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Corre por aí a ideia de que Montenegro não tem condições para ser primeiro-ministro.
Parece que a esquerda inventou uns critérios quaisquer para contrariar o que diz o nosso sistema democrático: quem tem condições para ser primeiro-ministro é quem tem apoio parlamentar para isso, resultante de eleições gerais em que cada pessoa vale um voto (com as entorses que referi um dia destes, mas o princípio geral é este).
Um criminoso que tenha assassinado a mãe assando-a em fogo lento durante horas, tem condições para ser primeiro-ministro, desde que tenha apoio parlamentar, visto que nada impede um criminoso de exercer cargos que resultam de eleições (se deve ganhar as eleições com esse cadastro, cabe aos eleitores decidir, e mesmo que tenha uma maioria absoluta isso não o iliba de responder na justiça pelo crime).
Dizer que "Luís Montenegro colocou-se numa posição eticamente indecorosa, para a qual arrastou o PSD, Governo e o conjunto do regime" é defender posições anti-democráticas que pretendem limitar o exercício de direitos políticos com base em critérios que ninguém sabe quais são (como se define o que é uma posição eticamente indecorosa? Quem arbitra as diferenças de opinião sobre o que é uma posição eticamente indecorosa?).
Para se ser primeiro ministro não é preciso ser eticamente inatacável, ter bom gosto, boas maneiras, ser bom rapaz, inteligente, bondoso, sensato, etc., etc., etc., basta ganhar as eleições, esse é o princípio geral.
Cabe a cada um dos eleitores o juízo sobre se os candidatos têm ou não condições para o exercício do cargo, votando, ou não votando, nos candidatos que existem.
Tudo o resto é o habitual esquema da esquerda que acha que é a dona da bola e que só há jogo se a deixarem jogar a avançada, que é como quem diz, só há escolha dentro dos limites impostos pela esquerda e pelas suas opções.
Suspeito que, em Portugal, mas no resto do mundo também, há muita esquerda que acredita na história da carochinha da maioria sociológica de esquerda e ainda não percebeu que se quer ganhar as eleições só tem de convencer a maioria dos eleitores de que é a melhor solução para governar o país nos quatro anos seguintes.
Andar a dizer que os outros não têm condições para o cargo com base nas suas próprias opiniões, parece-me completamente inútil, cada um de nós tem a estúpida mania de votar de acordo com as opiniões que tem, e não com base nas opiniões que os outros acham que estão certas.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, Jesus manifestou-Se outra vez aos seus discípulos, junto do mar de Tiberíades. Manifestou-Se deste modo: Estavam juntos Simão Pedro e Tomé, chamado Dídimo, Natanael, que era de Caná da Galileia, os filhos de Zebedeu e mais dois discípulos de Jesus. Disse-lhes Simão Pedro: «Vou pescar». Eles responderam-lhe: «Nós vamos contigo». Saíram de casa e subiram para o barco, mas naquela noite não apanharam nada. Ao romper da manhã, Jesus apresentou-Se na margem, mas os discípulos não sabiam que era Ele. Disse-lhes Jesus: «Rapazes, tendes alguma coisa de comer?». Eles responderam: «Não». Disse-lhes Jesus: «Lançai a rede para a direita do barco e encontrareis». Eles lançaram a rede e já mal a podiam arrastar por causa da abundância de peixes. O discípulo predileto de Jesus disse a Pedro: «É o Senhor». Simão Pedro, quando ouviu dizer que era o Senhor, vestiu a túnica que tinha tirado e lançou-se ao mar. Os outros discípulos, que estavam apenas a uns duzentos côvados da margem, vieram no barco, puxando a rede com os peixes. Quando saltaram em terra, viram brasas acesas com peixe em cima, e pão. Disse-lhes Jesus: «Trazei alguns dos peixes que apanhastes agora». Simão Pedro subiu ao barco e puxou a rede para terra, cheia de cento e cinquenta e três grandes peixes; e, apesar de serem tantos, não se rompeu a rede. Disse-lhes Jesus: «Vinde comer». Nenhum dos discípulos se atrevia a perguntar-Lhe: «Quem és Tu?», porque bem sabiam que era o Senhor. Jesus aproximou-Se, tomou o pão e deu-lho, fazendo o mesmo com os peixes. Esta foi a terceira vez que Jesus Se manifestou aos seus discípulos, depois de ter ressuscitado dos mortos. Depois de comerem, Jesus perguntou a Simão Pedro: «Simão, filho de João, tu amas-Me mais do que estes?». Ele respondeu-Lhe: «Sim, Senhor, Tu sabes que Te amo». Disse-lhe Jesus: «Apascenta os meus cordeiros». Voltou a perguntar-lhe segunda vez: «Simão, filho de João, tu amas-Me?». Ele respondeu-Lhe: «Sim, Senhor, Tu sabes que Te amo». Disse-lhe Jesus: «Apascenta as minhas ovelhas». Perguntou-lhe pela terceira vez: «Simão, filho de João, tu amas-Me?». Pedro entristeceu-se por Jesus lhe ter perguntado pela terceira vez se O amava e respondeu-Lhe: «Senhor, Tu sabes tudo, bem sabes que Te amo». Disse-lhe Jesus: «Apascenta as minhas ovelhas. Em verdade, em verdade te digo: Quando eras mais novo, tu mesmo te cingias e andavas por onde querias; mas quando fores mais velho, estenderás a mão e outro te cingirá e te levará para onde não queres». Jesus disse isto para indicar o género de morte com que Pedro havia de dar glória a Deus. Dito isto, acrescentou: «Segue-Me».
Palavra da salvação.
Acabo de ver, ouvir e ler - o insaciável Trump, ele próprio, trouxe às famigeradas redes sociais uma imagem sua com as vestes papais e um sinal de benção aos povos que, na sua demência, achará sob a sua alçada. Do seu mau gosto, poderá pensar-se nunca iria tão longe. Mas foi. No entanto essa uma questão de somenos.
Tenho por hábito não colocar aqui fotografias que não sejam da minha autoria. E muito gostava que esta fosse, mesmo sabendo jamais lhe daria publicidade. Porque importa cortar cerce estas heresias e, acima do mais, reflectir sobre o seu significado.
Trump anunciou acabar com a guerra na Ucrânia em 24 horas. Anunciou o esplendor económico nos EUA. Anunciou outras tantas loucuras e mentiras. Vêm de lá, da América, notícias da contestação de que já é alvo. Donde a questão a latere: qual a saúde da paz social, actual e futura, naquele portentado?
Enquanto isso, a percepção da sua megalomania, agora transportada para o nosso continente, para a base territorial e cultural da nossa civilização. Fossemos com os islamitas, umas quantas mais torres novaiorquinas cairíam em ataques suicídas.
Trump desenha-se já com a veste da realidade religiosa-cultural de maior peso. Feito um Napoleão de cacaracá. E sendo nós o que somos - humanisticamente condescendentes - ainda assim não podemos tolerar o intolerável. Ou seja, o mau gosto e desrespeito de um imbecil, emulando-se através de uma caricatura do chefe espiritual que agrupa o mais numeroso e histórico credo mundial. Trump foi - vai, continua a ir - além do admissível. Deus perdoar-lhe-á. Nós, ao menos, não podemos deixar passar em claro. Trump é um ordinário, personagem reles.
Mais: Trump não tem sentido de humor, que pressupõe educação. A sua iniciativa traduz o seu pensar, o de um senhor do mundo apostolado pelo seu poderio bélico. Esta brincadeira - será brincadeira? - impõe que retorcamos. A Igreja Católica, espalhada por todo o planeta, não pode ser objecto de tais dislates. Os seus membros hão de repudiar o mortífero novo-riquismo deste anormal assassino. Mesmo no campo da diplomacia - no vector jurídico - sequer respeita a Chefia de um Estado soberano, como é o Vaticano. Ergamos a voz: Trump, porta fora!
Dois indivíduos fazem um contrato entre eles, de prestação de serviços, em 2021 ou 2022.
Quem compra é um empresário que está a usar o seu dinheiro da melhor forma que entende, quem vende é um político na mó de baixo, que vai fazendo pela vida quando a política lhe é madrasta.
Em 2020, o político na mó de baixo candidata-se a presidente do seu partido, e perde, ou seja, continua na mó de baixo.
Em 2022 outro partido tem uma maioria absoluta que em princípio lhe garante a ocupação do poder até 2026 e, na sequência dessa maioria absoluta o político na mó de baixo ganha o seu partido, que continua na mó de baixo, visto que o seu principal adversário partidário tem uma maioria absoluta que lhe garante a ocupação do poder por quatro anos.
O político na mó de baixo em termos nacionais, mas agora na mó de cima do seu partido, resolve afastar-se da actividade empresarial, que entrega à família, razão pela qual a actividade empresarial afunila num sector específico, o da protecção de dados, perdendo todos os clientes relacionados com actividades consultoria empresarial.
Aparentemente, a julgar pela generalidade da imprensa, a esquerda e os comentadores de direita que só dizem coisas de esquerda, este afastamento empresarial foi só uma fachada para disfarçar a continuação da actividade empresarial e o favorecimento dos empresários que, em 2021 e 2022 lhe contrataram consultorias e que se afastaram quando o político passou da mó de baixo para a situação dúbia de estar na mó de cima partidária e na mó de baixo nacional, onde outro partido ia ocupar o poder quatro anos, por ter uma maioria absoluta.
Como é evidente, estamos em presença de gente muito matreira, que contrata serviços a políticos na mó de baixo em 2021 e 2022, à espera que o dito político ganhe as eleições de 2026 e vá a correr adjudicar-lhes refeições e serviços de informática.
Quem costumava ter esta lógica da velha fábula de Esopo eram apenas os partidos de protesto e, dada dificuldade de assentar a lógica de acção política na imoralidade, quando as coisas não são sentidas como estando muito más, tinham votações marginais.
"- O que é que desejo? Mas é evidente, meu malcriado! Não vês que ao beber me turvas a água? Nunca ninguém te ensinou a respeitar os mais velhos?
- Mas... senhor? Como pode dizer isso? Olhe como bebo com a ponta da língua... Além disso, com sua licença, eu estou mais abaixo e o senhor mais acima. A água passa primeiro por si e só depois por mim. Não é possível que esteja a incomodá-lo! - respondeu o cordeirinho com voz trémula.
- Histórias! Com a tua idade já me queres ensinar para que lado corre a água?
- Não, não é isso... só queria que reparasse.
- Qual reparar nem meio reparar! Olha que não me enganas! Pensas que te escapas, como no ano passado, quando andavas por aí a dizer mal da minha família? "Os lobos são assim... os lobos são assado..." Tiveste muita sorte por eu nunca te ter encontrado, senão já te tinha mostrado como são os lobos!
- Não sei quem lhe terá contado tal coisa, senhor, mas olhe que é falso, acredite. A prova é que no ano passado eu ainda não tinha nascido.
- Pois se não foste tu, foi o teu pai! - rosnou o lobo, saltando em cima do pobre inocente".
Com o PS a promover permanentemente o Chega, tendo como consequência não esperada a diminuição global da esquerda, o PS entrou em desespero, e resolveu adoptar a lógica Chega de acção política, arrastando consigo a imprensa (admitindo que a esquerda e a imrpensa se distinguem, o que não é claro).
O resultado é esta coisa inacreditável de ver toda a imprensa a olhar para a facturação de empresas resultante de concursos públicos, como se fosse crível que o resultado desses concursos resultassem de adjudicações de serviços menores em 2021 e 2022.
O Chega já ganhou as eleições, seja qual for o seu resultado, ao ter conseguido dar respeitabilidade à calúnia e difamação como instrumentos de acção política, com a ajuda de uma imprensa cada vez mais enredada nas suas próprias especulações.
Em 2015, em plena campanha eleitoral, António Costa convida uma jornalista do Expresso (Ângela Silva, se não me engano[pelos vistos, de acordo com um comentário a este post, a jornalista terá sido Luísa Meireles]) para ir com ele num percurso da caravana da campanha e, nessas circunstâncias, diz-lhe que se perder as eleições, votará contra um governo minoritário de Passos Coelho, confiando que vai conseguir acordos para uma alternativa à esquerda.
No entanto, embora lhe esteja a dar esta informação, é muito claro a dizer que se a jornalista disser que a fonte da informação é António Costa, ele desmentirá.
O resultado foi esta capa do Expresso, pouco tempo antes das eleições.
A manchete tem tudo o que interessa a Costa (fazendo acordos com a esquerda, posso fazer governo mesmo que perca) e não tem a única coisa que tem interesse para o público: quem garante que assim será?
Ao fazer isto, a jornalista está a assumir que a garantia é dada pela jornalista, que tem uma fonte à prova de bala, mas, para a decisão do eleitor, não é indiferente a garantia da jornalista (que não vale nada) ou a garantia de Costa (que é um compromisso político).
O que me leva a discordar de muitos jornalistas é a leitura disto: para mim, tal como foi publicada, esta página do Expresso é propaganda, enquanto para a maioria dos jornalistas é bom jornalismo assente em fontes à prova de bala. Para ser jornalismo, para mim, a fonte tem de ser identificada para se saber se se trata de uma coisa qualquer que alguém acha interessante, ou um compromisso político.
A demonstração de que só com a revelação da fonte a manchete é relevante para o leitor, é que essa é a única coisa que António Costa não quer ver publicada.
Lembrei-me disto a propósito da discussão em curso sobre quem disse quem eram os clientes da spinumviva.
Ao contrário do que tenho visto ser defendido por toda a esquerda e pelos comentadores de direita que só dizem coisas de esquerda, saber quem quis ver publicada essa informação, neste momento, é a única coisa relevante.
Não vale a pena virem com conversas para boi dormir, todos nós sabemos que se a imprensa quisesse publicar quem eram os clientes de Montenegro, há muito tempo que o teria feito, se há coisa que não é complicado é identificar clientes de uma empresa (estão identificados agora, e daí?), quando alguém quer mesmo saber quem são, o que está em causa não é o nome dos clientes de Montenegro, mas manter no ar uma bola que não se quer deixar cair.
A cultura instalada está tão entranhada que ouvi Helena Matos, uma das pessoas que andam no espaço público com mais bom senso e pés na terra, a dizer que lhe parece óbvio que Montenegro já deveria ter violado os seus deveres para com os clientes, divulgando-os, há muito mais tempo (é tão óbvio, que mais nenhum político o fez, e se o novo entendimento da Autoridade da Transparência se consolidar, é um instante enquanto a lei é alterada porque, com a interpretação feita, o exercício da actividade política pressupõe uma devassa completamente inaceitável, na ausência de qualquer suspeita sobre coisa nenhuma).
Ricardo Costa, que não viu nenhum conflito de interesses não só em manter-se nos cargos de informação que tinha quando o irmão era primeiro-ministro e que, mais que isso, chegou a comentar o caso Influencer como se uma das pessoas envolvidas não fosse seu irmão, também acha óbvio que qualquer político tem de fechar as empresas que detiver, se as tiver fundado e feito crescer com base no seu trabalho, mesmo que entretanto elas tenham autonomia para sobreviver sem ele.
O que estas histórias demonstram é que o jornalismo político, tendo abandonado o princípio de que informação política sem identificação da fonte é propaganda, não é jornalismo, é hoje muito mais político que jornalismo.
O voto tem três efeitos, no nosso sistema eleitoral.
Tem o efeito primário de eleger deputados.
Tem o efeito secundário de influenciar o orçamento dos partidos.
Tem um efeito de comunicação difícil de caracterizar.
Numa conversa sobre estes efeitos, a partir de perguntas feitas por quem tinha de votar na emigração, acabei por usar os números para explicar o primeiro efeito.
O Chega elegeu dois deputados nos círculos da emigração, há um ano, ganhou na Europa com quase 43 mil votos, o PS elegeu o segundo com 38 mil, a AD não elegeu com 33 mil e a IL teve 5 mil, ficou em segundo fora da Europa, tendo a AD elegido com 22 mil votos e o Chega com 18 mil, o PS não elegeu com 14 mil e a IL teve 1900 votos, atrás dos dois e trezentos votos do PAN. Boa sorte para 2025.
Aplicando este exemplo a todo o país, diria que quem está sobretudo preocupado com a composição da Assembleia da República, isto é, com o efeito de eleição de deputados associado ao voto e, ao mesmo tempo, acha que um governo ADIL é francamente preferível a qualquer governo que tenha como base o PS (não é preciso que se ache que um governo ADIL vai ser o paraíso na terra, basta que se considere que um governo ADIL é um bocadinho melhor que um governo de base PS), é mais ou menos indiferente votar AD ou IL em Lisboa, Porto, Braga, Aveiro, Setúbal e, talvez, Coimbra, visto que quer o PSD quer a IL podem eleger deputados nesses círculos. Em todos os outros círculos eleitorais, votar IL é favorecer um governo de base PS, porque é diminuir as probabilidades de eleger deputados da AD, aumentando as probabilidades de eleger deputados do PS ou do Chega (os dois partidos cujo crescimento garante um governo de base PS).
Já para quem acha prioritário comunicar as suas opções políticas de fundo, achando que um governo ADIL ou de base PS não altera grande coisa, faz sentido votar em qualquer partido que se pretenda fazer crescer no futuro, porque todos os votos contam para a definição das subvenções estatais aos partidos.
No caso do PSD e do PS, estamos a falar de valores como seis milhões de euros anuais, mas mesmo partidos como o ADN, sem representação parlamentar e sem interesse nenhum e com uma votação extraordinária de 100 mil votos, recebem qualquer coisa como 340 mil euros anuais (entre 3 e 4 euros valerá cada voto, uma boa razão para, nem por brincadeira, votar em partidos absurdos).
Fazei as vossas opções em função do círculo eleitoral em que votam porque se é verdade que formalmente a uma pessoa corresponde um voto, com o actual sistema eleitoral, os votos não são todos iguais, nalguns sítios têm os três efeitos que lhes são inerentes (eleger deputados, financiar partidos e dizer ao mundo o que se pretende), só que, na prática, nalguns sítios o efeito primário, eleger deputados, está fortemente condicionado.
Não, este post não é a defesa do voto útil, até porque o voto é útil para quem o recebe, a quem o dá aplica-se o velho slogan da esquerda anti-parlamentar: se o voto é a arma do povo, quando votas ficas desarmado.
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Eu acho que podiamos começar a resolver o problema...
Muito bem o Henrique a pôr as coisas no seu devido...
Obrigado por mais um texto esclarecedor do que se ...
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