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O mar a perder de vista: está tão perto que parece sempre ao alcance da nossa mão. Uma piscina enorme, em varanda sobre o mar. O hotel espraiando-se como um anfiteatro em redor da piscina.
O jardineiro rega os canteiros de begónias com desvelo de mãe a cuidar de um recém-nascido. Passam três gatos, hóspedes permanentes do jardim, em busca de uma sombra.
Oito espreguiçadeiras ocupadas por alemães ociosos, em ressaca futebolística. Chegam-me palavras desgarradas: essen, trinken, schlafen.
Dois quilómetros para oriente, a cidade do Funchal, irradiando o esplendor de sempre. Abro um romance de Don DeLillo, com um belíssimo título: O Homem em Queda. Excelente romance - talvez o melhor que já se escreveu sobre o 11 de Setembro. Data limite, data seminal. Que libertou demónios antigos como o mundo e pôs "o nome de Deus a um tempo nas bocas dos assassinos e das vítimas", inaugurando um cortejo de vingança e devastação.
No momento em que o segundo avião colidiu contra a torre, que parecia tão forte e era afinal tão débil, "ficámos todos um bocadinho mais velhos e mais sensatos", diz uma personagem do romance.
Pouso o livro, olho de novo o mar - este incomparável oceano da Madeira. A vida é tecida por fios muito frágeis: há que aproveitar bem cada instante. A longa piscina está agora vazia, convida-me ao mergulho. Vou ao encontro dela.
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