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A esquerda portuguesa refém do PCP

por Pedro Correia, em 30.04.08

 

Um dos dados políticos mais relevantes do nosso tempo é o progressivo desaparecimento dos partidos comunistas – incluindo nos países da Europa Ocidental que durante décadas tiveram uma forte representatividade eleitoral vermelha. Em França, nas presidenciais ganhas por Sarkozy em 2007, a candidata comunista não conseguiu melhor que 1,5%. Nas legislativas de 9 de Março em Espanha, os comunistas só conseguiram eleger um deputado (com 3% nas urnas). Agora, em Itália, também os comunistas se afundam, caindo para metade da percentagem anterior: estão abaixo dos 3% a nível nacional, perdendo a representação parlamentar. Portugal é uma excepção a esta regra da Europa latina: aqui o PCP está cada vez mais duro e cada vez mais forte. É um sintoma evidente do nosso atraso. E um sinal claro de que José Sócrates, por meros desígnios eleitoralistas, continua a desguarnecer toda a ala esquerda. É bom que os militantes verdadeiramente de esquerda no PS percebam isto. Para que a esquerda portuguesa não se torne refém do PCP, o mais ortodoxo da Europa.


21 comentários

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De Pedro Correia a 02.05.2008 às 20:58

Caro Peter, em relação a tudo quanto disse estou de acordo com isto:
1. Houve, de facto, "degenrescência" do projecto comunista a Leste. Resta saber se esse vírus não estava já inscrito na matriz genética do próprio projecto.
2. O aumento das expectativas de voto no PCP é um sinal evidente de que as condições de vida estão a piorar. "A contrario sensu", não custa perceber o motivo por que veria com bons olhos a diminuição do peso político do PCP.
3. O embargo a Cuba é um gravíssimo erro político que só a miopia dos dirigentes em Washington (incluindo eu aqui os senadores e congressistas do Partido Democrático) não consegue ver.
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De Anónimo a 04.05.2008 às 02:40

Só uma pergunta então senhor Peter, se o Dr. Álvaro Cunhal chegasse ao poder não seríamos uma Cuba ou uma URSS? Não estou a afirmar estou mesmo a questionar. Sou um rapaz novo, nascido depois do 25 Abril.
O que acha de Cuba?Acha que os 3 mais (Justiça, Saúde e Educação) batem os 3 menos (pequeno almoço, almoço e jantar)?
Sendo o senhor orgulhosamente comunista é da ala dos renovadores ou do núcleo duro (dos que acham que o mundo não mudou)?
Cumprimentos de esquerda não comunista
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De Peter a 06.05.2008 às 17:00

Caro anónimo para quem se diz de esquerda estás com muitas ideias pré-concebidas formuladas pela direita. Um Portugal comunista nunca seria como a URSS nem como Cuba por uma razão simples, nós somos portugueses, a nossa cultura, maneira de ser e de estar é portuguesa.Estar a comparar um Portugal comunista com esses países era a mesmo coisa que comparar no sistema oposto Portugal com a Finlândia.Achas que temos o nível da Finlândia?Esses é que são capitalistas como devem de ser e não são estes retrógados como os nossos.Quanto ao pequeno almoço,almoço e jantar evidente que haveria para todos, claro que o McDonalds a Pizza Hut e outros franchisings estrangeiros seriam substítuidos por ementas exclusivamente nacionais com produtos nacionais.Mas ainda bem que tocas nesse aspecto porque para quem se diz de esquerda andas um bocado desactualizado.È que em Portugal há muita gente ainda que lhe falta o pequeno-almoço, almoço e o Jantar.Se fores uma pessoa atenta á realidade e não estiveres a viver em clausura faz isto que eu te digo.Vai ás traseiras de qualquer grande hipermercado ver os seus empregados despejarem no lixo os alimentos que já estão estragados e depois bandos de pobres a abrirem os caixotes do lixo e a comerem os restos desses alimentos que já não estão sequer em condições para o consumo ok.Sobre a URSS já em comentários anteriores falei sobre ela, lê por favor.Em relação a Cuba acho que é um país heróico, é que sobreviver a 43 anos de bloqueio por parte dos Estados Unidos é obra, evidente que isso contribui para aspectos menos positivos mas lá se vão aguentando.Portugal numa situação dessas nem 1 ano aguentava tal é a fragilidade e a dependência que nós temos do exterior. Quanto aos renovadores são pessoas que já não são comunistas sequer, mas querem tomar o poder no PCP, para fazer o frete ao PS como outras organizações ditas de esquerda.Mas díficilmente isso acontecerá, mas se algum dia acontecer entrego o meu cartãozinho e deixo de pagar as cotas.Mas não te preocupes com os renovadores porque já não deve faltar muito para alguns deles começarem a ter cargos e protagonismo no PS,PSD e BE.Assim como o Mário Lino, o Pina Moura a Zita Seabra e o Miguel Portas.Já estamos mais que vacinados para situações dessas.
Para finalizar eu também sou jovem e nasci depois do 25 de Abril. E ainda bem.
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De Peter a 06.05.2008 às 20:59

Quanto á questão que o mundo mudou é verdade ele mudou mesmo mas para muito pior.

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