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"Não é por acaso que Manuela Ferreira Leite precisou de reagir tão enfaticamente à hipótese de, após as eleições de 2009, se formar um governo de 'bloco central' entre os dois maiores partidos nacionais, o PS de José Sócrates e o seu próprio PSD. 'Alianças com o PS', perguntou ela, 'só se eu estivesse doida!'.
A resposta é enfática no estilo porque não o pode ser no conteúdo.
Em primeiro lugar, era preciso matar o assunto, por razões externas. Seria muito desagradável, a um ano das eleições, dar já como comprometido o partido que supostamente deve competir pelo governo. Ao PSD cabe desempenhar aquele papel, por pouco que acredite nele, sob pena de tornar as eleições ainda menos competitivas do que elas ameaçam ser.
E em segundo lugar, era preciso matar o assunto, por razões internas. Ninguém duvide de que, dentro do PSD, pouca gente se incomodaria com um governo de 'bloco central'. O PSD não é um partido de alternativa, é simplesmente um partido que acha que deve estar no governo. Se for sozinho, óptimo; se for acompanhado, menos mal. Se der muito trabalho, lá terá de ser; se não der trabalho nenhum, melhor ainda."
"Agora o conteúdo. Como já alguém notou, Manuela Ferreira Leite respondeu que nunca faria alianças com o PS - a não ser que estivesse louca -, mas o mais interessante é que a pergunta não era essa. 'Alianças com o PS' significa os dois partidos concorrerem juntos às eleições. Um governo de 'bloco central' significa os dois partidos governarem juntos após as eleições não tererm dado uma maioria absoluta, meia-dúzia de comentadores sisudos decretarem que esta é a coisa mais 'responsável' a fazer e o Presidente da República aparecer em público com um ar pesaroso."
Rui Tavares, no Público de hoje (última página)
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