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Gente a viver e a invejar os «apoios do Estado»

por José Mendonça da Cruz, em 05.01.23

... e temos ainda, agora, uma secretária de Estado socialista, nomeada há umas horas, que tem arrestadas contas conjuntas com o marido, socialista, que foi presidente de Câmara, e tinha depósitos avultados e inexplicáveis.

Em obediência ao hábito socialista, a senhora nunca deu por nada. Em obediência ao hábito socialista, o PS e António Costa também não. Já antes tivemos um primeiro-ministro corrupto, e o actual primeiro-ministro, seu ministro ao tempo, nunca deu por nada, como não deram por nada os ministros do corrupto que são ministros agora.

Investimentos ruinosos, dinheiros misteriosamente distribuídos, indemnizações alucinadas, locupletamentos diversos, gestão incompetente ou alheada, pouco mérito, pouco trabalho, e muito dinheiro a voar para os bolsos de conhecidos, confrades e amigos: é isto preocupante? Sim, é. Mas não tão preocupante como a ideia de que esta gente saída de debaixo das pedras, ou seja, da juventude socialista; que esta gente que subiu sem trabalho, nem mérito, nem ética, mas embriegada de inveja, avidez e desejo de importância; que esta gente que, em boa verdade, sempre viveu de «apoios do Estado», muitas vezes inconfessáveis -- que esta gente seja, afinal, a única e legítima representante do povo português, e que uma maioria absoluta desse povo se reconheça na inveja, na preguiça, na indolência e... nesses «apoios do Estado». 

Bruxaria

por henrique pereira dos santos, em 04.01.23

"O peso da Covid diminui substancialmente em 2022 em comparação com o ano anterior, mas aproxima-se do contabilizado no primeiro ano da pandemia. ... Como se explica que numa altura em que uma parte da população está duplamente protegida contra a covid19 - através da vacinação e da infecção - ainda tenham ocorrido perto de sete mil mortes pela nova doença?", pergunta Alexandra Campos no Público.

Para mim, há duas explicações simples: 1) a protecção contra a doença não funciona; 2) a protecção funciona e as pessoas morrem por outras razões, atribuindo-se à covid19 efeitos que ela realmente só tem marginalmente, isto é, as pessoas morrem porque estão velhas e fragilizadas, são registadas como mortes covid19 porque continuamos a fazer testes sem grande sentido.

A primeira hipótese é pouco provável, a segunda hipótese é bastante consistente com a caracterização das pessoas a quem se atribui morte com covid19 e bastante coerente com os dados da mortalidade excessiva (excessiva no sentido de que é maior que a linha base dos anos anteriores, como seria de esperar numa população cada vez mais envelhecida e com uma crescente degradação dos instrumentos de apoio social, como sejam os sistemas de saúde e, mais ainda, a precariedade da situação social na velhice).

Carlos Antunes, pelo contrário, prefere respostas complicadas.

"É a demonstração de que há um equilíbrio entre as medidas não farmacológicas de combate à pandemia [sem vacinas, em 2020 sucederam-se os confinamentos e as medidas restritivas] e as farmacológicas ... em 2020 não tínhamos vacinas e, portanto, tivemos de contrariar e conter a pandemia através de medidas não farmacológicas. Em 2021 abdicámos a 50% das medidas não farmacológicas já com uma mistura de vacinação. Cometemos um grande erro em Janeiro ... Foram quatro mil óbitos a mais, nas regiões Centro e de Lisboa e Vale do Tejo, por erros de decisão política. Em 2022, já não temos medidas farmacológicas, mas temos protecção, quer por vacinação, quer por infecção, que é suficiente para conter a gravidade da doença, mas não impede a ocorrência de óbitos, em especial das pessoas mais vulneráveis".

Bastaria notar o absurdo desta frase "é suficiente para conter a gravidade da doença, mas não impede a ocorrência de óbitos" para se ficar de pé atrás com esta conversa de especialista.

Mas, mesmo que o absurdo de se conter a gravidade da doença, não evitando a morte, passasse despercebido, bastaria ler as notícias do que se passa na China, hoje - a tal ditadura que, com mão de ferro, mostrou ao mundo, em 2019, como se controlava uma epidemia, se bem se lembram - para não atribuir qualquer credibilidade a esta conversa de treta sobre o efeito das medidas não farmacológicas, até hoje, uns três anos depois do aparecimento da doença, com uma quantidade de dados estratosférica, em todo o mundo, sem que se tenha conseguido produzir um artigo científico que faça qualquer demonstração inequívoca da sua eficácia.

Alexandra Campos, que tem com certeza acesso aos relatórios sobre mortalidade do país, incluindo os que tratam da mortalidade covid em Janeiro de 2021, que demonstram a hipótese de ligação entre a mortalidade desse mês e de Fevereiro que explicam a anomalia de 2021 às condições meteorológicas dessa época, prefere, ainda assim, falar com Carlos Antunes sobre histórias da carochinha em que supostos erros administrativos, iguais em todo o país, resultam em anomalias regionais que ele próprio considera relevantes.

Esqueçam Costa, Medina, Pedro Nuno Santos ou Galamba, esses são meros resultados efémeros do problema central: nós, enquanto sociedade, gostamos mesmo de histórias da carochinha que justificam as nossas opções e nos permitem atribuir os maus resultados que delas advêm a forças cujo controlo nos escapa.

E isso faz com que façamos os mesmos erros, dia após dia, sem nunca aprender com eles.

Isto e aquilo

por José Mendonça da Cruz, em 02.01.23

É isto, habituem-se.

Os eleitores de Lisboa decidiram que aquilo não lhes servia para presidente da Câmara, e logo os eleitores todos levaram com aquilo a ministro das Finanças.

Os eleitores do Porto decidiram que aquilo não estava à altura de um presidente da Câmara, e logo os eleitores todos levaram com aquilo a ministro da Saúde.

Porque não haveríamos de ter tido aquilo a ministro das Infraestruturas e da Habitação? E porque não havemos de ter isto a ministro das Infratestruturas e aquilo a ministro da Habitação? Pois se temos isto a primeiro-ministro!

Com votos de um Bom Ano Novo

por João-Afonso Machado, em 02.01.23

Evidentemente, escasseava pachorra para ouvir por inteiro a epístola de Marcelo aos portugueses neste início de ano. Mas os bocados que apanhai depois, já recessos, ainda assim gaurdavam bastante bom sabor. Sem aqueles maçadores preparados gourmet.

Marcelo limitou-se a dizer ao socialistas que os maiores inimigos deles são eles próprios e a sua incontrolável atracção pela trafulhice. Os casos têm-se sucedido e a maioria absoluta PS não lhes vale total imunidade. A Oposição fez destes avisos o uso que bem quis, para os lados que mais lhe interessava, e Costa houve que esboçar um sorriso amarelo e tartamudear umas palavras que não podiam ser de afronta.

Esta consciência de uma certa inclinação auto-destruidora talvez não andasse na cabeça dos mais desanimados. Mas, na realidade, deixando os casos que envolvem dinheiros e secretários de Estado, ministros como Cabrita e Pedro Nuno Santos não há quimioterapia que os erradique. Atrás deles outros virão até ao ansiado desfecho final.

Assim depois os substituam gente de coragem e mérito. É o que se deseja, como é usual dizer nesta época, meus amigos, - Um Bom Ano!

Do racismo

por henrique pereira dos santos, em 02.01.23

Li um artigo de Kitty Furtado (Ana Cristina Pereira), louvando o livro de Álvaro Vasconcelos de que falei num post anterior, essencialmente por traduzir bem o que pensa Kitty Furtado, a ideia de reparar o presente, através da memória.

Por isso cita, de Álvaro Vasconcelos: "A narrativa do colonialismo pacífico é um dos mitos nacionais. É evidente que nem todos os colonos tratavam os seus empregados negros da mesma maneira, é claro que alguns tratavam os negros como seres humanos, condenavam o racismo e a violência; alguns ainda, mesmo que poucos, abraçavam a causa da sua libertação. Mas tal não impedia que todos os colonos beneficiassem do colonialismo".

Não vou discutir o parágrafo acima (que o merecia, com base em dados empíricos e em factos documentados ou documentáveis), mas apenas fazer notar o truque de retórica que consiste em identificar colonos e não colonos com base na cor da pele.

Para Álvaro Vaconcelos, Kitty Furtado e mais uma data de racistas que se indentificam como anti-racistas, um branco é um colono (mesmo que há três ou quatro gerações que a sua família viva naquele sítio) e todos os brancos são intrinsecamente responsáveis pelo colonialismo, consequentemente, diz Kitty Furtado, é preciso "reparar o presente, através da memória" (o título do artigo em causa).

Em concreto, em Portugal, o que é o presente para Kitty Furtado?

É uma investigadora universitária, doutorada e com acesso ao espaço público de debate, inegavelmente pertencendo às classes dominantes, com um estauto social e económico muito acima de qualquer operário do vale do Ave, qualquer trabalhador das estufas de Odemira, qualquer pescador de Rabo de Peixe, qualquer agricultor de Alcaravelas.

O facto de ser mulher e mulata - e longe de mim pretender que essas duas características não possam ter pesado negativamente na sua vida profissional e social - não a impede de ter um presente que parece muito longe de precisar de ser reparado pelos brancos herdeiros do colonialismo.

Aceito perfeitamente que Kitty Furtado seja apenas mais uma da longa lista de pessoas excepcionais que conseguiram, pelo seu esforço, aproveitar as oportunidades que foram tendo na vida para prevalecer apesar das circunstâncias adversas, como aliás fizeram, há uns setenta anos atrás, Amilcar Cabral, Agostinho Neto, Mário de Andrade, Eduardo Mondlane e mais alguns (os três primeiros, inclusivamente, com apoio nos estudos por parte do regime colonial, abalando um bocado a treta de Álvaro Vasconcelos sobre a supostamente generalizada convicção de que os pretos seriam de uma raça inferior).

O que não entendo é a ideia de que a memória que exige reparação no presente seja toda anterior a 1975, esquecendo os regimes cleptocratas e ditatoriais que hoje continuam a obrigar milhares de migrantes a fugir da miséria das suas terras, para procurar vida melhor, independentemente da cor da pele dessas elites corruptas ser igual ao da dos desgraçados que sofrem as consequências do mau governo dos seus países.

Há quase cinquenta anos que estes regimes governam grande parte dos países afectados pelo colonialismo português (que, na verdade, durou pouco mais de 50 anos, nos fins do século XIX, princípios do século XX, a presença de brancos europeus em posição de autoridade, na larguíssima maioria desses territórios, era mais que marginal), o desempenho económico e social desses regimes é deprimente, e continuamos a agitar os fantasmas do racismo para explicar a pobreza que persiste, quer nesses países, quer em Portugal.

E, já agora, ao contrário de muitos outros, brancos ou de outro tom de pele qualquer, esses valorosos defensores dos povos desses países, preferem ficar por aqui, no conforto das suas carreiras académicas, a ir dar o corpo ao manifesto, ajudando os povos desses países a serem mais ricos e mais bem governados.

Com certeza é mais difícil, em Portugal, ser pobre sendo preto, ou mulher, ou homossexual, ou tudo isso junto, e com certeza a pobreza é desproporcional nas comunidades não brancas (pelo menos nalgumas, não é assim tão verdade nas comunidades chineses, por exemplo), e é verdade que parte dessa desproporção resulta de racismo.

Só que isso combate-se combatendo a pobreza, não é com a deslocação do foco para a suposta necessidade de reparação resultante de visões infantis do colonialismo, sem grande base factual, assente numa visão do racismo que é simplesmente absurda (outra militante deste suposto anti-racismo, num artigo recente, dava o exemplo de Alexandria Ocasio-Cortez para falar de minorias étnicas, como é habitual falar de Kamala Harris nos mesmos termos).

Na complexidade do problema da pobreza incluem-se as barreiras levantadas pelo racismo, com certeza, mas não é com um racismo de sinal diferente que melhoramos as nossas sociedades, muito menos quando esse suposto anti-racismo serve essencialmente racistas que se apresentam como anti-racistas, não tanto as verdadeiras vítimas de racismo.

Vai demorar

por henrique pereira dos santos, em 01.01.23

Um dia destes vi uma notícia sobre o facto deste terreno, de 16 hectares, estar à venda por dois milhões e meio de euros.

Não me interessa particularmente o ângulo escolhido para dar a notícia (o facto do terreno incluir três praias e haver quem fique preocupado com o acesso às praias em Vila Nova de Milfontes), mas interessa-me esta afirmação que aparece no meio da notícia:

""É inconcebível que nos dias de hoje o terreno naquele local seja privado" e que possa eventualmente ser posto em causa "o usufruto das praias pelas pessoas"".

De onde virá esta ideia, tão enraízada, de que a propriedade privada é intrinsecamente má para o interesse colectivo e a propriedade do Estado está intrinsecamente ligada ao uso colectivo das pessoas comuns?

Desconhecer-se-ão as milhares de construções clandestinas em propriedades do domínio público?

Desconhecer-se-á a quantidade de asneiras ambientais associadas a usos inapropriedado de dunas e outras áreas do domínio público?

Desconhecer-se-ão os milhares de abusos e destruições dentro de áreas do domínio público ou do domínio privado do Estado?

Desconhecer-se-á a forma como o Estado gere o imenso areal e respectivos acessos ao longo do estabelecimento prisional de Pinheiro da Cruz, incluindo a espécie de aldeiazinha que o Estado permita que exista para uso exclusivo e privado dos que têm acesso a esse bem público?

Desconhecer-se-á que o Estado, dono do terreno do antigo quartel da Artilharia Um, numa das zonas mais caras de Lisboa, quando decidiu desactivar o quartel, tratou de passar os terrenos a patacos, em vez de o transformar num espaço público de acesso livre, porque não tem dinheiro e precisava de se financiar de qualquer maneira? 

E desconhecer-se-á que a National Trust um dos grandes proprietários do Reino Unido, cujas propriedades são abertas ao público e orientadas para a conservação do património cultural e natural?

Desconhecer-se-á que o mesmo se passa com a Natuurmonumenteen, nos Países Baixos?

Desconhecer-se-á que em Portugal, organizações como a ATN, a Montis, a Rewilding Portugal, para dar apenas alguns exemplos, compram terrenos para os gerir com objectivos de conservação, garantindo o acesso público?

Para mim, a questão é muito simples: se os terrenos valem assim tanto para as pessoas, juntem-se e comprem-nos, parece-me simples fazer um crowdfunding para juntar dois milhões e meio de euros (pode-se tentar que Alexandra Reis e TAP cheguem a acordo para entregar o meio milhão de dinheiro dos contribuintes com que têm estado a brincar de há uns meses a esta parte, mas enfim, não tenho muita fé na vontade da TAP, nem na de Alexandra Reis, em assegurar um uso razoável e de interesse colectivo para esse meio milhão).

Na verdade, mais que este terreno, há um outro na região, penso que também passível de ser vendido, muito mais interessante do ponto de vista de conservação, e claro que escolher onde aplicar os recursos que é possível mobilizar não é nada simples (se me perguntassem, na Montis, eu não daria prioridade este terreno dos dois milhões e meio, apenas porque acho que há tanto terreno tão mais barato por aí, que o dinheiro para conservação me parece mais bem aplicado a aumentar a área dedicada à conservação que a comprar um terreno que, de qualquer maneira, não tem riscos de maior por causa das regras de planeamento aplicáveis à situação, mas tudo depende das oportunidades e da capacidade para mobilizar recursos em cada sítio).

O que em qualquer caso sei é que não é o facto do terreno ser privado ou do Estado que altera o essencial dos objectivos para o seu uso, nem a garantia de que será bem gerido, ainda assim, confio mais nas pessoas que, filantropicamente, têm apoiado a Montis, e outras organizações do mesmo tipo, para assegurar a perenidade do valor de conservação de terrenos, que confio no Estado.

No dia em que o Estado se vir aflito de dinheiro, é um instante enquanto descobre uma razão qualquer de interesse público para instalar um equipamento valioso no terreno, servindo-se do seu estatuto duplo de jogador e árbitro para o viabilizar, vendendo-o por um balúrdio (desse ponto de vista, o tal terreno da Artilharia Um é exemplar, para maximizar valor da venda, o Estado vendeu-o com uma capacidade construtiva maior que o que o PDM de Lisboa permitia, e agora são os privados que andam de Anás para Caifás a tentar resolver o imbróglio jurídico, num processo longo de destruição de valor, incompreensível numa sociedade descapitalizada como é a nossa).

Já os privados, não sendo árbitros, mais facilmente são obrigados a cumprir as regras definidas, não é porque os privados sejam diferentes e melhores do que os que tomam decisões no Estado que a probabildiade de as coisas correrem melhor é maior, é apenas porque quando o Estado desempenha, ao mesmo tempo, o papel de jogador e árbitro, passa a ser muito pouco provável que o Estado seja um árbitro isento.

Domingo

por João Távora, em 01.01.23

Evangelho segundo São Lucas 2,16-21.

Naquele tempo, os pastores dirigiram-se apressadamente para Belém e encontraram Maria, José e o Menino deitado na manjedoura.
Quando O viram, começaram a contar o que lhes tinham anunciado sobre aquele Menino.
E todos os que ouviam admiravam-se do que os pastores diziam.
Maria conservava todas estas palavras, meditando-as em seu coração.
Os pastores regressaram, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, como lhes tinha sido anunciado.
Quando se completaram os oito dias para o Menino ser circuncidado, deram-Lhe o nome de Jesus, indicado pelo Anjo, antes de ter sido concebido no seio materno.
 
Palavra da Salvação
 
 

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