Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Há um grupo muito vocal de pessoas que reagem facilmente a qualquer coisinha menos ortodoxa relacionada com a Padaria Portuguesa, o Pingo Doce, o Banco Alimentar e mais uns quantos, havendo uma espécie de acordo geral em considerar, à partida, estes, e outros do mesmo tipo, como malandros moralmente desqualificados.
Por mais que os factos demonstrem que não é verdade que a Padaria Portuguesa trate os seus empregados pior que os seus concorrentes, por mais que não seja verdade que o Pingo Doce não pague os seus impostos em Portugal, por mais que não seja verdade que Isabel Jonet faça qualquer tipo de negócio com a pobreza, nada disso interessa a uma boa parte das pessoas que se declaram adversárias destas três entidades (e quem as representa) até porque jamais deixarão que os factos influenciem a sua opinião.
Isto é possível, e grande parte da imprensa funciona como caixa de ressonância dessas ideias erradas, apenas por uma circunstância: responsáveis máximos destas entidades resolveram dizer, em alguma altura, o que pensam, tendo o azar de o que pensam não encaixar no que grande parte da esquerda considera admissível.
O interessante é que estas pessoas não pretendem discutir os argumentos usados pelos responsáveis por estas organizações, o que querem é mesmo que ninguém diga e, se possível, ninguém pense, o que eles disseram.
A liberdade de expressão, em Portugal, tem limites informais estabelecidos pela superioridade moral da esquerda e quem não os respeitar vai mesmo ter de aguentar custos muitos mais altos que os outros, os que podem ser embarretados livremente pelo primeiro burlão que diga o que querem ouvir e, mesmo assim, serem considerados a melhor escolha para dirigir uma agência de notícias, desde que o que dizem esteja dentro do cânone estabelecido pela ortodoxia comunicacional.
O que eu queria era mesmo agradecer a Nuno Carvalho, a Alexandre Soares Santos, a Isabel Jonet (há mais, claro, mas estes três representam bem o que quero dizer) o exercício da liberdade de expressão que têm dados mostras.
Portugal seria menos diverso sem a coragem de dizerem coisas fora da ortodoxia dominante.
• Aprender a escrever com os dois polegares no telemóvel.
• Arranjar uma avença daquelas na CML.
• O Sporting Campeão.
• Fazer a passagem de ano em casa, de pantufas.
• A paz no mundo.
• Viver num país mais civilizado.
• Ter mais tempo para escrever sobre o que gosto.
• Comprar umas colunas novas (depende da consumação do segundo desejo).
• Deixar a filharada e ir viajar com a minha mulher (sem remorsos).
• Assistir à reunião dos Genesis com o Peter Gabriel.
• Arranjar uns desejos realizáveis para 2019.
Feliz Ano de 2018 para os leitores do Corta-fitas, são os meus votos.
Ainda falta serenamente tirar o sentido deste extraordinário ano de 2017 em que, de catástrofes a episódios grotescos (o último dos quais contando com o PSD para um favorzinho fiscal aos partidos), tudo foi abafado por números orçamentais e uma contabilidade nacional absolutamente fortuita ou martelada.
Uma vez mais o Estado derivou ao lado do País. Este desdobrou-se em iniciativas solidárias; aquele, em promessas incumpridas. Espantosamente, Costa vai mantendo o crédito, ou uma indiferença por parte dos portugueses que só lhe é favorável.
Já 2018 poderá ser o ano de uma oposição a sério. E talvez Marcelo R. de Sousa se revele um presidente capaz de abrir os olhos ao eleitorado. Isto é, de lhe apontar as aldrabices de Costa, mantendo sempre a aparência de um excelente «relação institucional». Algo em que desde há muito venho pensando e que o episódio "Urbano de Sousa" parece confirmar.
Seja como for, o mais importante é a saúde. Para todos, sem "cativações" nem exclusões. É o que vos desejo neste 2018 que chega já amanhã.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Ao chegarem os dias da purificação, segundo a Lei de Moisés, Maria e José levaram Jesus a Jerusalém, para O apresentarem ao Senhor, como está escrito na Lei do Senhor: «Todo o filho primogénito varão será consagrado ao Senhor», e para oferecerem em sacrifício um par de rolas ou duas pombinhas, como se diz na Lei do Senhor. Vivia em Jerusalém um homem chamado Simeão, homem justo e piedoso, que esperava a consolação de Israel; e o Espírito Santo estava nele. O Espírito Santo revelara-lhe que não morreria antes de ver o Messias do Senhor; e veio ao templo, movido pelo Espírito. Quando os pais de Jesus trouxeram o Menino, para cumprirem as prescrições da Lei no que lhes dizia respeito, Simeão recebeu-O em seus braços e bendisse a Deus, exclamando: «Agora, Senhor, segundo a vossa palavra, deixareis ir em paz o vosso servo, porque os meus olhos viram a vossa salvação, que pusestes ao alcance de todos os povos: luz para se revelar às nações e glória de Israel, vosso povo». O pai e a mãe do Menino Jesus estavam admirados com o que d’Ele se dizia. Simeão abençoou-os e disse a Maria, sua Mãe: «Este Menino foi estabelecido para que muitos caiam ou se levantem em Israel e para ser sinal de contradição; – e uma espada trespassará a tua alma – assim se revelarão os pensamentos de todos os corações». Havia também uma profetisa, Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Era de idade muito avançada e tinha vivido casada sete anos após o tempo de donzela e viúva até aos oitenta e quatro. Não se afastava do templo, servindo a Deus noite e dia, com jejuns e orações. Estando presente na mesma ocasião, começou também a louvar a Deus e a falar acerca do Menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém. Cumpridas todas as prescrições da Lei do Senhor, voltaram para a Galileia, para a sua cidade de Nazaré. Entretanto, o Menino crescia, tornava-Se robusto e enchia-Se de sabedoria. E a graça de Deus estava com Ele.
Palavra da salvação.
Este é o valor mínimo que o Público diz que foi gasto pelas Câmaras Municipais no Natal.
Só o almoço de Natal dos funcionários da Câmara de Oeiras custou 100 mil euros, mas há muito mais coisas nestes seis milhões, com destaque para as iluminações de Natal.
Se o Público fizer a mesma investigação para as festas de fim de ano, facilmente este valor duplica (só a festa das cartolas, em Lisboa, custa 650 mil euros, se se preferir, 450 mil euros de dinheiro público mas 200 mil de uma marca de cerveja, e o Funchal gasta seguramente mais de um milhão de euros).
Se a isto se juntar os carnavais, se se juntar as festas concelhias, se se juntar as festas das freguesias e aldeias, facilmente se percebe o valor astronómico que gastamos em festas e festarolas.
Não me preocupa o dinheiro privado envolvido, os donativos que os mordomos das festas da aldeia recolhem na comunidade para celebrar os dias que a comunidade entende serem importantes, o que me interessa discutir é o dinheiro público envolvido.
Fiz um comentário ligeiro sobre a elevada exigência ética que forçosamente está associada ao gasto de dinheiro público na medida em que, por mais pequena que seja a percentagem daí resultante, a verdade é que todo o dinheiro público tem uma parte que foi tirada coercivamente a pessoas que recebem o RSI, o ordenado mínimo ou pensões de sobrevivência de poucas centenas de euros.
As respostas a comentários deste tipo são desarmantes, desvalorizando o critério base que deveria estar associado a qualquer gasto público: a aplicação deste dinheiro nesta despesa justifica que tenhamos retirado dinheiro a quem recebe o RSI?
Se houver dúvidas na resposta, a despesa deve ser simplesmente eliminada porque é uma aberração ética retirar coercivamente dinheiro aos muito pobres para pagar almoços de Natal aos funcionários da Câmara Municipal de Oeiras.
Que esta aberração ética não provoque a mínima sombra de dúvida sobre a legitimidade deste tipo de despesas, e todos achemos normal gastar milhões de dinheiro público em festas, é um bom sintoma da forma como normalizámos a captura do Estado pelos grupos de interesse, mesmo nas coisas mais pequeninas como um simples almoço, uma distribuição de bolo rei ou uma cartolada.
Desde há muitos anos que me pergunto, e pergunto a quem estiver por ali, qual é a razão para se pegar no dinheiro dos impostos - que inclui os impostos dos mais pobres, por exemplo, os 6% de IVA do quilo de arroz que se compra, por menor que seja a percentagem da contribuição dos pobres para os impostos - e o gastar em festas.
Ontem, a propósito das cartolas de plástico (francamente, não há por ali ninguém que tenha um mínimo de noção do que é a sustentabilidade e o consumo responsável?), fiz um comentário curto em que repeti, mais uma vez, a minha pergunta: qual é o benefício social que justifica usar o dinheiro dos impostos para organizar festas?
Consciente do doentio sectarismo que a insegurança tem trazido à esquerda actual, tive o cuidado de acrescentar que o problema não eram as cartolas, Lisboa ou Medina, porque esta panca de gastar dinheiro dos contribuintes a rodos em festas é transversal e é exactamente o facto de quase ninguém se espantar com os 650 mil euros que custará a passagem de ano no Terreiro do Paço, com o milhão do fogo de artifício do Funchal, com as festas da Senhora da Agonia ou da Senhora do Alívio, com o São João no Porto, com as centenas de festas concelhias, das freguesias, das aldeias, etc., pagas, pelo menos parcialmente, com o dinheiro de todos, incluindo os mais pobres, os doentes que não vão à festa, os presos que gostariam de ir mas se limitam a pagar, etc., que me espanta.
Eu sei que as comunidades não podem viver numa Quaresma permanente e que o Carnaval é fundamental para manter equilíbrios, mas qual é a racionalidade de se gastar o dinheiro dos impostos em festas em vez de se fazer o que sempre se fez: os festeiros que paguem a festa.
Ainda me argumentaram com o efeito económico e de promoção da cidade mas, para além de grande parte dos que assim argumentaram coincidirem com os que passam a vida a queixar-se do excesso de turismo em Lisboa, sem aparentemente verem sombra de contradição em usar o dinheiro dos impostos no reforço do problema, a verdade é que se existe retorno económico para alguns sectores, então esses sectores que abram os cordões à bolsa e paguem a festa, os hoteleiros do Funchal que paguem o fogo de artifício, por exemplo e o comerciantes que paguem as iluminações de Natal, para usar outro exemplo.
A sensação com que fico é que uma boa parte das pessoas continuam convencidas de que o dinheiro público sai na farinha Amparo e são incapazes de o relacionar com a retirada coerciva de dinheiro a toda a gente, incluindo os mais pobres.
É a única explicação que encontro para ser tão baixa a exigência ética no seu uso.
Ao ponto de muita gente achar normal estoirar mais de 50 mil euros de dinheiro público em cartolas de plástico, ao mesmo tempo que se indigna com o desperdício de 50 euros de dinheiro privado em bolo rei.
Nestes tempos moderníssimos impera por aí uma enorme confusão sobre o que é o amôr romântico, se é coisa de se fiar e se tem alguma utilidade. Não parecendo, esse é um assunto que importa esclarecer.
Eu adivinho que a minha filha teenager desconfia que eu não acredito nesse amor, é natural. Mas ao contrário do que possa parecer, eu acredito no amor romântico – eu só acredito no amor com romance - crença que herdei não só do cinema, das canções e da literatura, mas da família e dos vários exemplos que nela testemunhei.
Mas afinal o que é o amor? Para que é que servirá essa energia extraordinária feita de cardíaca incompletude e desejo insatisfeito, quando o nosso coração cego nos impulsiona para os braços da pessoa eleita? Isso do amor, a que numa fase aguda se usou chamar paixão, ao princípio vai alimentar-se do mistério e novidade do outro, acalentadas pelas circunstâncias da vida que vão sendo exploradas a dois na cumplicidade amiga do tempo novo – então é sempre tudo novo. A diferença é que, ao contrário do que clama o ar do tempo, eu estou convicto que essa poderosa energia, cantada pelos poetas e pelos trovadores desde os confins da História, não é um fim em si mesma. Serve precisamente para o cumprimento das embebedadas promessas proferidas pelos apaixonados, para a construção de uma história cúmplice, feita de referências, dos momentos com que se constroem os alicerces dessa nova entidade em formação que é o Casal – o resultado dos dois indivíduos em comunhão. Isso é a maior realização do amor. Para nos podermos amar “para sempre” temos que nos preparar para a viagem, para enfrentar o tempo, domesticá-lo, como se fora nosso aliado. O amor romântico no fundo não é mais do que o capital inicial com que se começa um exigente empreendimento, que no meu modo de ver se realizará na forma de uma nova família. Matéria tão nobre e exigente como essa requer um grande investimento, daí a importância do amor aforrado em tempos de abundância, de excesso, de euforia. Um grande amor assim não merece ser desbaratado a consumir-se a si próprio como se ele fora um fim em si mesmo; merece ser forja de uma história burilada a dois, que cumpra o final feliz que foi prometido um ao outro em juras de amor eterno. A maneira de tirar rendimento dessa potente energia é aplicá-la numa obra que nos transcenda, em vez de a deixar dissipar para o vazio como vapor desaproveitado. O amor romântico produz uma energia extraordinária.
Por tudo isto eu direi sempre aos meus filhos que nunca acreditem em nada menos que um grande amor, eufórico, cheio de promessas e ilusões – esse é um risco mínimo exigível para um projecto a dois que se queira bem-aventurado e fecundo. Acontece que realizar o verdadeiro amor exige ambição.
*Texto dedicado à minha filhota Carolina pelo seu 17º aniversário.
Imagem: L’Amour désarmé - Antoine Watteau, 1715.
Quando até uma pessoa habitualmente ponderada e racional, como Luís Aguiar-Conraria, fala da má qualidade do governo de Pedro Santana Lopes, sem se dar ao trabalho de explicar em que consiste essa má qualidade, dando-a por adquirida por causa das trapalhadas, é bom lembrar que convém ter cuidado com essas coisas que se repetem só porque toda a gente as repete.
Desse ponto de vista é muito útil uma peça de jornalismo de porteira (muito frequente na secção de política de todos os jornais) que o Observador produziu recentemente sobre as tais trapalhadas do Governo de Santana Lopes.
Para além do diz que disse habitual, espremendo, espremendo, o que se verifica é que o que se chamam as trapalhadas de Santana Lopes e, consequentemente, a má qualidade do seu Governo que é por elas aferida, é em grande parte uma construção mediática facilitada pelas características pessoais de Santana Lopes e pelo facto de não se tratar de um Governo de esquerda.
Como Sampaio resolveu demitir um governo "pelas razões que todos conhecemos" sem se dar ao trabalho de as explicar, e sem que essa inacreditável falta de fundamentação beliscasse minimamente a reputação do então presidente, é fácil e cómodo falar desse governo da forma como quase todos falam, argumentando com trapalhadas que ninguém sabe muito bem o que tenham sido em concreto.
Claro que já a trapalhada da reversão da concessão dos transportes públicos (hoje em condições piores de operação e ainda à espera de saber qual será o valor das indeminizações a pagar), a trapalhada da reversão da privatização da TAP (em que o governo essencialmente pagou uns milhões para nomear umas pessoas para um conselho de administração que não manda nada no que a empresa faz), a trapalhada do BANIF (que custou uns milhares de milhões aos contribuintes), a trapalhada da capitalização da CGD (que custou outros milhares de milhões aos contribuintes), a trapalhada dos lesados do BES (mais uns milhões dos contribuintes) e, acima de todas essas trapalhadas, a trapalhada do resgate do Montepio com o dinheiro da sopa dos pobres, nada são face à eventual sesta de um primeiro ministro em São Bento, uma das inacreditáveis trapalhadas em que se viu envolvido Santana Lopes.
É caso para dizer, mais vale cair-se em graça que ser-se engraçado, o que, no caso português, significa simplesmente estar do lado certo do espectro político e, ao mesmo tempo, prestar vassalagem aos poderes fácticos existentes, isto é, genuflectir perante os beneficiários do capitalismo de compadres que nos caracteriza, entregando-lhes o ouro, incenso e mirra dos contribuintes, e convencer as redacções dos jornais que pôr os pobres a resgatar bancos é apenas cumprir, genialmente, o verdadeiro Estado Social que nos transformará a todos em banqueiros anarquistas.
(…) «Não temais, porque vos anuncio uma grande alegria para todo o povo: nasceu-vos hoje, na cidade de David, um Salvador, que é Cristo Senhor. Isto vos servirá de sinal: encontrareis um Menino recém-nascido, envolto em panos e deitado numa manjedoura». Imediatamente juntou-se ao Anjo uma multidão do exército celeste, que louvava a Deus, dizendo: «Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens por Ele amados».
Quem já viveu directa ou indirectamente o nascimento de uma criança conhece o radiante encantamento que isso provoca, ocasião em que um autêntico presépio acontece à volta do bebé e da mãe embevecida, com um vai e vem de visitas, quais pastores e reis magos que confluem para festejar a alegria da nova vida que desponta. Uma criança recém-nascida desperta no coração mais empedernido sentimentos de ternura e compaixão, é definitivamente sinal de esperança e reaviva o que há de melhor em nós. Por isso guardo memórias gratas dos nascimentos dos meus filhos, da casa quente e protectora como uma fortaleza, mas aberta para os outros numa harmonia de vontades, todas devotadas ao rebento e à mãe, suporte umbilical daquela chama frágil que desproporcionada e indefesa se adivinha entre os folhos dos xailes e colchas aconchegantes. Tendo os nascimentos dos meus filhos acontecido no Inverno, lembro-me como era importante sempre ter água fervida até para deitar no chá quando chegava mais uma visita, e da temperatura amornada pelo calorífero com as janelas fechadas que guardavam um cheiro a conforto que jamais esquecerei.
Com o presépio de há dois mil anos em Belém da Judeia acontece uma história igual mas com a proporção do universo, a dimensão da humanidade. Aquele menino recém-nascido projecta-se feito luz e Amor na nossa História, não para uma família, mas para o mundo inteiro; profecia cumprida da libertação do homem da sua precariedade, Deus feito frágil menino para vencer a morte e converter do Mundo à Boa Nova que Ele constitui. Oferecendo paz aos corações atormentados, esperança aos descrentes, conforto aos desamparados. Talvez por isso, e apesar de tudo, a mensagem do Natal continua actual a ecoar ao fim de dois milénios no coração de tantos pastores e de reis que queremos ser por estes dias, para acorremos enlevados ao chamamento do anjo: «Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens por Ele amados».
No dia em que o Homem deixar de se encantar com o milagre da Vida que lhe foi dada está condenado às trevas, à extinção. Por isso é urgente acreditarmos no verdadeiro Natal.
Votos de um Santo Natal para todos os leitores do Corta-fitas.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, o Anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia chamada Nazaré, a uma Virgem desposada com um homem chamado José, que era descendente de David. O nome da Virgem era Maria. Tendo entrado onde ela estava, disse o Anjo: «Ave, cheia de graça, o Senhor está contigo». Ela ficou perturbada com estas palavras e pensava que saudação seria aquela. Disse-lhe o Anjo: «Não temas, Maria, porque encontraste graça diante de Deus. Conceberás e darás à luz um Filho, a quem porás o nome de Jesus. Ele será grande e chamar-Se-á Filho do Altíssimo. O Senhor Deus Lhe dará o trono de seu pai David; reinará eternamente sobre a casa de Jacob e o seu reinado não terá fim». Maria disse ao Anjo: «Como será isto, se eu não conheço homem?». O Anjo respondeu-lhe: «O Espírito Santo virá sobre ti e a força do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra. Por isso o Santo que vai nascer será chamado Filho de Deus. E a tua parenta Isabel concebeu também um filho na sua velhice e este é o sexto mês daquela a quem chamavam estéril; porque a Deus nada é impossível». Maria disse então: «Eis a escrava do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra».
Palavra da salvação.
Imagem - A Anunciação de Leonardo da Vinci, pintado entre 1472 e 1475.
"- (...)o conseguiram com o [referendo de] 1 de Outubro. O problema é que só houve dois feridos [Generalitat, autarquia e serviços de saúde falam em mais de mil, dois deles graves, incluindo um que perdeu uma vista, atingido por uma bala de borracha] e Puigdemont não pôde ir visitar hospitais. Ele precisava disso, melhor ainda com tanques(...)."
Ainda antes de ler em papel (eu compro todos os dias o Público em papel, isto é, presto, à minha escala, o mesmo serviço público de suporte desinteressado à imprensa que Belmiro de Azevedo, apesar dos prejuízos pessoais daí decorrentes) li no facebook de uma amiga o seu protesto por esta coisa absolutamente inacreditável:
uma jornalista entrevista uma pessoa e desmente o entrevistado, não na forma normal, que seria o de o confrontar com a informação diferente em que a jornalista acredita, mas corrigindo-o na publicação da entrevista intercalando a opinião da jornalista de forma capciosa.
Compreende-se, para uma jornalista de causas não é admissível a hipótese dos leitores serem incapazes de reconhecer a linha justa e por isso é preciso repôr a verdade.
Sempre haverá jornalistas formados na escola da "verdade a que temos direito" (o velho slogan de "O diário", o jornal que o PC inventou depois de perder o controlo de todos os outros jornais, à medida que o PREC perdia força), por isso não me espanta que haja jornalistas a querer enfiar-me a verdade a que tenho direito pela goela abaixo, como tem feito sistematicamente Sofia Lorena sobre a Catalunha, no Público.
O que me espanta (e espanta-me que eu me continue a espantar com isto) é que haja editores de jornais que deixem passar uma barbaridade destas, que haja directores de jornais que deixem passar uma barbaridade destas e que haja muitos leitores (eu incluído) que mansamente paguem estas barbaridades, sem se revoltarem.
Infelizmente a maioria dos leitores revoltam-se da forma mais simples e menos eficaz: deixam de comprar panfletos ao preço de jornais, o que tem como resultado menos jornais e piores, isto é, mais liberdade para o exercício dos poderes públicos sem o adequado escrutínio.
É simplesmente extraordinário que se divulgue esta notícia e opinião como se fosse coisa natural.
Mas estará tudo doido?!?...
Santana Lopes lançou no passado domingo as bases para um programa política, uma mão cheia de banalidades, as quais, à excepção da redução do IRC para as empresas e a rejeição da eutanásia, o partido Socialista também subscreveria. Do lado de Rui Rio também não se lhe conhece uma ideia que contraste com o discurso do poder instalado que nos consome a todos há mais de duas décadas. Essa assunção de impotência do maior partido da oposição perante as reformas que foram sendo adiadas e as reversões que um país moderno e liberal exige é preocupante. Aliás as duas candidaturas à liderança do PSD são o reflexo de um partido com grandes dificuldades em renovar-se, em assumir uma dinâmica vencedora e reformista como é sua tradição, que preencha as expectativas dos portugueses que exigem a mudança. Acontece que Portugal precisa desse PSD, hoje mais do que nunca.
É indiscutivelmente um traço socialista: Os amigos e os parentes em lugares-chave.
O socialismo é uma familia, uma familia internacional.
Leitura da Primeira Epístola do apóstolo São Paulo aos Tessalonicenses
Irmãos: Vivei sempre alegres, orai sem cessar, dai graças em todas as circunstâncias, pois é esta a vontade de Deus a vosso respeito em Cristo Jesus. Não apagueis o Espírito, não desprezeis os dons proféticos; mas avaliai tudo, conservando o que for bom. Afastai-vos de toda a espécie de mal. O Deus da paz vos santifique totalmente, para que todo o vosso ser – espírito, alma e corpo – se conserve irrepreensível para a vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo. É fiel Aquele que vos chama e cumprirá as suas promessas.
"Comemora-se" agora o cinquentenário do maior desastre em Lisboa e arredores desde o terremoto de 1755. Lembro perfeitamente, estava na Capital essa altura, e as pessoas falavam num número de vítimas das inundações superior às cinco centenas. Depois - miúdo ainda - não tive consciência da intervenção da Censura impondo à imprensa números menos chocantes, alguns cento e tal arrastados pela lama e afogados. A razão era simples: grande parte dos mortos vivia em bairros de lata, muito "romanticamente" situados junto às ribeiras afluentes do Tejo. Misérias da grande cidade, clandestinas mas consentidas...
Nem de propósito, cinquenta anos volvidos, não obstante as inovações técnicas supostamente existentes, quase 200 pessoas morreram, já não nesse turbilhão de lama e água, mas cozidas no fogo dos incêndios. Aliás, um desfecho que, é da maior honestidade dizê-lo, se adivinhava há muito tempo.
Porquê? Porque nada se fez para - ao longo de ininterruptas temporadas estivais de fogos demolidores - prevenir perigos tais como edificar e viver entre matos altamente combustíveis.
Foi, neste capítulo, um ano sem par. Em que, supostamente, existia um sistema - o famigerado SIRESP - apto a combater desastres desta natureza e a proteger os cidadãos..
Nada funcionou. E o grande Costa deixou tudo arder uma, duas, três vezes e, na altura própria, - naquela fornalha infernal já em Outubro - apareceu, começou por declarar a sua inteira confiança na Ministra da Administração Interna e acabou demitindo-a, mais ou menos disfarçadamente.
Só manobras decorrendo ao largo da percepção dos portugueses. Com vagar para estes irem esquecendo o sucedido no dia anterior, algo muito nosso.
Entretanto, as Forças Armadas passaram pela vergonha de serem roubadas nos seus próprios paióis.
Entre outros escândalos surgiu agora o da instituição Raríssimas, de cujos orgãos sociais fez parte o ministro Vieira da Silva.
É certo, não se trata um Vieira a Silva como se trata uma Urbano de Sousa. Aquele tem outro peso, outro pedigree... Mas já li algures haver um «plano B» para a eventualidade de ser preciso substituí-lo. Tudo dependerá da evolução da situação. Costa honra sempre o seu - consigo próprio - compromisso de queimar a terra toda para manter a sua política de permanência.
Por isso, quando Santana Lopes vem garantir o Governo de Costa não conclui a legislatura, eu abraço de alma e coração a pertinácia e a esperteza de Rio. De resto, um social-democrata, como eu também me definiria se andasse muito preocupado com ideologias.
Sou presidente de uma organização que, tendo objecto diferente (a conservação da natureza) é, essencialmente, semelhante à Raríssimas:
1) Existimos porque um grupo de pessoas achou que poderia ser útil à sociedade organizando-se para fazer coisas que querem e acham úteis para todos. E que não estaria a ser feita da forma como achámos que conseguíamos fazer;
2) Dependemos de sócios e doadores;
3) Não estamos sujeitos às regras orçamentais do Estado.
O Estado reconhece-nos utilidade social, em especial atribui-nos a possibilidade de recorrermos ao mecenato ambiental (outras organizações terão acesso a outro tipo de benefícios que, de uma forma ou de outra, resultam do dinheiro dos contribuintes).
Convém não misturar este tipo de benefícios com o pagamento de serviços que o Estado paga a terceiros, isso não é um benefício, é uma mera sub-contratação de uma tarefa que o Estado entendeu que deveria assegurar e que entende que será mais bem executada por terceiros.
O que o Estado nos pede e deve exigir em troca é que usemos regras claras para a afectação dos nossos recursos aos fins que justificam o apoio directo ou indirecto que o Estado nos dá.
A propósito da Raríssimas há bastantes pessoas que acham que se evitam problemas estatizando toda a actividade que estas organizações produzem a favor da sociedade.
Mas é um erro tremendo pensar que ganhamos alguma coisa na nacionalização do "mercado da paz de espírito" a expressão que habitualmente uso para nos situar e deixar bem claro que tudo o que fazemos se baseia, inteiramente, na confiança que terceiros depositarem em nós.
Da parte da associção a que pertenço tentámos blindar as regras para diminuir a probabilidade da associação ser desviada dos seus fins para os fins privados dos seus dirigentes:
1) Há limitação de mandatos dos seus dirigentes (dois mandatos, sem qualquer excepção, uma associação que não gera pelo menos uma lista para os seus orgãos sociais deve desaparecer, e não usar uma qualquer excepção para manter as mesmas pessoas a exercer os mesmos cargos);
2) Há proibição de comércio jurídico entre qualquer membro dos seus orgãos dirigentes e a associação (aqui com excepções para pequenos trabalhos até ao valor de três ordenados mínimos num ano, mas obrigação de reportar expressamente à Assembleia Geral seguinte a situação e sua justificação);
3) Há uma perda automática da qualidade de sócio para quem não paga quotas (evitando as chapeladas frequentes de alguém que paga não sei quantas quotas a dias das eleições) e não há situações de número especial de votos, mantendo o princípio de um sócio, um voto (sócios colectivos não têm direito de voto), ao contrário da prática corrente em Portugal em que uma pessoa pode ter vários votos em função de condições definidas nos estatutos (antiguidade, exercício anterior de cargos, etc.).;
Há mais um outro ponto no mesmo sentido, evitando a acumulação factual de poder num grupo restrito de pessoas.
A questão central na relação do Estado com estas organizações é exactamente esta: as pessoas devem ter total liberdade para se associarem da forma como quiserem, mas o Estado só deve apoiar, directa ou indirectamente, quem demonstrar ter mecanismos sólidos de transparência financeira, estatutos claramente democráticos e assentes no princípio de uma sócia, um voto e estatutos em que um sistema forte de contrapesos dificulte a concentração e perpetuação do poder num grupo muito restrito de pessoas.
O facto destas organizações estarem todas no mercado da paz de espíríto, isto é, estarem do lado das boas causas e do lado certo da Moral, e de inegavelmente desempenharem um papel social fundamental, não deveria servir para o Estado ser condescendente com o incumprimento de regras, ou com a existências de regras de má qualidade, pelo contrário, o Estado faria bem o seu papel se se centrasse no reforço das regras que garantam a confiança nas organizações que apoia.
Quem quiser, use outras regras, compreendo bem muitas razões para fazer, mas nessa circunstância, que corram pelo seu pé, sem qualquer apoio do Estado.
Que país é este? Que povo é que somos? Que raio de momento histórico andamos a registar por estes tempos?
Um povo meio indiferente às tragédias dos fogos e às inúmeras trapalhadas interpretadas por um sem número de figuras tristes do Estado e que não grita bem alto “assim não”. Onde pelas sondagens recentes cerca de 60% se revê num pacote que inclui Chico-espertos, comunistas e uma agremiação desmiolada.
Onde o Chico-esperto-mor sobrevive num jogo equilibrista e sem rumo, e onde a distribuição de amendoins cuida de elevar o agachamento em lugar da fibra e do brio.
Onde se confundem conceitos básicos como a ilusão e esperança. E de como o primeiro ultrapassa com facilidade a razão.
Onde uma coligação negativa e que se diz positiva mais não é do que uma ressonância fiel das caixas de comentários na internet e que se regozijam com uma hipotética azia dos outros (desespero, digo eu).
Onde o descaramento perante o assalto à coisa pública não provoca tumultos e onde a discricionariedade dos dirigentes encontra abundante complacência nos demais. Antes fossem Raríssimas estas situações.
Onde a mentira e o ludíbrio têm livre-trânsito. Sim, não é o consumo privado que puxa pela economia (nem pode). São antes as exportações e o turismo, coisa que bem sabiam. Mas como para isso nada contribuíram trataram de inventar uma narrativa. A treta do consumo privado serve simultaneamente essa narrativa e de engodo útil para iludir o pagode.
Onde a hipocrisia perdeu a vergonha. O que antes era pecado finge-se agora que não se vê. Sim, onde antes muitos viam o ruir do Estado Social agora fingem-se surpresos com as cativações e com o consequente estrebuchar do próprio Estado Social.
Onde o desabafo é elevado à condição de argumento.
Onde o mérito é olhado de soslaio e onde quem mais berra e ameaça é referência.
Onde poucos teriam coragem e independência para dizerem Não a Ricardo Salgado. Não se duvide que com este governo não faltariam acrobacias para tudo acabar num Sim.
Onde não se debate seriamente ao nível político mais alto temas tão relevantes e abrangentes como o suicídio demográfico em curso ou a sustentabilidade da segurança social. Ao invés privilegiam-se temas exóticos e corrosivos que afectam somente pequenas franjas da sociedade.
Onde o deslumbramento pelo elogio quente e de ocasião do turista é suficiente para a satisfação do ego. E como que por oposição, onde a confrontação fria a crua com a realidade incomoda muito mais do que a medida comum.
Será que somos assim mesmo? Os portugueses conseguem oferecer coisas maravilhosas. A segurança, o desenrascanço, as amêijoas à bulhão pato, os pastéis de nata, o peixe grelhado, o vinho, etc, são tudo coisas extraordinárias. Mas como medida do valor de um povo convenhamos que estão longe de esgotar os mínimos. Onde está a fibra? E o brio? E a honra? Sem outras exigências e sem outro estar, sem aquele incómodo assente em sólidos princípios e não no berro de circunstância corremos sérios riscos de nos tornarmos naquilo que se calhar já somos: uma mole indiferente, macilenta, vendida, acrítica, agachada, reles, e incauta.
Perdidos no tempo que voa, no acontecimento que nos ultrapassa, na inveja que nos corrói, na mentira que nos trai, e na ilusão que nunca se concretiza, de que nos servem meia dúzia de cavalos que querem correr e forjar novos caminhos se só lhes atrelamos um sem número de carroças e ainda por cima lhes colocamos obstáculos pela frente?
Tolhidos por uma maioria desesperada que se move em torno de grupos de pressão sem qualquer réstia de pudor em exigir o que não se pode dar e sempre prontos a pendurarem-se, vou-me interrogando sobre quais as soluções para aquela minoria que quer jogar o jogo pelo jogo e viver dentro das possibilidades, sem ilusões mas com esperança, e que pensa que Portugal pode ser bem mais do que um bando de arrogantes inconscientes para quem a desfaçatez, o berro e o disparate são a medida de sucesso, e onde a razão mais não é do que um mero empecilho.
Pedro Bazaliza
Convidado Especial
Vamos lá ver se a gente se centra no essencial.
Há uma IPSS que desenvolve uma actividade importante e muito meritória, a Raríssimas. Como acontece com várias IPSS, das suas receitas constam dinheiros públicos, muitos, mecenato e a clássica generosidade dos portugueses. Ao que parece, e nenhum facto concreto foi negado pela principal visada (não confundir com a instituição), a sua dirigente (Paula Brito Costa) atribuía-se ordenados e regalias que se afiguram a todos enormemente exagerados para quem lidera este tipo de IPSS e fazia despesas que fariam corar Salomão. E meteu lá o filho (que curiosamente dá pelo nome de César mas parece não haver ramificações familiares açorianas), o marido (gestor de armazém?!?...) e até um amigo com quem viajava amiúde e que veio a ser Secretário de Estado do Governo Socialista de António Costa (aquele apoiado pelo BE e pelo PCP). Há quem possa querer ver nisto má língua mas as respectivas foram mostradas por ambos em fotografias brasileiras de que não sou responsável. Seja como for, a coisa tornou-se pública.
Perante este cenário, e todos sem negar as alegações, João Galamba acusou o Governo anterior; a arguta jornalista de investigação que não vê um palmo à frente do seu nariz (e não será por falta de espaço) quando as coisas são com ela e o namorado em Formentera apressou-se a acusar Maria Cavaco Silva por apoiar a IPSS; e o Ministro Vieira da Silva declarou-se de consciência tranquila.
Vamos lá ver. Esquecendo o Galamba e as suas imbecilidades habituais de empurrar tudo o que há de negativo nos dias de hoje para o Governo anterior, há que explicar a Câncio que Maria Cavaco Silva apoiar uma IPSS importante não quer dizer nada. O facto de a IPSS Raríssimas ser apoiada por Maria Cavaco Silva, Ramalho Eanes, a Rainha Letícia, Marcelo Rebelo de Sousa e muitas outras pessoas de boa fé não inocenta Paula Brito Costa de qualquer acto ilegal, se é que existe, nem transforma aqueles em cúmplices de qualquer atitude menos própria da dita senhora. O facto de diversas pessoas darem a cara ou emprestarem o seu nome por uma IPSS que parece (e será) meritória não se confunde com actuações menos próprias da pessoa que dirige a IPSS. E o que fica dito vale também para Vieira da Silva enquanto Vice-Presidente da mesa da assembleia geral da dita instituição: nessas funções, ele não tinha necessariamente de se aperceber de qualquer irregularidade ou excesso que porventura se tivesse verificado na actuação da dirigente da Raríssimas. Isto parece-me evidente.
Posto isto, temos que nos centrar no essencial e aí Vieira da Silva não escapa. Foram feitas várias denúncias a organismos e instituições e ao próprio Ministério tutelado por Vieira da Silva de factos graves que constituem sérias acusações sobre a actuação de Paula Brito Costa à frente daquela IPSS. Denúncias feitas desde Agosto de 2017 e cujo teor não deixa margem para dúvidas. O Ministro Vieira da Silva nunca foi claro nas declarações que proferiu mas ficámos a saber uma de duas coisas: ou os serviços que tutela foram incompetentes na posterior actuação de investigação que fizeram (isto é uma evidência) ou houve tentativa de nada fazerem e concluírem (esta é a única segunda hipótese). Em qualquer dos casos, o responsável é ele.
E em qualquer dos casos, atenta a ligação de Vieira da Silva e seus familiares à pessoa responsável pela Raríssimas, a suspeita é grave e o responsável último é ele. E está de consciência tranquila?!?
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.
Boa noiteA guerra começou no dia em que um homem (...
Se foossem os também exóticos eucaliptos seria mui...
A cidade tende sempre a concentrar o poder polític...
SubscrevoAdicionaria privatização total da banca, ...
O Sr. Dyson está rico. Bem o merece, ninguém é obr...