Corta-fitas

tomei a liberdade de juntar o blog à minha Lista.

Abraço
Planetas

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Como não sei escrever, isto sou eu a assinar de cruz. Em cheio!

Engraçado, ainda hoje de manhã, ao ouvir os preliminares radiofónicos do debate parlamentar, vinha a pensar nessa mesmíssima coisa.

Já agora de que Nação estaremos a falar, a do Minho a Timor? a da selecção nacional de futebol? a do cabo da Roca à Polónia?

Hoje em dia falar em Nação pode ser muito falacioso... já o estado da mesma é consensual... decrépito!

Paulo Portas é o único que fala em Nação, isto deve querer dizer algo.

Nação é palavra de que não gosto porque nem a entendo. Que é? Que quer dizer? Que representa? Não estou a falar do ponto de vista semântico, mas do ponto de vista simbólico.

Note-se: os alemães nunca se sentiram à vontade para ser patrióticos e falar em "nações" ou termos semelhantes até ao Mundial de 2006. Nem sequer havia à vontade para desfraldar uma bandeira e colocá-la à janela. Os alemães. Aquele povo que lidera frequentemente vários indíces não-desportivos (embora estes também) europeus. Porquê? Porque não se orgulhavam do passado da "nação" alemã, que os conduziu a duas guerras. Curiosamente, foi no futebol que o orgulho ressurgiu.

Qual o problema de não haver orgulho em Portugal? Eu não tenho particular orgulho no país. Não tenho que o ter, só porque nele nasci. Sou, antes de mais, europeu. Depois sou sul-europeu e só depois sou português. O meu reduto de patriotismo é o desporto. Assim é para muitos portugueses. Arriscaria dizer todos. Que mal tem isto?