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Trinta e quatro dias depois de realizada a eleição presidencial, e após terem sido assassinados e detidos muitos militantes da oposição a Robert Mugabe, veio agora a comissão eleitoral declarar o resultado do escrutínio. A oposição venceu – anunciaram. Se dissessem o contrário, o escândalo seria demasiado grande até num país onde o medo impera, como o Zimbabwe. Mas a vitória, alegam, é insuficiente – o que forçará uma segunda volta. Repito: isto aconteceu 34 dias após o acto eleitoral. Percebe-se desde já o fim do filme: com a população intimidada, com o próprio candidato da oposição – Morgan Tsvangirai – ausente do país por motivos de segurança após ter recebido inúmeras ameaças de morte, estão criadas as condições para que o ditador seja proclamado vitorioso e possa continuar a desgovernar o país, como se 28 anos não fossem já suficientes. Seria um escândalo em qualquer outra paragem. Mas aqui não: Robert Mugabe ainda é visto em largos sectores como um “herói da libertação”. Este paternalismo benévolo com que certas elites ocidentais, cheias de complexos de culpa pelo “colonialismo”, contribui para matar África, o único continente onde é generalizada a condescendência com os tiranos. Mugabe é um deles, por mais que haja quem resista a chamar-lhe assim.
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