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A crise de combustíveis que está a afectar Portugal já não é apenas uma crise de combustíveis. Para além da repercussão nos bens de consumo essenciais, aquilo a que estamos a assistir nas ruas e nas televisões é uma gravíssima crise de autoridade do Estado. A greve que não é greve deixou à vista várias deficiências e fraquezas do nosso Estado de Direito: as autoridades policiais não conseguem manter a ordem pública, o Governo não se dá ao respeito e a oposição pura e simplesmente não existe.
Estou convencido que a forma como José Sócrates está a gerir este dossier está a ser de tal modo desastrosa que só encontra paralelo com o bloqueio da ponte sobre o Tejo no tempo dos governos de Aníbal Cavaco Silva ou com a queda da ponte de Entre-Os-Rios na era António Guterres. Sócrates desconhece, à hora que escrevo estas linhas, os efeitos enormes que esta crise poderá ter no seu Governo. O pior é que não será o maior partido da oposição a lucrar com o desnorte de Sócrates. Manuela Ferreira Leite defende, no essencial, o mesmo que o Governo nesta matéria, pelo que não será daí que virá a solução escolhida pelos portugueses.
A continuar a asneira, no tom e no modo que têm sido evidentes, será a esquerda mais à esquerda a beneficiar com a queda livre de Sócrates. Bloco de Esquerda e PCP poderão ter resultados históricos em 2009, o que, com Sócrates sem maioria absoluta, deixa tudo nas mãos destes partidos. Ou de um partido charneira que Manuel Alegre possa vir a fundar. Ou nas mãos deste PSD, bem capaz de ir às suas entranhas buscar lata para fazer um novo Bloco Central. Portugal está perigoso.
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