rectificação, que reproduzo com gosto, com a devida vénia ao Américo de Sousa. Mal por mal, antes assim.
9 comentários
De Anónimo a 08.09.2008 às 15:20
Bem, em tempos houve até um jornal da nossa praça que declarou tomar partido sobre as eleições presidenciais nos EUA. Acho que já acabou.
De Anónimo Reciclado a 08.09.2008 às 15:26
Espera aí, se os tais crachás estiveram escondidos debaixo das lapelas, a tal atitude provocatória também ficou escondida...
De Nuno Nasoni a 08.09.2008 às 15:40
É bonita, essa forma desassombrada de mostrar à Sr.ª Rice em que país está.
De carlosbarbosaoli a 08.09.2008 às 15:49
Pedro:
Na secção "o Público errou", de hoje, vem o esclarecimento. Parece que foi uma piadinha de mau gosto, a que a Teresa de Sousa chama gralha involuntária.
Eu também fiquei enxofrado quando li ontem a notícia, mas confesso-te que ainda fiquei pior hoje quando me enviaram por mail a cópia de "O Público Errou".
Abraço
Na secção "o Público errou", de hoje, vem o esclarecimento. Parece que foi uma piadinha de mau gosto, a que a Teresa de Sousa chama gralha involuntária.
Eu também fiquei enxofrado quando li ontem a notícia, mas confesso-te que ainda fiquei pior hoje quando me enviaram por mail a cópia de "O Público Errou".
Abraço
De Ana Costa a 08.09.2008 às 18:31
Num dia publicam no outro desmentem,mas o que fica na ideia das pessoas que ouvem é a 1ªversão.Também não acreditava que tivessem esse comportamento,apesar de existir por aí muita gente sem sentido de Estado.
De Manuel Leão a 08.09.2008 às 18:34
É o que faz acreditar na Teresa de Sousa! Olhem, eu já não acredito há muito tempo.
É natural; terá ficado extasiada pela presença do seu "farol" Condoleezza e começou a ver coisas. Viu provocações e, quem sabe, terá temido algum atentado. Todavia, há pouco, alguém me garantiu que a causa é muito simples de explicar. Com a euforia da chegada de Rice, esqueceu-se de tomar os comprimidos. E um esquecimento qualquer tem.
Falta porém perceber uma coisa: - Quem escreveu aquilo que Teresa de Sousa não escreveu.
Ou melhor, falta alguém que, parafraseando Bocage, diga: Aquilo que esta Senhora escreveu, não foi ela que escreveu - fui eu!
E o burro, no meio disto tudo, quem é?
É natural; terá ficado extasiada pela presença do seu "farol" Condoleezza e começou a ver coisas. Viu provocações e, quem sabe, terá temido algum atentado. Todavia, há pouco, alguém me garantiu que a causa é muito simples de explicar. Com a euforia da chegada de Rice, esqueceu-se de tomar os comprimidos. E um esquecimento qualquer tem.
Falta porém perceber uma coisa: - Quem escreveu aquilo que Teresa de Sousa não escreveu.
Ou melhor, falta alguém que, parafraseando Bocage, diga: Aquilo que esta Senhora escreveu, não foi ela que escreveu - fui eu!
E o burro, no meio disto tudo, quem é?
De Antifascista de Gema a 08.09.2008 às 20:56
A D. Teresa, pelos vistos, acha que a atitude anti-profissional dos seus colegas é normal.
Proponho-a desde já para presidente da Comissão Deontológica do sindicato.
Terá, decerto, o mesmo empenho de quando era dirigente do PCP-ML.
Proponho-a desde já para presidente da Comissão Deontológica do sindicato.
Terá, decerto, o mesmo empenho de quando era dirigente do PCP-ML.
De Pedro Correia a 08.09.2008 às 22:23
Falta saber se aquilo aconteceu mesmo ou não, algo que a "rectificação" do Público não esclarece.
De Manuel Leão a 09.09.2008 às 00:14
Pedro Correia:
Agora, não percebi.
Se aquilo aconteceu?
Claro que aconteceu. Se ela escreveu (ou escreveram) e se ela depois negou, significa que ambas as coisas aconteceram. O que podemos questionar é quem as fez acontecer. O que eu não percebo, é se ela escreveu tudo até ao fim ou se alguém completou o que ela escreveu. Isto é, se houve abuso de confiança seguido de desmentido, mas sem desmascarar a situação ou se foi outra coisa qualquer. Uma coisa é certa, nunca vi nada como isto! Surreal...
Agora, não percebi.
Se aquilo aconteceu?
Claro que aconteceu. Se ela escreveu (ou escreveram) e se ela depois negou, significa que ambas as coisas aconteceram. O que podemos questionar é quem as fez acontecer. O que eu não percebo, é se ela escreveu tudo até ao fim ou se alguém completou o que ela escreveu. Isto é, se houve abuso de confiança seguido de desmentido, mas sem desmascarar a situação ou se foi outra coisa qualquer. Uma coisa é certa, nunca vi nada como isto! Surreal...
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