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O Rodrigo, essa conhecida toupeira

por João Villalobos, em 07.08.08

O Rodrigo, que vai dar aulas de comunicação aos PSDs na Universidade de Verão e por isso sabe bem como estas coisas se fazem, sentiu-se na necessidade de justificar as declarações de António Borges. Escreve ele: «Se numa comisão política todos tivessem a mesma visão de todos os problemas, a mesma opinião sobre todos os assuntos, não valia a pena existir comissão política». Como quem diz que pode alguém defender a privatização da Caixa e outro alguém o seu contrário, a bem do pluralismo democrático interno.

Pois eu acho que isso é conversa da treta. O tema em causa foi - como já escreveu aqui o nosso Pedro - um dos poucos sobre os quais Manuela Ferreira Leite tomou uma posição clara face a Pedro Passos Coelho, aquando da campanha das directas. 

Ou seja, a não privatização da CGD (com o que isso significou de separação de águas quanto à postura liberal do seu adversário) terá sido para muitos militantes uma das razões de fundo para darem o seu voto a MFL, a qual fez na altura uma declaração que definiu um posicionamento ao nível da política económica pretendida para o partido.

Vir defender a pluralidade de opiniões numa situação destas é só deitar poeira para os olhos. Ou então, ser também defensor da privatização da CGD. Vai-se a ver e o Rodrigo é um passoscoelhista infiltrado.

 

Actualização: A resposta do Rodrigo pode ser lida aqui. Para começar, queria dizer que se soubesse que o Miguel Abrantes tinha escrito um avacalhanço daqueles teria ficado calado. Não me apetece partilhar barricadas com essa inexplicável figura.

No entanto, acrescento que mantenho a minha opinião: Se MFL não fala, os restantes membros da sua Comissão Política são obviamente livres de o fazer. Mas se for para virem dizer o contrário daquilo que todos acreditam ser o pensamento da líder não me parece clarificador e, pelo contrário, só confunde. António Borges pode ter, pessoalmente, as ideias que entender. Mas era muito mais interessante sabermos quais são as ideias do Partido. É disso que a malta está à espera. Aliás, começa a ficar um bocadinho saturada de esperar. Mas faltam só mais uns dias de suspense, não é verdade?

 

Actualização 2: Só me faltava esta. Chamarem-me passoscoelhista e dizerem que advogo com ele um mundo melhor. Ou o João Gomes não lê o que escrevo ou o que eu escrevo não se percebe. Se for o segundo caso por favor digam que penduro já as havaianas.


8 comentários

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De O Anónimo a 07.08.2008 às 12:59

E a porra é que o tal de Borges é, ainda por cima, VICE-PRESIDENTE da coisa.
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De Fernanda Valente a 07.08.2008 às 13:28

Como se a privatização da CGD fosse assunto para uma conversa de café e pudesse ser discutida ao nível do patamar da opinião.
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De tric a 07.08.2008 às 14:01

"A CGD devia ser privatizada?

Não há razão nenhuma para que o maior banco português pertença ao Estado. Há, no entanto, problemas bem mais urgentes a tratar. O que é importante é que a Caixa tenha um comportamento exemplar. "-António Borges

toda a gente ficou a saber que António Borges é a favor da privatização da CGD o que vai "contra" a ideia de MFL, mas igualmente António Borges considera que existem problemas mais importantes que este, obviamente ter-se-à que concluir que o que une António Borges a Manuela Ferreira Leite são esses problemas mais importantes!!


esta polémica só tem razão de ser para a XUXARIA e PASSISTAS=CORREISTAS( Angelo)
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De Anónimo a 07.08.2008 às 16:12

A Doutora terá hibernado em pleno Verão?
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De rms a 07.08.2008 às 17:08

está com o neto...
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De Manuel Leão. a 07.08.2008 às 20:30

«Mas era muito mais interessante sabermos quais são as ideias do Partido».

Não será pedir demais numa altura destas?

Ainda por cima em plena silly season...
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De Pedro Correia a 07.08.2008 às 21:19

Ia pronunciar-me uma vez mais sobre o tema. Mas agora é que disseste tudo, João. Nada mais a acrescentar.
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De Fernanda Valente a 08.08.2008 às 00:58

«(...) O problema é que nos últimos anos, criou-se um estigma, nos aparelhos partidários, de falsos unanimismos. A cacicagem medieval, conduzida por algumas pessoas mal formadas e de pouca cultura, em alguns aparelhos partidários, fez com que a discussão política seja hoje encarada como crítica. Um cacique não sabe acolher uma crítica»

Unanimismo não sei, mas unanimidade é fundamental que exista dentro dos aparelhos partidários como a "imagem de marca do partido" a ser transmitida para o exterior. A «discussão política» deve ser feita dentro de portas e não na praça pública, sob pena de nos lembrar aquela célebre expressão de "tudo ao molhe e fé em Deus".
O que existe dentro do PSD é uma luta intestina entre vários grupos opositores com o claro objectivo do controlo do aparelho, e não divergências ideológicas ou programáticas capazes de suscitar sãos debates de ideias.

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