Desigualdade até no martírio

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Desigualdade até no martírio

por Teresa Ribeiro, em 12.07.08

Perdoem-me o cinismo, mas ao ler sobre a crescente utilização de mulheres em atentados suicidas, não pude deixar de reflectir sobre a discriminação que até estas mártires sofrem em relação aos seus ... chamemos-lhes “colegas” do sexo masculino. Enquanto a estes os líderes espirituais prometem um monte de virgens às ordens no paraíso, às mulheres, como é fácil de adivinhar, recomendam é que vão pela sombra. E no entanto cada vez é maior o número de interessadas.

Se tenho dificuldade em perceber esta aberração quando é protagonizada por mancebos tresloucados pelo clima de terror em que nascem e crescem, mais me custa entendê-las a elas. Algumas são mães de família. Quando se explodem, mesmo quando se explodem, essas tontas esperam tão pouco...

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7 comentários

De ze luis a 13.07.2008 às 21:49

É giro ver na Teresa uma atitude superior, quase diria de macho: "Ó rapariga, não te mates por isso! Faz outra coisa!".

Se as populações islâmicas martirizadas, como na Palestina, merecem este tipo de comiseração, então as mulheres que se fazem explodir não refletem, exacerbados, todos os problemas que sentem em casa?

Tudo vai da educação. E, já agora, da aliança que cada um tem com Deus. À prova de benefícios celestiais.

Ou a Teresa tem ciúmes de os martires masculinos terem prometidas virgens no Céu.

Francamente, esta conversa paternalista ocidental até enoja a falar dos pobres palestinianos a quem ninguém, verdadeiramente, deita a mão, só os pés.