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"Os sociais democratas assumem que há desconforto com as autárquicas ... e com a liderança de Passos Coelho. Mas o líder ainda mantém muitos apoios no partido".
A jornalista poderia ter escrito "Há sociais democratas que assumem que há desconforto com as autárquicas e com a liderança de Passos Coelho, que mantém muitos apoios no partido".
Provavelmente, teria sido mais fiel à informação objectiva e demonstrável de que dispõe, embora, por falta de espaço, mais uma vez grande parte das fontes de informação da notícia não tenham sido identificadas, o que naturalmente limita a capacidade do leitor perceber exactamente se a jornalista tem realmente informação ou é simplesmente um amplificador de agentes políticos activos.
Desde um debate em Setembro de 2015, antes das eleições, que o BE definiu três propostas que o PS teria de retirar do seu programa para ter o apoio do BE a um governo seu.
Uma dessas propostas era o abandono da descida da TSU.
O acordo de concertação social celebrado há dias prevê uma descida da TSU, transferindo para os contribuintes parte do esforço que as empresas teriam de fazer para assegurar a subida do salário mínimo decidida pelo Governo.
Parecer-me-ia lógico que as notícias dessem relevo ao facto do BE ter abandonado uma das suas três exigências básicas para apoiar um governo do PS ou, em alternativa, que destacassem o facto de Costa se ter comprometido com o abandono da TSU para ter o apoio do BE, tendo aproveitado a fragilidade estratégica do BE para se escusar a cumprir a palavra dada, no primeiro momento em que teve necessidade de o fazer.
Mas não, o Público titula "BE recusou proposta de Costa que baixava TSU dos trabalhadores" (uma informação marginal face à dimensão da cedência do BE) e o editorial do Público chama coragem à enésima demonstração de falta de palavra de Costa, para quem os compromissos de hoje são amanhã meras dificuldades de comunicação que é preciso gerir com atenção.
E será assim mais um ano: tudo o que Passos fizer, faça o que fizer, é evidentemente uma estupidez, tudo o que Costa fizer, faça o que fizer, é um golpe de génio para a grande maioria dos jornalistas que escrevem sobre política.
E se uma eleição no futuro vier desmentir tudo o que os jornalistas foram escrevendo no entretanto, a responsabilidade será de qualquer coisa que logo se verá, nunca será dos jornalistas que simplesmente se demitiram de procurar entender a realidade, investindo cada vez mais no esforço de a formatar.
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